SUSAN
No meu segundo dia de volta ao campus, embarco em minha própria missão:
Operação Só Acredito Vendo. Porque está na cara que o único jeito de convencer
Emily a recuar é provar a ela que estou seguindo em frente. O que significa que preciso encontrar uma garota para sair comigo. Para ontem.
A primeira oportunidade surge quando passo no Café Hut para pegar um chocolate quente. Está nevando horrores lá fora, e bato a neve das botas no capacho perto da porta antes de entrar na fila. É então que percebo que a garota na minha frente parece conhecida. Quando faz seu pedido e vai até o balcão para recebê-lo, vejo seu perfil de relance e me dou conta de que se trata de Alice. Alice... o quê?Pauley? Não, Paulson. Alice Paulson, de literatura inglesa e da festa da Sigma. Perfeito. Temos passado. É praticamente um relacionamento.
— Oi, Alice. — cumprimento depois de pedir minha bebida e me juntar a ela no balcão.
Alice se enrijece visivelmente ao som da minha voz.
— Ah. Oi. — Seus olhos disparam pelo ambiente, como se não quisesse que ninguém nos visse conversando.
— Escute. — começo. — Estava pensando, nunca mais nos falamos desde aquela festa em outubro...
A barista coloca um copo de isopor na frente de Alice, que o pega tão rápido que nem sequer vejo sua mão.
Continuo depressa.
— Achei que seria bom colocar a conversa em dia e...
Alice já está se afastando de mim. Meu Deus, por que parece tão aterrorizada?
Será que pensa que vou esfaqueá- la ou algo assim?
— ... talvez você queira tomar um café um dia desses. — termino.
— Ah. — Afasta-se ainda mais. — Hmm. Obrigada pelo convite, mas... hmm, é, não bebo café.
Fico olhando para o copo em sua mão.
Ela segue meus olhos e engole em seco.
— Desculpa, tenho que ir. Vou encontrar alguém... do outro lado do campus e... hmm... bem longe, então estou com um pouco de pressa.
Bom, pelo menos não está mentindo sobre estar com pressa, porque voa porta afora como uma velocista olímpica.
Certo, isso foi... estranho.
Franzindo a testa, pego meu chocolate quente e vou na direção da Bristol House.
É um processo lento, porque a neve está caindo mais rápido do que a equipe de limpeza do campus é capaz de escavar, e minhas botas afundam meio metro a cada passo. Mas o ritmo forçado me permite encontrar outro elemento de estranheza. Quando estava saindo com Emily, as pessoas me cumprimentavam tempo todo. Hoje, todo mundo por quem passo parece me evitar, principalmente as meninas.
É assim que os amish desonrados se sentem quando são banidos? Porque ninguém está olhando para mim, e não gosto disso.
Também não entendo o que está acontecendo.
No caminho até o alojamento, decido ligar para Jil ver se ele quer sair hoje à noite. Talvez ir ao Malone's — não, Emily poderia estar lá. Outro bar na cidade, então. Ou o salão de festas da faculdade. Qualquer lugar em que eu poderia conhecer outra pessoa.
Perto da Bristol House, a garota oportunidade número dois sai do prédio ao lado.
É Olivia, e, ao contrário do restante do mundo, ergue a mão para um aceno.
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O ACORDO - EMISUE
RomanceEmily e Susan. Ambas são o opostos: Sue, faz parte do grupo dos músicos e artistas, tem poucos amigos, e passa seu tempo na faculdade focada em superar o passado e ajudar financeiramente seus pais. Já Emily é a garota mais popular do pedaço, sabe ap...