Ballade Pour Adeline

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Ciel assistia enquanto Sebastian arrumava sua gravata. "Eu nunca tinha usado esse tipo antes..."

Sebastian sorriu. "Gravata borboleta? É chata para arrumar, mas acho que o resultado vai ficar bom." O escritor deu um passo para trás para observar. "É. Combinou com você."

Ciel usava uma camisa azul bem clara, colete, calça e gravata borboleta brancos e o terno num prata azulado. Ele não saberia dizer a cor exata, apenas que era muito bonito. "Você não precisava ter comprado tudo isso para mim."

"Ora, eu quis prestigiar a loja onde trabalha. Além disso, não acreditei quando disse que pretendia usar terno preto na virada." Sebastian reclamou.

"É... Mas assim, parece que vamos nos casar." Ciel reclamou. "Ou que somos a quadrilha mais arrumada e com muito alvejante."

Sebastian riu. "Ninguém desconfiaria de uma quadrilha dessas."

"É..." Ciel corou ao pensar que Sebastian seria o criminoso mais bonito de todos. "Bom... Vamos?"

"Ainda não. Chamei um carro para nós dois." Sebastian voltou a arrumar a gravata de Ciel. "O problema não é seu carro, mas é muito difícil conversar com você quando está dirigindo, porque não pode olhar para mim para falar."

Ciel assentiu. Ele sabia que eles iriam para um restaurante chique e que seria vergonhoso irem naquele carro. "Aposto que se fosse outro sugar daddy, já teria me dado um carro novo."

Sebastian o olhou desconfiadamente. "Eu sei que você gosta do carro que tem. Além disso, não fez nada para merecer um carro novo."

Ciel o encarou. "Eu só estava brincando..."

"Eu sei." Ele se distanciou novamente, observando a gravata. "Além disso, se formos sem seu carro, você pode beber se quiser."

"Você não pode." Ciel bufou. "Não vou deixar beber de novo."

Sebastian sorriu, beijando a testa de Ciel. "Ah, eu quase me esqueci de dizer: seu cabelo ficou muito bonito assim. E agora posso ver seus dois olhos."

"Achou que estava morando com um ciclope?" Ciel riu, mas, na verdade, estava gritando internamente por Sebastian ter notado sua mudança.

As luzes começaram a piscar.

"Vamos?" Sebastian ofereceu sua mão.

Ciel segurou na mão do escritor, seguindo para fora de casa.

***

Durante o caminho até o restaurante, os dois conversaram sobre a neve e como não tinha nevado no Natal, mas parecia que o Ano Novo teria mais sorte.

O motorista abriu a porta para que os dois descessem na frente do restaurante.

"Oh, Claude vai vir? Eu me esqueci de trazer o presente que comprei depois do Natal para ele." Ciel se sentia um lixo por não ter comprado nada para ele antes.

"Como?" Sebastian o encarou desacreditado. "Achei que tivesse entendido que seríamos só nós dois."

"Ah!" Ciel começou a sentir toda ansiedade que já teria sentido se soubesse disso antes. "Desculpe, eu... Err..."

Sebastian colocou a mão no ombro de Ciel. "Acho que eu não fiz o convite apropriadamente. Ciel Phantomhive, você quer passar a virada de ano apenas comigo, Sebastian Michaelis, nesse restaurante?"

Ciel sorriu. "Mas é claro que sim."

Assim, os dois se aproximaram do maître.

"Boa noite. Os senhores possuem uma mesa reservada?" O funcionário perguntou.

I Just Want to Hear YouOnde histórias criam vida. Descubra agora