61- Café na cama

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Gus abriu os olhos cansados, imaginando que acordaria no quarto que foi transformando para ele em uma área hospitalar dentro da casa, mas qual não foi a surpresa de despertar na cama do próprio Ratt.

Gemeu de dor ao tentar se sentar sozinho, logo uma mão correu para apoiá-lo e ajudar a se sentar na cama, olhando na direção da pessoa que o apoiava sorriu ao ver aquele homem forte com um lindo sorriso nos lábios, lábios que vieram sem hesitar em sua direção,  um beijo nada suave já que Ratt já iniciou o beijo mordendo e puxando com os dentes os lábios de Gus que mesmo tendo acordado a poucos segundos atrás já estava completamente desperto com a boca macia de Ratt colada na sua, mesmo beijando de forma exigente, o maior ainda não ousava apertar seu corpo contra o corpo ainda fragilizado de Gus uma de suas mãos deixou repousar suavemente no rosto de Gus, depois deslizando para o pescoço onde as caricias dos dedos de Ratt faziam o estômago do outro formigar, e outra parte do seu corpo despertar também, se ainda não estivesse tão enfraquecido teria se pendurado no pescoço daquela homem e o puxado para cama sobre ele, mas se continha,  a mão boa entrando por baixo da blusa de Ratt, tocando com leveza a pele quente das costas dele, provavelmente podiam ficar ali por um bom tempo conectados naquele beijo até o corpo de Gus desfalecer novamente como no dia anterior.

Queria poder tirar a blusa de Ratt, nem precisavam fazer muito, mas sentia falta de ver aquele corpo forte e tatuado. Nesse momento até se lembrou do passado, tinha que perguntar mais tarde para Ratt por que ele nunca tatuou o leão.

Mas essa conversa era pra depois,  agora a conversa era com os toques, os beijos, as línguas entrelaçadas. 

Ratt sentia os estímulos e a excitação crescendo rapidamente junto com aquele calor enlouquecedor que envolvia o corpo dos dois. Com certeza ele e aquele homem tinham uma conexão incrível um com o outro.

Queria que Gus melhorasse logo, queria usar alguns brinquedos com ele, ou mesmo sem brinquedos, queria ele, era uma necessidade. Ratt imaginou se teria problemas se só deslizasse uma das mãos pra dentro da calça de pijama de Gus, mas uma tosse se ouviu ecoando pelo  quarto e arruinando seus planos.

- Aham, vocês não tem nenhum respeito pela minha solterisse?

Os dois homens que desgrudam os lábios assim que são surpreendidos pelo adolescente agora sorriem pra ele. Max está parado na porta com uma bandeija nas mãos.

- P' vim trazer seu café,  posso entrar?
- E já não entrou?- Ratt finge estar bravo.

Gus faz carinho em seu braço.

- Não fale assim com o garoto... Venha Max, pode entrar.

Max não faz cerimônia e logo está amontoado em cima da cama ao lado de Gus que observa admirado a bandeija cheia de guloseimas, seu estômago faz um barulho nada discreto, está realmente com fome.

Ratt está de pé ao lado da cama olhando aquela cena de braços cruzados. Não está realmente sério, pela primeira manhã em anos está com um semblante leve e despreocupado.

- Está um pouco errado isso, não sou eu quem deveria trazer o café? E você não tem sua própria cama Max?
- Prefiro a sua Hia...- logo o garoto se volta para Gus que está já com a boca cheia de pão e estende o celular mostrando algo na tela pra ele - Olha P' olha estou vendo sobre as faculdades, tem muitas opções, estou querendo falar com meu pai sobre essas que gostei, você quer me ajudar ?
- Claro- Gus sorri para o menor enquanto pega um copo de suco...

Ratt quer protestar novamente, mas seu celular acaba de receber algumas mensagens, Gus olha pra ele e percebe quando o semblante de Ratt muda completamente.

"Toon foi visto ontem de noite e hoje pela madrugada, está de volta ao pais, recebemos a localização de alguns lugares onde ele pode estar escondido  estamos verificando."

- Gus eu preciso sair agora.

Gus sabe pelo olhar determinado no rosto de Ratt que não pode impedir ele de ir, a única coisa que pode fazer é esperar que ele volte são e salvo para casa.

- Eu entendo, me promete que vai voltar logo? Que vai voltar bem?
- Eu vou fazer o meu melhor, posso prometer isso certo?

Gus concorda balançando de leve a cabeça. Ratt se inclina e beija a testa de Gus, que eleva um pouco o rosto oferecendo a boca para um beijo, sorrindo Ratt se inclina mais um pouco e toca de leve seus lábios nos lábios manchados com um pouco geleia do outro, logo em seguida, passa a língua na própria boca  que ficou suja também, Gus quer bater nele por provocá-lo assim enquanto o garoto ao lado deles esta distraído. Ratt se levanta e com a mão faz carinho na cabeça de Max, bagunçando os cabelos do irmão mais novo.

- Você pode cuidar de Gus pra mim?
- Posso sim, você sabe dos meus talentos...
- De faltar as aulas e jogar o dia inteiro? Seus talentos são excepcionais.
- Hia, hoje é domingo e papai saiu cedinho, aquele outro cara que eu não quero citar o nome está trancado no quarto dele, e você já está de saída. Não posso fazer nada além de ficar e ajudar o P a se divertir nessa casa chata.

- Esta certo, senhor diversão, então cuide de seu paciente e Gus quando eu voltar a gente continua o que começamos mais cedo.

Gus quase engasga com seu suco, Max faz uma careta.

- Não me respeita mesmo, eca...

Ratt parece se divertir em provocar tanto Gus quanto o irmão. Mas mesmo ele brincando Gus sabe que tem algo errado, e fica apreensivo ao vê-lo deixar o quarto.

- Agora você e eu...-Gus toma o celular da mão de Max que não protesta- Vamos conversar sobre o que está te incomodando certo? Não pense que não percebi que seu rosto não parece igual aos outros dias. E Estou vendo seus olhos, não quero ser intrometido, mas você esteve chorando a noite não?

- Você tem tempo para uma longa e triste história?

Gus coloca a bandeija de lado e abre espaço para o menor se apoiar no travesseiro ao lado dele.

- O que eu mais tenho nesse momento é tempo.

Max suspira fundo e se senta próximo a Gus, antes de começar um longo monólogo. Por algum motivo já confia muito em Gus e quer realmente tirar um peso enorme que sente instalado em seu peito.

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