Ovo de Páscoa

3.4K 68 5
                                    

09/04/23

  "Como esse dia me cansa!" - Suspiro exausto.

  Hoje é um domingo de Páscoa, me chamo Matias e sou professor de artes para as turmas do fundamental, todos os anos a escola realiza nessa data uma abertura para famílias estarem visitando o espaço interior decorado a mão por cada um de nós, utilizando de papel crepom, algodão colorido, gliter e muita cartolina.
  Tudo correu bem, os comes e bebes se esgotaram bem rápido, as crianças saíram todas pintadas com bigodinhos e orelhas de isopor, e sem sombra de dúvida a memória dos celulares de cada um dos pais estava sobrecarregada de tantas fotos.
  Agora viria a satisfatória porém igualmente exaustiva parte, que nada mais é do que desmontar e limpar tudo.
  Hoje mais cedo tive uma reunião particular com a diretora Clarisse, uma mulher de aparência jovial, que modéstia parte combina sua beleza com a minha sem muito esforço. Sou um homem de porte parrudo, 1,85cm de altura, os músculos de meus braços estufam e marcam o tecido da camisa, mantenho sempre a barba aparada na régua assim como o cabelo de corte másculo e moderno.
  Mas de nada adiantou todo charme e flerte lançado, fiquei para o encerramento do feriado mesmo assim.

  - Esse mural... Vai ser um saco! - Murmuro observando a parede decorada em detalhes minimalistas.

  Desejando que ninguém me veja ali, suado com a roupa fina transparecendo ao grudar nos meus peitos musculosos, desmontando a porcaria de um cenário infantil, vestindo orelha e rabinho de coelho, começo meu trabalho com desdém.

  - Licença, você quer ajuda? - Uma voz adolescente surge de trás repentinamente, digna do desvio dos meus olhos verde escuros.

  Parado ali com um sorriso gentil estampado, o estagiário novato coça a nuca após oferecer ajuda.
  Possui por volta de 1,70cm, orelhinhas de coelho emergindo de seu cabelo preto quase azulado, piercing no septo como qualquer garoto de sua geração, cheirando inebriantemente a hidratante corporal de morango com alguma fragrância de babalu.

  "Tão... Doce!" - Puxo o ar lentamente pelas narinas instigadas.

  - Opa, tudo bem? Aceito sim, qual seu nome mesmo?

  - Leonardo! E o seu?

  - Matias.

  Afim de demonstrar serviço o rapaz logo começa a destacar os itens fixados na parede e jogar numa enorme caixa de papelão no chão, começando pelas figurinhas de chocolates até chegar nos pequenos ovinhos redondos delicadamente colados ali.
  Sem aviso prévio um deles acaba deslizando entre seus dedos, caindo no piso e rolando para baixo duma mesa de madeira onde pela manhã havíamos posto algumas guloseimas de cacau.

  - Merda... - Resmunga retirando uma mecha ondulada que repousava em sua face, abaixando para olhar onde o objeto pequeno e roliço havia parado.

  - Tá tudo bem, meu querido. Deixe aí, quando...

  Olho para baixo e o que vejo me faz cortar a frase ao meio.
  Leonardo tentava visualizar e alcançar algo enquanto tateava às cegas, empinando a bunda para cima automaticamente por ficar de quatro ali.
  Instintivamente dou um 360° em volta, vendo que não há mais ninguém ali no pátio conosco, a diretora muito provavelmente já havia ido embora pois a chave dos portões estavam em minha posse e isso não lhe seria responsabilidade hoje.
  Engulo seco, noto minha mente ser inundada por uma avalanche de pensamentos maldosos a cerca do novinho de rabo vulnerável a minha frente.
  Toco a frontal da calça que estou vestindo, sentindo crescer fervorosamente um volume grosso do meu membro posto de lado na cueca.

  - Hum... Não estou achando...

  - Deixa eu te ajudar... - Digo proativo antes que ele desista e saia daquela posição.

EROTIC GAY STORIESOnde histórias criam vida. Descubra agora