In Love and War II

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Reservation of Hybrids || Atualmente

18 de Janeiro de 2023 

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Catra perdeu a noção do tempo quando foi se dirigiu até o banheiro.

Pareceu uma eternidade cada minuto em que ela deslizava o sabonete contra sua pele a fim de fazer aquele cheiro metálico terrível desaparecer. Quando parecia que estava melhor, ela tinha a impressão que estava sentido de novo e a última coisa que ela pretendia era rever Adora daquela maneira.

Haviam alguns cortes em seus braços, alguns hematomas no abdômen, isso se deu graças as suas tentativas de quebra aos portões enquanto estava encarcerada sob as ameaças de Lonnie. 

Ela não podia apenas esperar que Lonnie tivesse algum arco de redenção. Nunca imaginou sentir a pura maldade emanar de uma pessoa, a pesquisadora mostrou a ela que era totalmente possível. 

Após longos minutos, ela decidiu fechar o chuveiro, enrolando-se impacientemente em uma toalha amarela que estava pendurada do lado de fora do box. 

Seus pensamentos sempre vagavam sobre a preocupação com Faith que estava grávida e supostamente ainda não tinha dito a verdade para Hunter e principalmente sobre como Adora reagiria ao vê-la novamente. 

Dias se passaram, Adora nunca parou de contar cada um deles. Cada noite tendo pesadelos com a sensação ruim de que não teria mais a felina de volta em segurança quase a enlouqueceu. 

Mesmo que tenha tentado inúmeras vezes tomar as próprias decisões para resgatá-la, Huntara e Octavia jamais permitiram que ela partisse de onde estava. Provavelmente seria a peça chave para que Catra se rendesse à Lonnie Quinn em troca da segurança da loira, o que sequer seria garantido. 

Lonnie geralmente era uma grande traidora. 

De qualquer maneira, a híbrida agradeceu silenciosamente em seus pensamentos que a doutora estava em algum lugar daquela reserva e, principalmente, que estava à salvo.

Com algumas dores devido aos hematomas, Catra atravessou o corredor apenas para entrar no quarto onde haviam sido deixadas peças de roupas sob medidas. 

A felina se recordou das roupas que costumava utilizar nos distritos. Ligeiramente sentiu um pouco de falta como as coisas eram, recordou do medo que sentiu ao ser encurralada por uma doutora irritante que estava a desafiando no primeiro dia, sobre as vezes que se sentiu orgulhosa de si mesma em sua socialização e percebeu que não era um monstro como todos insistiam em dizer. 

No final das contas ela também foi filha de alguém e foi brilhante. Apesar de qualquer coisa, ela não se sentia mais tão perdida naquele momento. 

Após estar devidamente vestida, ela encarou seu reflexo no espelho da parede, tocando sobre os pequenos cortes espalhados em seu rosto. Também notou que seus cabelos estavam crescendo mais do que ela esperava. Normalmente nos laboratórios haviam pessoas para diminuir o comprimento, mas ela gostou da forma que estava. 

Foi a primeira vez que ela gostou do que viu no espelho, o que era bem difícil nos últimos tempos.

Quando ouviu alguns ruídos no andar de baixo, ela caminhou até as escadas, primeiro verificando o local para saber quem estava entrando e, em seguida, se deparou com o representante a quem chamavam de Stefano e então ele abriu passagem para que outra pessoa entrasse. 

Catra teve certeza que aquela casa inteira se iluminou quando Adora adentrou o espaço. Seus olhos azuis marejados de preocupação agora tomavam um brilho esperançoso. Se sentiu culpada por ter ido sem mais nem menos lutar por algo que poderia ter acabado com ela, mas estava mais feliz por estar de volta. 

Hybrid - Catradora  G!POnde histórias criam vida. Descubra agora