O som das bravas ondas que se quebravam contra o navio ecoava repetidamente conforme explodia em espumas após cada impacto, formando a refrescante maresia.
O céu azul claro se mantinha livre de quaisquer sinais de tormenta, reinando apenas as nuvens brancas e o impiedoso Sol e sua luz aquecida, paisagem essa vez ou outra enriquecida pelos belos vôos de gaivotas e pelicanos pescadores.
A bordo estavam dezenas de bucaneiros peludos e malhados em espírito de celebração, com suas canecas de madeira em mãos dançavam e riam estridentemente revelando seus dentes amarelados, o último saqueamento no conglomerado de ilhas comerciárias havia sido um sucesso, lhes rendendo muito ouro, joias e artefatos úteis para sobreviver em alto mar.
Era também aniversário de 19 anos do primogênito do Capitão, motivo mais do que suficiente para grande festividade.
Próximo ao leme apoiava-se sobre um balcão empoeirado daquela frota de exilados, temido e conhecido pelas treze Ilhas Neros como aquele que rouba e destrói, que conduzindo seu enorme navio de aparência fantasmagórica com uma cabeça de serpente na parte da frente, era ele.
Leviatã, o Capitão.- Aaa! Desça e junte-se a nós, chefe! - Um homem de barbas trançadas esgoalava o chamando para o convés na companhia de seu papagaio de ombro.
Um ruído baixo e contínuo, camuflado pelo som ambiente das ondas e dos pássaros quase passa despercebido, e quando estava prestes a seguir escada à baixo, o brutamonte de chapéu preto, cujo um esqueleto réptil o decora costurado a mão, tem sua atenção roubada rumo a porta estreita do calabouço.
Com os olhos cerrados, ao se virar bruscamente e seguir andando sua perna de pau fica visível em meio às vestes de longos tecidos negros, ecoando sons de passos amadeirados e cambaleantes.
Usando da chave enferrujada que em seu bolso jazia, Leviatã entra no porão mal iluminado pelas frestas que se espalham por entre o teto e paredes.- Desgraçado! - Um rapaz de aparência jovial, cabelo liso e castanho se debatia no chão amarrado por uma corda.
- O que pensa que está fazendo? - Esbrajou com sua voz grossa e estúpida.
- Escapando! - Inutilmente seguia raspando as amarras de seus pulsos em uma foice velha que se encontrava encostada contra a parede.
Enfurecido, o Capitão bufa sem paciência avançando rapidamente até seu prisioneiro assustado, revelando um gancho cintilante no ar, substituto cortante de sua mão direita.
O par de olhos arregalados diante dele antecedem o grito de horror, quando de repente Leviatã golpeia com sua lâmina o nó das cordas que o prendia, agora deslizando como cobras mortas que caem sobre o úmido chão.- Você...
- Escuta aqui! - Agarra a mocinha pela gola de sua roupa de tecido limpo e macio. - Invadiu meu navio quando deixamos o último saqueamento, te peguei se rastejando logo na primeira noite e te prendi aqui em baixo, e agora vai me explicar por qual razão imbecil não ficou nas ilhas comerciárias!
- Eu...
- Ainda não terminei! - Seu rosto avermelhado se aproximava cada vez mais. - Se for um espião, ladrão ou algum tipo de coisa ruim garanto não ser mais piedoso, e deixar que meus homens cuidem de você! E acredite, não há nada que eles queiram mais do que um buraco para leitar nesse solitário oceano!
Respirando ofegante após a tentativa de intimidar o misterioso homem, Leviatã nota estranheza na proximidade íntima de suas faces. Uma de aparência tão brutal, marcada por cicatrizes e hematomas, outra delicada e estranhamente tentadora.
- Prestto. - Sussura os lábios pálidos.
- O que disse?
- Meu nome é Prestto. Sinto muito por ter invadido, mas aviso que não sou nenhuma ameaça. Apenas estava fugindo, e um navio foi a melhor e, minha única escolha no momento.
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EROTIC GAY STORIES
Romance"O mais belo e quente compilado de orgasmo, amor e epifania já feito numa madrugada, pelo imaginário de um autor criativamente excitante."