Príncipe Proibido

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  Em terras distantes, milhares de hectares de colinas verdejantes percorriam as planícies ricas em orvalho daquela manhã, destacadas por sua beleza delicada porém marcante os botões de flores abriam sua pétalas contemplando o Sol dourado que as banhava através das nuvens esparsas.
  Além do som dos pequenos animais, insetos e da brisa fria matinal, ao longe era possível se ouvir o crescente barulho de milhares de guerreiros, usando suas armaduras metálicas montavam cavalos negros com lanças pontiagudas em mãos, reluzindo suas pontas mortais conforme percorriam os terrenos até então calmos, trazendo em seus corações sede por sangue.
  Sou Vincent II, Rei de Astargam, herdeiro legítimo do trono. Meu exército nesse exato momento terminava de atravessar a ponte que os levava do Reino até ao mundo externo, galopando em seus cavalos pelas toras de madeira ancestrais a mais de 500 metros de distância do fundo sombrio da fossa mortal, a mesma que circundava todo o perímetro de minhas terras para a segurança de meu povo.
  Uma guerra havia sido declarada pelo Rei Salazar, um velho retrógrado e cheio de ódio, o mesmo quem me prometeu a sua filha como oferta de paz entre os grandes reinos. Porém, tal jovem se mostrará tão indomável e cruel quanto o próprio pai, e com o tempo uma paixão germinou nas paredes rígidas e inertes de meu coração.
  Não por ela, mas sim, por seu irmão. O príncipe caçula Galadryel.
  Na minhas últimas visitas ao reino de Enfinnim tive a honra de conhecer o mais doce, belo e gentil rapaz que meus olhos viram em todos meus míseros 28 anos de existência. Sua pele delicada constelada por pintinhas negras como ônix, lábios desenhados pelos deuses em inigualável tom vinho paixão, olhos singelos e donos de todo mistério, e por fim mas não menos importante o sorriso...

  "Ah, o sorriso..."

  As poucas vezes em que fui graciado de o vê-lo sorrir foram suficientes para que minhas pernas fraquejasssem, o peito queimasse como o coração de uma fênix em sintonia com a confusão mental que aquele sentimento e desejo me causavam.
  Quando neguei o casamento com sua irmã, princesa Meramar, temi nunca mais ver aqueles olhos que em mim despertavam pecaminosa paixão. Então, sem medir consequências pedi vossa mão em casamento nas escadarias de marfim do castelo, dia esse em que fugimos escapando por pouco das flechas e espadas ordenadas pelo seu pai vingativo.

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