24

608 41 14
                                    

EMILY

Nunca me masturbei na frente de uma menina antes. Quer dizer, já mexi uma ou duas vezes, mas me tocar do início ao fim? É a primeira vez. E estou nervosa.

Mas estaria mentindo se dissesse que não estou com um tesão do caralho.

Não acredito que Susan está nua na minha cama. Ela é linda de morrer. Um corpo macio e curvilíneo nos lugares certos. Os peitos são de uma perfeição absoluta. Meu olhar se demora entre suas pernas, e estou louca para abri-las. Quero percorrer cada centímetro de Susan.

Mas não quero parecer uma pervertida, e não quero assustá-la, então fico de boca fechada. Estou com muito tesão, o nervo pulsando na mão, estou tentando não comer com os olhos a garota gostosa em minha cama.

- Você parou de falar - ela me acusa, num tom ao mesmo tempo provocante e nervoso.

- Não quero assustar você, - respondo, rouca.

- Gata, você tá aí em pé, pelada, com a mão na sua boceta. Se isso não me assusta, duvido que qualquer coisa que diga vai conseguir.

Não deixa de ser verdade. E pode apostar que sinto meu sexo formigar quando ela me chama de "gata". Na verdade, cada palavra que sai da sua boca me deixa excitada.

-Abra as pernas, - peço. -Quero ver você.

Susan hesita. Então obedece, e minha expiração exala dos pulmões. A mais pura perfeição. Ela é bonita, brilhosa e perfeita.

Vou gozar rápido demais. É um fato. Mas faço o possível para prolongar o inevitável.

Acaricio-me num ritmo lento e doloroso.

- Me mostra o que faria se eu não estivesse aqui, -murmuro. - Mostra como você se tocaria.

Suas bochechas ficam rosadas de um jeito lindo. Os lábios se abrem muito de leve, mas é o bastante para que, se nossas bocas estivessem unidas, eu pudesse enviar a língua naquele biquinho e sentir o gosto dela. Quero tanto beijá-la, mas resisto ao impulso. Este momento é delicado demais para arriscar deixá-la em pânico de novo.

Muito devagar, Susan leva as mãos entre as pernas. Uma onda de prazer percorre meu corpo.

- É isso aí, Gilbertiz. Se toque.

Ela desliza a ponta do dedo no clitóris, esfregando-o. Seu toque é comedido, exploratório, como se estivesse descobrindo do que gosta.

Acompanho o ritmo lento. Meu corpo anseia pela sensação de alívio, mas isso é importante demais para eu explodir. Explodir mesmo, porque estou tão perto que tenho que respirar pelo nariz e morder as bochechas para não estourar.

- Isso é bom? - Minha voz soa baixa e contida.

Susan assente, os olhos castanhos arregalados feito duas bolas de gude. Uma expiração ruidosa escapa de seus lábios, e, de repente, imagino aquela boca na minha boceta e fico perigosamente perto de perder o controle. Começo uma manobra de emergência, apertando meu nervo com força o bastante para sentir dor.

Susan se esfrega mais depressa, a outra mão deslizando pelo corpo para segurar um dos seios com força. Brinca com o mamilo entre os dedos, e contenho um gemido. Quero chupar aquele mamilo mais do que quero respirar.

- No que você tá pensando, Gilbertiz?

Faço a pergunta não apenas por ela, mas por mim também. Preciso de uma distração. Urgente. Seu olhar se fixa no movimento contínuo da minha mão.

- Estou pensando em você.

Ai, não. Não esse tipo de distração.

Meus movimentos se tornam mais rápidos, minha mão ganhando vida própria. Tem uma mulher pelada na minha cama que não posso comer. Não posso, porque esta noite não é para mim. É para Susan.

O ACORDO - EMISUEOnde histórias criam vida. Descubra agora