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— Meninos? — Escutei a voz de Eliza do outro lado da porta e logo duas batidas na madeira— a porta emperrou? — Ela perguntou, em um tom de voz alto

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Meninos? — Escutei a voz de Eliza do outro lado da porta e logo duas batidas na madeira— a porta emperrou? — Ela perguntou, em um tom de voz alto.

Olhei para a minha mão, ainda segurando a mão da ruiva. Nossas mãos ainda mexiam juntas, para cima e para baixo, enquanto ela lambia o pau de Vincent como se fosse um sorvete.

Levantei o olhar, pra saber se Vincent já estaria estranhando aquela situação ou... porra, isso aqui era estranho sim. Somos amigos, quase irmãos, era estranho pra cacete.

Mas quando eu finalmente cheguei a altura dos seus olhos, ele já estava olhando pra mim. Sua atenção não estava na ruiva chupando ele com aquela boquinha vermelha que parecia tão gostosa, estava em mim. Eu sorri e balancei a cabeça, recebendo um sorriso dele também. Ele estava gostando, o filha da puta não estava nem raciocinando, pensando em quaisquer consequência.

Ele estava ofegante, com o rosto começando a brilhar pelo suor. Fazia calor naquela salinha minúscula, mas acredito que o esforço que ele estava fazendo pra se aguentar ali, era o real motivo de estar tão ofegante e soando.

Puta que pariu, odeio saber como Vincent é igual a mim. Como ele não liga pra merda nenhuma, igual mim. Por que eu estava me preocupando com essa merda afinal? Eu e ele estávamos quebrando as regras da vida, e nós sempre gostamos de fazer isso juntos. Seja infringindo uma lei e indo parar na cadeia, até quebrar a regra de que só pode homem com mulher, ou caso contrário poderemos ser considerados gays. Nós não éramos gays, somos viciados em mulheres e apenas nelas, mas fazer algo como isso aqui era uma loucura de poucos minutos que nos dava uma euforia absurda e gostosa.

Nós fizemos isso quando éramos adolescentes, dentro do orfanato, com a desculpa que não tínhamos garota nenhuma e queríamos saber a sensação. Mas qual seria a desculpa agora?

Tirei minhas mãos e afastei dos dois quando Eliza bateu novamente na porta, Love levantou também, afastando-se dele. Parecendo que somente agora se tocou que alguém estava lá fora nos chamando...

Observei a ruiva arrumar a roupa ridícula que estava usando e passar a mão no cabelo, sem ter a mínima coragem de levar o olhar pra mim ou para o Vincent. Ela parecia uma garotinha inocente, ela deveria ser uma garotinha inocente... essa riquinha veio com defeito de fábrica?

Que loucura... — Love falou, encarando os próprios dedos quando começou a mexer neles— sério, que loucura!

— Emperrou, Eliza. Nós já vamos sair, estou tentando abrir — Vincent falou olhando para a porta e voltou a olhar para a ruiva, enquanto arrumava a própria calça — loucura no sentido ruim? Ou loucura de que foi bom pra caralho?

Love levantou o olhar para mim e eu sorri pra ela, que sorriu de volta. Caralho, essa garota era mais atentada que nós dois juntos! Seu cabelo vermelho deve ser porque ela foi trazida direto do inferno, o sorrisinho e cara de safada não deixavam enganar.

Domada Inglaterra - VINNIE HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora