The Love that Kills

95- Tratamento

Ratt está parado na porta da sala de pintura, encostado nela, braços cruzados observando seu namorado que parece bastante distraído enquanto pinta, na tela de tamanho grande um desenho, como está com  traços a lápis e agora que Gus começou a colorir, ainda não dá pra distinguir bem o que é de tao longe.

Ratt sorri vendo seu amor tão concentrado ele é lindo quando está desenhado ou pintando, o olhar dele ganha vida, o rosto dele é reluzente toda vez que está fazendo o que mais gosta, isso faz Ratt ter alguns pensamentos impuros,  já que o rosto de seu namorado brilha dessa forma em outras ocasiões específicas, principalmente quando estão juntos fazendo amor. Pensar nisso o deixa com vontade de abraçá-lo.

Mas o sorriso em seu rosto desaparece quando vê Gus apertar de leve a cabeça com as duas mãos, ele deve estar nessa sala a bastante tempo já e já é bem tarde, resolve bater de leve na porta pra não pegá-lo de surpresa.
Ao ouvir a batida Gus vira o rosto e sorri.

- Ratt...que bom que chegou...Não entre, não pode ver o quadro ainda.

Ele se levanta rápido do banquinho onde estava sentado, mas cambaleia, o que faz com que Ratt corra para apoiá-lo imediatamente.

- O que você tem?- Ratt o olha com preocupação.
- Nada só fiquei tonto quando levantei rápido.
- Seu rosto está pálido, você comeu o que hoje?
- Ainda não comi...
- Então é por isso que esta assim, Max não está cuidando de você não é? Agora só quer saber de Mond.
- Por favor, não brigue com ele, eu já me recuperei, o paciente dele agora é Mond. E eu sou adulto, eu que não me alimentei bem.

Ratt suspira fundo.

- Vem vamos comer...
- Primeiro meu abraço

Gus se pendura no pescoço dele, Ratt o abraça com carinho e deposita um beijo de leve no pescoço do seu namorado deixando os lábios subirem beijando toda extensão do pescoço até o queixo onde morde de leve antes de procurar os lábios de Gus, que não recusa o beijo que já inicia intenso, um se gruda ao outro com saudade, com necessidade, cada centímetro da boca de Ratt é doce e a língua de Gus não cansa nunca de provar essa doçura. Mas Ratt não quer prolongar tanto por que quer que o outro coma alguma coisa logo.

- Por que?...

Ratt sorri quando Gus protesta ao se afastar dele suavemente.

- Primeiro a comida.
- Vamos logo então pra depois voltar ao beijo.

Os dois sorriem juntos e vão para cozinha no andar de baixo. Todos na casa já dormem, Ratt esquenta o que encontra na geladeira e Gus come sem relutância, logo está com uma cor melhorzinha no rosto. Ratt o observa o tempo todo sem dizer nada, fica admirando o rosto do namorado enquanto ele come, o seu sorriso é feliz.

Não demora para voltarem ao seu próprio quarto, Gus vai tomar um banho, Ratt quer ir junto mas o namorado não deixa por que sabe no que vai se transformar mas já a dois dias Ratt não descansa direito e Gus está bastante preocupado com ele.

- Eu quero mais que isso...

Ratt resmunga quando já estão deitados na cama, um abraçado ao outro, se beijando com carinho.

- Você está com um olhar muito cansado, podemos fazer o que quiser depois que descansar ao menos um pouquinho.
- Então vamos dormir logo- Ratt sorri de forma maliciosa- preciso só de três ou quatro horas de sono.
- Ratt...
- Vamos... durma logo.

Agora eles estão rindo, pois Ratt está tentando de todo jeito tampar os olhos de Gus...

- Pare com isso, seu malvado, vamos dormir, vamos logo...

Os dois se ajeitam Gus mantém a mão ainda engessada sobre o peito do seu amor.

- É difícil pintar assim né? -Ratt faz carinho de leve sobre a mão dele.
- Bastante, mas Smart falou que nessa semana agora que vai entrar eu já poderei ficar livre disso, ele vai tirar.
- Já?
- Sim, o período está chegando ao fim. Acho ótimo.
- Eu acho melhor ainda, vou poder amarrá-lo bem forte.