Hybrid - Catradora G!P

Hybrid's Well - III

Los Angeles - Hybrid’s Well

30 de setembro de 2022

-

Catra fechou a porta atrás de si depois que a doutora adentrou seu dormitório. A hibrída gostaria de ter algo na ponta de sua língua para discutir, mas não havia nada que ela pudesse falar depois da última reunião.

Aparentemente a reunião mais tensa que ela já havia participado até agora.

A hibrída se surpreendeu quando a doutora a envolveu com seus braços, buscando um calor reconfortante ao estar tão perto da mulher felina. Catra a abraçou de volta assim que se deu conta da proximidade e não deixou um espaço sequer entre seus corpos.

Já havia se passado algum tempo, entre rejeições, conflitos e as ocupações de ambas, momentos como esse se tornaram raros.

Tão raros que a morena sequer se lembrou a última vez que sentiu borboletas em seu estômago como estava naquele momento.

─ Você falou sério? - Adora apoiou sua cabeça na altura da clavícula da hibrída ─ Quando disse que ter uma vida normal ou não é um detalhe?

─ Tudo que eu disse até agora é bastante sério. Quero que isso funcione.

─ Como vai funcionar? - Catra suspirou ─ Estão nos caçando, aparentemente a todos que se envolvem com qualquer um de nós.

Um beijo foi o suficiente para empurrar todas as preocupações da felina para o lado. Ela havia esperado - e evitado - esse momento por tempo demais, sonhando sem parar com a sensação suave dos lábios da humana nos seus. Adora ansiava por aquele beijo tanto quanto a híbrida e tinha certeza de que, quando acontecesse, ela o apreciaria para sempre.

Agora, Catra tinha certeza de que lembraria o sabor e o cheiro da humana, de cada segundo onde a respiração de Adora falhava enquanto se beijavam e até o suspiro relutante que escapou quando seus lábios se separaram.

Adora era exatamente o que ela queria.

─ Doutora… - A morena tentou recuar, mas Adora passou os braços em volta de seu pescoço. Ela não iria deixar a híbrida ir, ela não podia

─ Esqueça as respostas concretas dessa vez, só desta vez - A loira suspirou ─ Honestamente, não consigo pensar agora.

Catra imediatamente entendeu o recado e se inclinou mais perto, Adora fez o mesmo. Ela a beijou levemente no início, desta vez bem mais apaixonada que antes. As mãos da morena pousaram suavemente em seu rosto, seus dedos polegares acariciando suas bochechas. Adora pôde sentir o formigamento, os olhos bicolores intensos de tanta luxúria. Catra conseguia praticamente saber onde aquilo iria dar, ela só gostaria de ter certeza de que o olhar intenso da médica estava realmente certo.

A médica sequer percebeu que estava sendo direcionada para cama até de fato sentir a parte de trás de seus joelhos batendo contra o colchão, seu corpo não foi jogado sobre a cama, Catra garantiu que seu corpo estava seguro antes de tomar qualquer decisão.

─ Me diga para parar se não for isso que você quer - Por um segundo ela esperou que fosse apenas empurrada e expulsa do dormitório, mas ao invés disso Adora pressionou seus lábios mais uma vez antes de ser colocada na cama, a híbrida acomodou seu corpo sobre o dela

Sem rodeios, as mãos da morena começaram a percorrer o corpo da médica, sentindo-a estremecer contra seu toque.

─ Catra- - As palavras sussurradas de seus lábios entreabertos, sua mente foi tomada pelo prazer. Um sorriso se formou nos lábios da híbrida ao ouvir a voz suave enquanto sua camisa era constantemente puxada na tentativa falha da doutora se livrar da peça a qualquer custo.

─ Apressada? - Catra se inclinou para trás e sorriu, deixando uma mordida nos lábios de Adora antes de se afastar

─ Não me provoque, Catra - O fôlego da humana quase escapou completamente ao verificar o torso nu da morena sobre ela, foi realmente difícil recuperar sua atenção e fingir que não foi atingida pela cena mais sexy que ela havia presenciado desde então.

