Especial Ratt & Gus

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Gus é um bom tio, ele faz com moderação as vontades de Lin, mas a corrige com carinho sempre que é necessário, Smart fica feliz por que sempre que precisa o cunhado fica com ela, assim evita de deixar muito com a babá e pode sair com Poon para terem alguns encontros e momentos de privacidade juntos.

Ratt quando Gus está com a pequena geralmente fica um pouco longe, ele ama a sobrinha, mas a menina não passa muito tempo ao seu lado sem abrir o berreiro, então ele sabe que definitivamente não tem jeito com crianças.
Esse é o máximo de contato que Ratt quer ter com uma criança na verdade, mas isso muda bruscamente quando um dos subordinados faz um pedido realmente inusitado a Gus, o homem está desesperado e vendo como o esposo do chefe é bom com a pequena sobrinha resolve arriscar. Seu irmão e cunhada sumiram no mundo abandonado as pequenas filhas recém nascidas, diante disso ele tinha pegado as meninas, mas já tem uma família grande e tem enfrentado dificuldades, está querendo mandar as pequenas para morar com os avós em uma província, mas tem que esperar um tempo pra poder fazer isso, não ousaria pedir esse tipo de favor para os chefes, menos ainda para Ratt, mas o próprio Gus vendo ele com esse semblante preocupado diariamente perguntou o que estava acontecendo, então o homem não aguentou e despejou toda a história, no final já estava pedindo ajuda a Gus que desde o início não rejeitou a ideia.

Ratt quando soube não ficou nada satisfeito, mas o que fazer quando se chega em casa depois de uma longa viagem e encontra berços e brinquedos espalhados por todo seu quarto?
Era um absurdo, quis até despedir o subordinado, mas Gus não permitiu, então acabou que a situação foi aceita, eram apenas alguns poucos meses mesmo e logo as meninas seriam mandadas para a província.

Elas eram gêmeas, ambas muito bonitas, com cachos e olhos puxados para um tom castanho um pouco mais claro, a mãe era ocidental, os pais tinham ido para o pais dela, Ratt também quis caça-los e matar os dois a machadada só pelo incômodo, mas Gus também o impediu, Gus sabia que cuidava de 3 crianças agora, mas uma delas tinha porte de armas.

Daew e Phine tinham uma aparencia realmente fofa e linda naquela bela mistura que fazia delas únicas, então foi fácil para Gus se encantar, Ratt por outro lado estava com receio, eles tinham oficializado a união a pouco tempo ainda estavam em fase de lua de mel, então usou isso de desculpa, o real motivo era que não queria que o esposo se apagasse de mais as bebês, contratou uma babá que dormia na casa e transferiu as meninas para um quarto separado assim não eram acordados durante a noite, Gus diferente da personalidade original, apenas concordou sem falar nada.
Durante o dia enquanto não tinha outros afazeres Gus era quem mais ficava com elas, as vezes até dava uma folga a babá, aos poucos Ratt se acostumou, ainda mais por que seria por pouco tempo mesmo, então tudo bem, não tinha necessidade de estar sempre na defensiva com tudo e todos.

Resolveu que ficaria mais com Gus enquanto ele cuidasse das pequenas, afinal elas correriam dele de qualquer maneira mesmo, mas não Daew, ela era a primeira a subir no seu colo toda vez, Gus sorria sempre sem comentários, então Ratt deixava a neném fazer o que queria, ela no geral brincava um pouco até cansar e pegar no sono ali mesmo no seu colo, já Phine sempre o olhava com os olhinhos grandes parecendo desconfiada, ela gostava do colo de Gus.

