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SUSAN

Emily deixa a luz apagada.

Ela tranca a porta atrás de nós, e posso ver seus olhos brilhando na escuridão. Tira a roupa tão rápido que rio, e em dois tempos está nua na minha frente. O corpo é como um borrão em meio às sombras, caminhando na minha direção.

- Por que ainda está vestida? - resmunga.

- Porque nem todo mundo é tão eficiente em ficar pelada como você.

- Não é tão difícil, gata. Aqui, deixa eu te ajudar.

Estremeço quando ela corre as mãos sob minha blusa e lentamente a arrasta até a minha clavícula. Emily planta um beijo suave entre os bojos do meu sutiã antes de puxar a roupa pela minha cabeça. Dedos roçam meus quadris e brincam comigo ainda semi vestida, então ela cai de joelhos e puxa o tecido de algodão da minha calça de ginástica para baixo junto com ela.

Tudo o que posso ver é a cabeça castanha pairando a centímetros das minhas coxas, e é uma visão tão erótica, tão sensual, que mal posso respirar. Quando sua boca roça o pontinho já inchado de desejo, uma onda de prazer quase me derruba, e agarro sua cabeça para me equilibrar.

- Espera, -aviso. -  Não vou conseguir ficar de pé com você fazendo isso.- Com uma risada, Emily se levanta e me pega nos braços como se eu não pesasse absolutamente nada..

Caímos na cama com um baque, rindo ao virarmos de frente uma para a outra. Estamos as duas nuas, e é a coisa mais natural do mundo.

Quando ela fala, é algo tão absurdo que sou realmente pega de surpresa.

- Pensei que seu nome fosse com A.

- Você achou que me chamasse Asusan?

Emily ri.

- Não, achei que fosse Arlette, ou Ally, ou Aline. Qualquer coisa com A.

Não sei se devo achar graça ou me sentir ofendida.

- Certo...

- Quase dois meses, Susan. Fiquei dois meses sem saber seu nome.

- Bom, a gente não se conhecia..

- Você sabia o meu nome.

Solto um suspiro.

- Todo mundo sabe o seu nome.

- Como pude passar tanto tempo sem perceber você, caramba? Porque precisei ver uma porcaria de um dez na sua prova para prestar atenção?

Ela soa tão genuinamente chateada que me arrasto para junto dela e a beijo.

- Não importa. Agora você me conhece.

- Conheço. - diz, com intensidade, em seguida escorrega para baixo e pega um dos meus mamilos na boca. - Sei que quando faço isso..., - ela chupa com força, um gemido me escapa, e ela solta meu mamilo com um barulhinho molhado, - ... você geme alto o suficiente para acordar o prédio todo. E sei que quando faço isso seus quadris começam a se mover como se estivessem à procura por mim.- Ela lambe meu outro mamilo, brincando com a língua sobre ele, e, na mesma hora, meus quadris se contorcem involuntariamente e meu sexo se aperta num vazio dolorido. Emily ergue a cabeça e a apoia num dos cotovelos, o bíceps flexionado junto do meu ombro. - Também sei que gosto de você. - diz, com a voz rouca.

Um riso trêmulo me escapa.

- Também gosto de você.

- Tô falando sério. Gosto de você pra caralho.

Não tenho certeza de como responder, então simplesmente seguro as costas de sua cabeça e puxo-a para um beijo. Depois disso, tudo se torna um borrão. Suas mãos e lábios estão em toda parte, e uma onda de prazer me varre para um lugar bonito onde só existimos nós duas, Emily e eu.

O ACORDO - EMISUEOnde histórias criam vida. Descubra agora