Capítulo 35

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    Yuji     

Lavei as mãos na água morna e olhei pelo espelho o sorriso bobo em meu rosto. Eu tinha conseguido. Fizera Sukuna gemer e gritar e inclusive se agarrar no sofá - como se sua vida dependesse disso - até gozar. Eu. Eu fiz isso. E sem ir nenhuma vez àquele lugar sombrio da minha mente. Eu ficava completamente absorto observando Sukuna, sabendo que era eu quem estava dando prazer a ele. Entrei num transe maluco com aquilo.

E teve a maneira como ele olhava para mim, em êxtase, como se eu fosse algum presente divino. Ele sempre fazia com que me sentisse especial, mas naquele momento me senti como um deus. O deus dele.

- Você está se sentindo totalmente realizado - disse a voz grave dele, e eu o vi pelo espelho se aproximar de mim por trás.

Ele tinha um sorriso preguiçoso e satisfeito, e fora eu quem colocara aquele sorriso ali. Eu estava satisfeito comigo mesmo.

- Estou - admiti.

Ele afastou meu cabelo e deu um beijo em meu pescoço.

- Hummm, isso é fofo e sexy - disse ele num sussurro. - Mas também me dá muito tesão.

Senti minha pele se arrepiar quando ele lambeu meu pescoço.

- Só tenho um probleminha com isso - falou, mordiscando minha orelha.

- É?

A mão dele fez pressão em minha barriga, puxando-me ao encontro do seu corpo.

- É. Tenho. Você me viu gozar na sua mão. Agora eu quero ver você gozar na minha - disse ele, enquanto seus dedos brincavam na cintura do meu short.

Já tínhamos tentado isso antes. E eu entrara em pânico. Não queria estragar a manhã.

- E se eu não estiver pronto? - perguntei, incapaz de negar que o modo como os dedos dele deslizavam para dentro do short me fazia tremer de excitação.

Ele parou para pensar só por um momento e então sua boca começou a deixar um rastro de beijos pelo meu corpo, descendo por meu pescoço e percorrendo o ombro.

- Pensei nisso. Tenho pensando nisso. Preciso manter você comigo enquanto o toco. Quero tentar outra vez, mas não vou parar de falar com você. Vou assegurá- lo o tempo todo de que sou eu quem está aqui com você. Podemos tentar?

Meu peito estava doendo, mas a área entre minhas pernas estava pegando fogo. Eu queria. Meu corpo queria. E eu amava Sukuna. E era o que ele queria.

- Está bem - respondi.

- Obrigado - gemeu ele.

Então me pegou no colo e me levou para a cama, deitando-se ao meu lado.

- Seu cheiro é tão bom. Quando estou em casa, me deito à noite na cama e posso sentir vestígios do seu cheiro. Fico excitado. Quero você lá. Comigo - disse ele no meu ouvido, começando a deslizar a mão lentamente para dentro do meu short.

Eu não tinha vestido calcinha, e em breve ele ia descobrir isso.

Quando ele avançou a mão o suficiente para se dar conta, parou.

- Gato, você está sem calcinha - disse numa voz grave.

Virei a cabeça para vê-lo.

Seus olhos tinham a mesma expressão de quando eu o estava acariciando. De tanto que isso o excitava. A umidade entre as minhas pernas aumentou, e fiquei constrangido porque ele descobrira como eu estava excitado.

- Abra as pernas. Por favor, para mim. Deixe-me tocar você. Quero ver você gozar para mim. E sentir seu pênis na minha mão. Pode me dar isso, Yuji? Eu quero tanto, tanto.

Engoli em seco, nervoso.

- Já estou excitado - confessei, me sentindo mortificado só de dizer aquilo.

Os olhos dele brilharam com tanta intensidade que meu coração quase parou. Seus dedos deslizaram pelo meu pênis e então tocaram nas minhas partes de baixo, minha bunda. A sensação que eu experimentara ali por toda a manhã agora latejava e eu precisei me agarrar no braço dele para não cair da cama.

- Ah, meu Deus - gemeu ele, enterrando a cabeça no meu pescoço. - O cuzinho mais doce do mundo está encharcado por mim.

Ele estava feliz com isso. Eu teria soltado um suspiro de alívio, mas seus dedos começaram a se mover e eu só consegui emitir uns ruídos e agarrar o braço dele e os lençóis.

- Sou eu aqui. Minha mão no meio das duas pernas. Meus dedos tocando seu cuzinho. Eu, gato. Eu. Tudo isso é meu. Eu sempre vou cuidar de você. Nada nem ninguém vai machucá-lo. - Sua voz era baixa e ele falava no meu ouvido.

Eu estava tremendo e me agarrava a ele.

Ele queria me manter ali, junto dele, naquele momento, e estava fazendo um trabalho maravilhoso. Dificilmente minha cabeça conseguiria estar em algum outro lugar.

- Quando você estiver pronto, vou pôr minha boca bem aqui - disse ele, correndo o dedo sobre meu pênis. - Vou lamber seu pênis até você gritar e cravar as unhas nas minhas costas enquanto goza na minha cara. Você vai adorar. Juro que vai. Você vai segurar minha cabeça ali e implorar para que eu não pare. Porque serei eu.

A sensação crescente dentro de mim estava acelerando, e eu sabia o que era. Eu havia me masturbado antes de acontecerem… aquelas coisas.

Em minha cabeça eu criava fantasias com os garotos da escola quando estava na cama, à noite. Mas isso agora era algo mais forte. Parecido, porém maior. E eu queria que acontecesse. Com Sukuna, eu queria.

- Isso gato. Me deixe dar prazer a você. Faça isso por mim. Quero ver você gozar para mim. Quero ver meu garoto extasiado nos meus braços. Você é tão lindo…

Com aquelas palavras, eu me entreguei, gritando o nome dele enquanto meu corpo estremecia e ele me apertava em seus braços. Sua mão permaneceu em mim, me cobrindo e navegando as ondas de êxtase comigo. Eu gritava o nome dele. E o ouvia a distância.

Ele me chamava de gato e dizia que eu era incrível.

Mas por fim ela se dissipou lentamente e desci de volta à terra. Os braços de Sukuna ainda estavam a minha volta, me apertando de encontro a ele, e sua mão continuava no ponto em que me dera prazer. Ele respirava pesadamente, e seus olhos estavam escuros e quentes enquanto ele me olhava de cima.

- Meu deus, você é deslumbrante - sussurrou ele, enquanto eu piscava e finalmente conseguia focar em seu rosto.

Eu não podia falar ainda. Aquilo não fora nada parecido com o que eu tinha experimentado na cama quando era mais jovem. Meus dedos não conseguiam fazer isso comigo mesmo. Será que aquilo era saudável? Era tão bom que tinha que ser perigoso. E eu queria repetir. Imediatamente.

- Não quero tirar a mão daqui. Ela está coberta de você, quero que continue assim - disse ele, movendo a cabeça para dar um beijo no meu nariz. - Foi a coisa mais erótica que já vi. Juro por Deus, você me deixou tão enfeitiçado que eu nem consigo enxergar direito. Se você me deixasse, ficaria

aqui nesta cama e faria você gozar sem parar.

Eu deixaria. Estava gostando da ideia. Muito.

À Sua Espera (Sukuita)Onde histórias criam vida. Descubra agora