Não foi difícil aprender o motivo do choro delas, nem os horários de comer, ou quando tinham que ser trocadas, essa rotina veio e sem perceber derrepente eles estavam inseridos dentro dela, as noites eram bem dormidas pela ajuda da babá, então para Ratt assim estava perfeito, Lin se dava bem com as menores, Red gostava quando estavam as três reunidas na sala rindo e brincando, a casa parecia cheia de vida, o patriarca até pensou em em aconselhar Ratt a adotar as meninas, mas como Gus não falava sobre, ele acabou não interferindo, sabia que o filho ia relutar e talvez virasse um problema entre o casal se um quisesse e o outro não.

Assim quase 4 meses se passaram bastante rápido, os pais de Gus tinham vindo visitá-lo mais vezes desde que as meninas estavam sob os cuidados do filho, a mãe gostava da idea de ter netas, mas Gus deixou claro desde o começo que a situação das meninas era temporária, o pai até ficou bem aliviado no começo, ainda não aceitava essa "família" com Ratt, mesmo tendo aceitado a união do filho com outro homem, ainda tinha resistência ao fato deles criarem crianças juntos, mas os dias das meninas na casa estavam mesmo contados.

No último dia Gus fez as malinhas, colocou roupas confortáveis e combinando nas bebês pra que a viagem fosse boa, preparou pessoalmente algumas mamadeiras e lanches, dois subordinados de Ratt e o tio das meninas iam levá-las, nesse horário Ratt não estava em casa e Gus sabia que ele também não tinha muito interesse em despedidas.
Depois da partida delas a casa ficou silenciosa, Smart e Poon estavam em uma viagem com a pequena Lin então não vieram se despedir também e Red foi o único que ficou ao lado de Gus.
Enfim foram quase 4 meses agitados que agora chegaram ao fim...

***

- Oi Pai está acordado ainda? É hora de senhores idosos estarem na cama.

Ratt levanta as mãos respeitosamente ao entrar na sala e ver o pai sentado em uma poltrona mechendo despreocupadamente no celular.

- Quem é velho aqui? Estou até nas redes sociais, Poon acaba de postar uma foto da minha netinha.

- Só o senhor mesmo pra me fazer sorrir depois de tanto trabalhar... Aliás Gus já foi deitar...

- Então o motivo desse velho estar sentado na sala te esperando é realmente o seu marido.

Ratt quer correr em direção ao quarto agora, mas se segura já que o pai parece que tem algo a dizer.

- O que aconteceu pai?

- Meu filho, eu sinceramente não quis me envolver nisso, mas se meu genro realmente vai sofrer em silêncio então eu não posso me calar.

- Do que o senhor está falando? Quando sai de manhã estava tudo certo com Gus, ele estava preparando as meninas para viagem, estava sorrindo, qual o problema dessa vez?

- Vocês dois já não são mais novinhos, e sinceramente deve ser difícil começar uma família tarde, mas você deve levar em consideração os sentimentos dele, ele leva os seus, tanto que não disse uma única palavra até agora, mas ele não está bem.

- Família? E nós não somos uma família?

- Ratt, não se faça de difícil, vá conversar com seu marido sim? E lembre-se de ouvir melhor o seu coração da próxima vez, definitivamente não foi assim que te criei.

- Mas que aborrecimento viu.

Ratt ainda não entende bem as palavras do pai, apenas sobe correndo, sabe que o marido deve estar no quarto de pintura se ele estiver chateado, e é bem lá que o encontra, sentado diante de uma tela, pintando uma linda paisagem campestre, tem uma exposição no próximo mês, mas está bem adiantado já com os quadros.

- Amor...

Se ajoelha ao lado do banco tocando de leve a mão livre de Gus sob a perna, o outro baixa o pincel e se volta para o esposo sorrindo, os olhos de Gus estão bastante inchados, mas ele apenas sorri enquanto faz carinho no rosto de Ratt.

- Que bom que chegou meu amor, você já comeu? Quer que eu peça pra prepararem alguma coisa?
Esse horário pode não ter mais ninguém na cozinha, e eu mesmo posso fazer entã...

- Vamos conversar sim?

- Claro, algum problema? Parece preocupado.

- Com você, os seus olhos... O que você tem?

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