The Love that Kills

94- Vingança

Ratt chega no galpão, depois do pequeno contratempo que teve na estrada com alguns homens de Manow que não deram nenhum trabalho, ainda se arrepende de ter deixado um escapar, mas o foco dele era Toon e o maldito havia acordado, teve que colocar ele pra dormir novamnete.

Ele dá um sinal para os homens carregarem Toon para dentro e enquanto vai separar alguns itens, a lembrança dos olhos de Gus, aquela pintura, os pesadelos, a situação em que Gus ficou enquanto estava em coma, aquilo movia Ratt, nesse momento Ratt estava sendo movido pela raiva.

Após amarrar Toon em uma cadeira, os subordinados saem a mando de Ratt da sala.

Ratt afasta uma mesinha redonda para mais próximo, alguns objetos estão em cima da mesa, e ele quer utilizar de todos para se vingar de tudo que aquele maldito fez a Gus.

Um grito alto ecoa pelo local

- Acorda seu maldito - Ratt acabou de arrancar uma unha do dedo do pé de Toon - Gus passou por tudo acordado!

- Aaaaaaaa - Toon grita mais e mais alto quando mais três unhas dos seus pés são arrancadas com o alicate

- Só isso e você já está gritando tanto - Ratt olha com ódio para Toon - você achou mesmo que sairia vivo dessa?

- Ratt... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

- Não quero ouvir palavras saindo da sua boca - Ratt havia arrancados todas as unhas dos pés de Toon - quero ouvir seus gritos de dor e agonia, são música para os meus ouvidos.

Os gritos agonizantes aumentam o volume a cada vez que um dedo é quebrado, Ratt não sente pena, aperta o local onde uma vez tinha atirado, ele afunda o cabo da machadinha até começar a sair sangue,aos pés de Toon começavam a se formar pequenas poças de sangue e isso ia deixando Ratt com mais e mais ódio.

Ratt não torturava pessoas em vão mas Toon,ele tinha se metido em algo que era precioso demais, quebrou algo que pra ele valia como sua própria vida.

- Agora vou te ensinar a nunca mais encomendar sequestros de pessoas inocentes!

As mãos de Toon estão amarradas pelos pulsos no braço da cadeira, o olhar de pavor de Toon arranca um sorriso de Ratt

- Sim, é esse olhar que eu presenciei de uma pessoa que eu amo, é esse olhar que eu quero ver da pessoa que eu mais odeio nesse momento

Com uma faquinha de serra afiada Ratt começa a cortar as pontas dos dedos de Toon, cada vez que Toon desmaiava de dor, Ratt o acordava com tapa no rosto

- Você não vai dormir, vai aguentar, fique acordado seu maldito

O sangue escorria pelo braço da cadeira e quando chegava ao chão se juntava com as pequenas poças próximos aos dedos quebrados e sem unhas.

- Dez! Pronto, acho que acabei - Ratt se levanta sorrindo e Toon respira com certo alivio - mas pensando bem, só tirei as pontas dos dedos, ainda pode digitar mensagens para alguém

Toon grita e desmaia em seguida com o golpe do machado que cortou a mão quase na altura do pulso onde estava amarrado, Ratt pega uma garrafinha de alcool que tinha em cima da mesa e joga onde tinha acabado de cortar fazendo Toon despertar aos gritos, outro golpe e mais alcool, Toon já estava delirando de tanta dor, não sabia destinguir realidade de sonho, tudo estava turvo, só via vermelho em seus olhos, o cheiro de sangue misturado ao de alcool deixava o clima estranhamente satisfátorio para Ratt.

A cabeça de Toon já não ficava ereta sobre o pescoço, mas Ratt não havia terminado, ele coloca um fone de ouvido com uma música clássica, cansou dos gritos de Toon e do jeito que ele estava no momento, não parecia que ainda iria emitir algum grito.

Ratt pega uma cadeira e se senta em frente a Toon para aguardar alguns segundos pra ver se ele iria acordar, mas parece ser em vão, Toon não acorda, Ratt se levanta, se posiciona atrás da cadeira de Toon e puxa a sua cabeça pra trás pelos cabelos, quando Toon abre a boca pela dor, Ratt posiciona o alicate em um dos dentes do homem e arranca de uma só vez, fazendo a boca se encher de sangue de imediato

- Creio que mesmo sem conseguir escrever, você ainda possa falar com alguém! - Ratt puxa o cabelo com força forçando o outro abrir um pouco a boca e se aproveita da situação para arrancar mais dois dentes de uma só vez - preciso garantir que não consiga mais dar ordens para absolutamente ninguém!

Toon já parecia muito fraco e não se aguentava mais, estava desacordado e o corpo emitia espasmos com os dentes sendo arrancados, mas ainda permanecia vivo, ele respirava e isso incomodada Ratt

- Chega de brincar - Ratt pega uma faca afiada que tinha deixado na cintura - hora de carimbar o seu passaporte para o inferno seu maldito

Ratt ainda segurava a cabeça de Toon pra trás pelo cabelo, e com um corte preciso ele corta a garganta do homem, coloca a faca no colo de Toon e com a mão abre mais o corte e puxa a lingua fazendo uma gravata colombiana com Toon e largando o corpo do mesmo ali, ainda preso pelas amarras, com muito sangue abaixo da cadeira e sem alma.

Ratt sai, sem olhar pra trás, estava satisfeito com o que fez, se sentia enfim vingado, não queria apreciar o serviço, não fez por arte, fez por vingança, para vingar Gus, que não podia se defender e teve o corpo marcado por dois doentes que ele já havia ceifado a vida, mas para ficar completo ainda restava Toon, e esse agora não estava mais entre eles para assombra-lo novamente.

Ratt vai a caminho do andar de cima do galpão para tomar um banho e trocar de roupa, queria ver Gus, mas não poderia chegar da forma que estava em casa.

Durante o banho Ratt só tem a imagem de Gus na mente, as palavras dele, os tremores durante o sono, aquilo o consumiram de uma forma que ele jamais imaginou que seria capaz de sentir, ele nunca imaginou que seria capaz de amar tanto alguém que não era da sua família, não... Gus era sim da sua família, e ele Ratt o protegeria com sua vida a qualquer custo.

O banho é demorado, ele quer tirar o cheiro do sangue imundo de Toon de suas mãos.

Após finalizar o banho, Ratt pensa se deve ligar pra Klahan ou Gear pra saber o que aconteceu do lado deles mas desiste de imediato, ele só precisa de uma coisa agora, precisa de Gus, seu corpo anseia por ele, seu coração grita por Gus e ele não quer perder mais nenhum minuto resolvendo nada!

*****

- Ah, oi Hia! - Max cumprimenta Ratt que entra no quarto para verificar se Gus não estava lá - P'Gus não está aqui, acho que ele está pintando novas artes.

- Certo, mas e você o que faz aqui até essas horas? - Ratt faz um carinho na cabeça do irmão - ainda sendo enfermeiro particular?

- Eu só estou lendo pra ele Hia - Max sorri envergonhado - mesmo sabendo que ele não pode ouvir...

- Quem garante que ele não possa ouvi-lo? - Ratt se aproxima e cochicha - Saiba que Gus lembra da sua voz quando estava em coma.

Max faz um cara de espanto e Ratt da risada saindo do quarto.

- Anjo... se você ouviu tudinho que eu disse - Max coloca a mão no rosto e sorri - espero que não fique bravo comigo.

Max pega outro livro e reinicia a leitura para Mond, ainda com os pensamentos avoados com a possibilidade do loiro ter escutado tudo que ele havia dito esse tempo todo.