Catra se retirou de cima dela e deslizou para a borda da cama, removendo as próprias calças e as da humana até que só restassem suas peças íntimas para remover. Adora se livrou de sua camiseta e o aperto em seu peito não desapareceu.

A necessidade estava a sufocando.

Os olhos bicolores encontraram os azuis enquanto lentamente as mãos da híbrida puxavam a peça íntima para baixo.

─ Catra… Ah! - Não houve tempo suficiente para que Adora se preparasse, o prazer a atingiu em cheio quando Catra manteve a boca entre suas pernas. Ainda era incrível para a médica entender como suas presas nunca eram um problema nessas horas e agradeceu mentalmente por isso. Por outro lado, ela pensou que em algum momento iria rasgar o tecido frágil de seus lençóis por estar segurando tão firmemente neles.

A felina capturou seu clitóris em seus lábios e a chupou como se estivesse perdida se não o fizesse. Cada movimento novo era como se provocasse uma falta de ar maior na humana.

Ela deslizou sua língua até que Adora desistisse de segurar os lençóis, direcionando seus dedos para os cabelos da morena. Ela a segurou e direcionou seus movimentos, Catra apenas obedeceu e fez questão de deixá-la guiar a situação.

Os gemidos eram de fato sua recompensa.

Da mesma forma que Adora a puxava contra si, ela a afastou, sem ter mais forças para aguentar outro orgasmo consecutivo em poucos minutos.

Seu corpo estremeceu e Catra se moveu de volta para cima, distribuindo beijos em seu pescoço e ronronando contra sua orelha.

─ Eu senti sua falta - Os gemidos de ambas se misturaram quando a mão da doutora deslizou para seu membro, enrolando delicadamente seus dedos ao redor dele e acariciando-o.

─ Eu senti a sua - Adora confidenciou contra os lábios da felina, enganchando as pernas em torno dos quadris da maior ─ Você não faz ideia do quanto.

Catra sorriu antes de sentir a intimidade molhada tocando superficialmente seu pênis, isso a fez arrepiar por completo.

─ Por favor… - Ela disse em tom de súplica e Catra imediatamente atendeu seu pedido empurrando o membro em sua entrada, as paredes molhadas apertaram contra ela em aprovação.

A híbrida gemeu alto com puro êxtase a cada empurrão, Adora arqueou os quadris para que houvesse mais espaço e foi perfeito para ela. Em certo momento, Catra se inclinou para capturar os lábios da doutora e abafar seus gemidos. Ela nunca se acostumou com a forma como o rosto dela se contorcia de prazer enquanto fazem amor.

─ Goza comigo - Adora novamente suplicou enquanto suas unhas curtas arranhavam as costas da felina que empurrava cada vez mais fundo nela até suas paredes a apertarem com força, precisando disso para que a doutora se sentisse perfeitamente preenchida, seus quadris se arqueando enquanto implorava pelo clímax.

Ela nunca havia se sentido tão ligada a alguém, Adora também se sentia assim. Não havia nada que fizesse as duas se sentirem culpadas por isso, era certo para ambas.

Catra se deixou descansar de forma ofegante, sentindo as paredes de Adora se contraindo ao redor dela, como se a agarrasse para nunca deixá-la ir. Adora recebeu um olhar amoroso da felina. Ela havia se entregado completamente e nunca se sentiu tão feliz em sua vida.

─ Catra - Seu coração batia ritmicamente sob seu peito ─ Preciso dizer algo e você não precisa dizer nada, mas tem que saber disso…

Catra engoliu em seco, lembrando da primeira vez que a beijou. Adora foi embora por um tempo naquela época, ela não sabia se poderia lidar com a sua falta mais uma vez, principalmente depois disto, mas se preparou para todos os seus sonhos começarem a ser frustrados.

─ Por favor, não diga que se sente culpada… - Ela se ergueu e olhou para a médica

─ Eu te amo - A humana gaguejou e sentiu seu coração bater mais rápido enquanto esperava por uma resposta, por mais que isso já estivesse em sua mente, dizer isso em voz alta depois do sexo era assustador

─ Eu te amo - Catra murmurou aliviada, engolindo toda sua preocupação ─ Eu amo você, Adora.