The Love that Kills

Fim de ano

- Como mesmo acabamos nessa situação? É um encontro de família?

- Como você está engraçado hoje...

Ratt tenta se virar para olhar Gus, mas o namorado segura sua cabeça.

- Não se mexe eu ainda não terminei.

Ratt acaba sorrindo Gus está secando seu cabelo, tinham chegado a pouco no resort e foram tomar um banho antes do jantar.

- Se fosse combinado não daria tão certo...-Ratt comenta.

Desde que tinham chegado a ilha já tiveram algumas surpresas. Primeiro encontro foi com Klahan que já estava ali mesmo resolvendo alguns negócios, logo em seguida o próximo encontro foi com Smart e Poon. Ratt sabia que o irmão ia viajar com o namorado em ocasião do fim de ano, mas não chegou a perguntar para onde, apostava que o velho Red sabia disso e nem comentou, deixou os irmãos se encontrar bem por acaso. A terceira surpresa não era bem surpresa, Bean e Kanya estavam já à alguns dias na ilha aproveitando a calmaria do fim de dezembro, mas faziam semanas que Ratt e Bean não tinham notícias um do outro.

O último encontro surpresa foi com Mond que chegou junto com eles dois no resort fizeram o check-in juntos praticamente. Ratt e Mond tinham uma boa relação desde os eventos que aconteceram onde o rapaz levou um tiro.

Com tantos encontros inesperados todos concordaram em jantar juntos nessa noite, colocar as novidades em dia.
Nada tinha mudado muito desde que a guerra entre as famílias tinha terminado a alguns meses atrás.
Ratt e Gus estavam bem, passavam quase todo o tempo juntos com Gus cuidando dos negócios internos e Ratt não indo tanto a campo como antes, agora os conflitos eram resolvidos quase sempre por Mond que não recusava ação ou por Klahan.

Sendo assim Gus também tinha muito mais tempo para se dedicar aos seus desenhos e já tinha até feito alguns trabalhos para outras pessoas, era fácil dividir o tempo entre cuidar dos negócios da família,  desenhar, e viver aquele romance com a pessoa mais improvável do mundo. Se sentia feliz, tinha se recuperado bem do trauma pelo sequestro, e Ratt cuidava bem para que não tivesse nenhuma recaída.

Quanto aos pais de Gus, nada mudou muito também, a mãe estava quase todo fim de semana na casa de Ratt, e Keyd mesmo falando por telefone ainda não aceitava a relação do filho.

Mas tudo estava caminhando bem e de forma tranquila para eles e sua família. Ratt não tinha se acostumado ainda a uma vida menos agitada e cheia de violência.  Mas bastava olhar nos olhos de Gus e o sorriso que ele tinha o tempo todo nos lábios, para saber que estava no caminho certo com certeza.

- Só falta a gente encontrar Max...

- Aquele menino...Acho que preciso ter uma boa conversa com ele, desde o Natal foi viajar e não dá notícias, não sei se está com a namorada, se está com amigos. Só com você e o pai ele conversa.

- Meu amor, deixa ele viver um pouco, essa fase, essa idade logo passa. Além de que você sabe que ele tem se dedicado a aprender os negócios, acho que é bom ele se distrair um pouco as vezes.

- Você só sabe defender ele.

- Ciúmes?

Gus sorri fazendo carinho no cabelo já seco de seu namorado, deixa o secador de lado e abraça Ratt com ternura.

- Quem disse que sinto ciúmes de você?

- Não sente?-Gus sorri

- Não sinto pouco...

Ratt empurra ele de leve sobre a cama e se joga por cima beijando o pescoço do outro com força.

- Vou mandar uma mensagem para Max perguntando onde ele está, quem sabe ele não está aqui na ilha também?