Capítulo 20

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    Sukuna        

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    Sukuna        

Meu café estava passando e eu não tinha vestido nada além do jeans quando uma batida na porta perturbou minha rotina matinal.

Contrariado, imaginando que fosse Major chegando uma hora mais cedo, fui lá e abri bruscamente a porta, pronto para fuzilá-lo com o olhar. Mas era Uraume.

Ela não tinha telefonado nem aparecido desde que eu a mandara para casa fazia quase um mês. Não recuei para deixá-la entrar, porque no passado tudo o que fazíamos juntos tinha a ver com sexo e eu não ia mais transar com ela. Não quando meus sentimentos em relação à Yuji estavam cada vez mais profundos.

- Estou apaixonada por você - despejou ela, os olhos se enchendo de lágrimas.

Santo Deus, eu não precisava disso hoje. Nem em qualquer outro dia. Uraume não deveria jamais se apaixonar por mim. Tínhamos feito sexo. Só isso. Nada de carinhos e beijos, apenas trepavamos.

Cacete.

- Uraume, eu sinto muito. Mas começamos isso sabendo que era só um lance de sexo. Não sabia que você tinha sentimentos profundos ou que estava começando a tê-los. Eu teria interrompido há muito tempo, se soubesse.

Ela fungou e seus ombros se curvaram, num gesto de derrota.

- Então você realmente não sente nada? Nada mesmo?

Caramba, eu sentia prazer quando gozava. E, sim, eu aproveitava o corpo dela, mas era isso. Nada de sentimentos. Neguei com a cabeça, odiando magoá-la.

- Não. Para mim era apenas sexo. Pensei que para você fosse só isso também.

- Tem outra pessoa? - perguntou. - É por isso que você não quer mais me ver?

Não sabia o que responder. Yuji não era da conta dela, mas era a razão para eu pôr um ponto final naquela história.

- Estou sentindo algo por outra pessoa, sim.

Pronto, falei. Ela cobriu a boca ao soluçar.

- Então você se envolveu com outra pessoa enquanto estava trepando comigo?

Fiz que não com a cabeça, deixei escapar um grunhido frustrado. Eu só queria um café. Não isso.

- Não me envolvi com ninguém... ainda - disse a ela. - Mas isso não importa. Eu quero me envolver. Estou esperando por ele.

Uraume soltou uma risada seca e limpou as lágrimas que escorriam pelo rosto.

- Então a mulher disposta a lhe dar tudo não é suficiente. Você quer o que resisti, é isso? Deus, eu odeio os homens! Vocês são todos uns babacas! - Uraume gritou a frase final. E apontou para mim. - Você vai se arrepender. Quando precisar de mim, vai se arrepender. Todo aquele sexo ardente que a gente fez foi fantástico, e você sabe disso. Você vai me querer outra vez, e eu não vou dar para você. É isso, Sukuna. Você teve sua última chance.

Eu não tinha resposta para isso. Observei-a dar meia-volta, ir até sua caminhonete e entrar. Fechei a porta da casa e torci para que ela mantivesse a palavra e que fosse mesmo o fim. Não poderia passar por aquilo de novo e deixá-la agir assim. Odiava magoá-la, mas Uraume estava forçando a barra.

Meu telefone começou a tocar e eu olhei cheio de vontade para o café na cafetaria. Eu queria muito aquele café. Frustrado, peguei o telefone. Por que não me deixavam em paz? Droga, eu só queria uma manhã tranquila.

O nome de Megumi se iluminou na tela.

- Você está bem? - perguntei, pensando que algo pudesse ter acontecido. Ele nunca ligava tão cedo.

- Imaginei que você já estivesse de pé. Gojo acabou de me contar algo antes de ir para o trabalho, algo que ele escutou ontem e que eu achei interessante. Queria compartilhar com você.

Estava quase com medo de ouvir. Ele parecia tramar algo. Dava para perceber na voz dele. Qualquer que fosse a informação que tivesse, Megumi estava um pouquinho empenhado demais para me contar.

- São sete da manhã, Megumi. Acabei de levantar e preciso de um café - resmunguei enquanto me servia uma xícara.

- Beba seu café, rabugento. Posso contar o que sei enquanto você bebe.

- Tudo bem - concordei, ouvindo apenas parcialmente o que ele dizia. Estava mais concentrado no líquido escuro na caneca à minha frente.

- Sabe Geto, aquele amigo de Woods Kerrington? Ele levou e buscou Yuji no trabalho esta semana.

Essa era a novidade? Revirando os olhos, fui lá fora desfrutar o café.

- Já sei disso - informei ele.

- Ah. Bem, sabe que ontem ele o convidou para sair neste fim de semana e ele aceitou?

Minha mão parou em pleno ar, a caneca diante dos lábios. Que merda era essa?

- Yuji vai sair com Geto? - perguntei, baixando a caneca, ainda sem certeza de que fora isso mesmo que eu ouvira.

Yuji ficava nervoso com outros homens. Geto era um mulherengo. Já tinha visto o cara em ação. Era exatamente o tipo de sujeito que eu sabia que Yuji não gostaria por perto. Como assim?

- Quem contou isso a Gojo? - perguntei, esperando o desfecho. Tinha que ser piada.

- O próprio Geto. Ele o convidou quando o levou para o trabalho ontem de manhã e ele aceitou. Gojo disse que ele parecia um garotinho que tinha acabado de ganhar um brinquedo novo. E queria que eu conversasse com Yuji sobre Geto. Ele é um galinha, sabe, e Gojo não quer que ele magoe Yuji. Mas achei melhor contar para você. Já que você é amigo dele, talvez possa ligar para ele e avisá-lo.

Ele estava sendo malicioso. Sabia que isso ia me deixar puto. Megumi me conhecia bem demais. Sem chances de Yuji sair com Geto. Se ele queria sair com alguém, então ia sair era comigo.

- Obrigado. Preciso ir. Falo com você mais tarde.

- Tudo bem, mas você vai falar com ele, não vai?

Quase ri de sua falsa preocupação. Ele sabia muito bem que eu não ia deixar aquele encontro acontecer.

- Vou falar com ele - respondi, desligando o telefone.

Engoli o café e deixei que ele queimasse minha garganta. Precisava comprar uma passagem e então chamar Major para que ele assumisse tudo que eu largaria para me assegurar de que Geto mantivesse suas mãos de Playboy longe do que era meu.

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À Sua Espera (Sukuita)Onde histórias criam vida. Descubra agora