Magris: A historia de uma cidade se trata de um mundo mágico dominado há dez séculos por uma família originalmente bruxa, contudo Magris é uma das poucas cidades que está terminantemente proibida de fazer uso da magia ou da manipulação dos elementos...
A cada noite que Tebaldo se deitava com Bianca mais crescia seu sentimento de estranheza. Quanto mais a via mais queria a ver. E cada vez que ela tirava a roupa parecia que era a primeira vez. Era um vício.
Se beijavam ardentemente até adormecerem um nos braços do outro.
Sempre que ela subia no palco, noite sim e noite não, sentia uma pontada de ciúme. O tipo de ciúme que está lá, mas não é notado, como um mal-estar rápido.
Ele acariciava o rosto.
— Virá comigo no casamento do Silvio com a grávida?
— E quem será a noiva, ele ou ela? — sorriu.
— Ela irá de branco, apenas não sei como viverão depois disso. Se os interesses não são parecidos. — encolheu os ombros.
— Não é só de sexo que vive um relacionamento. — o olhava com o mesmo sentimento de estranheza que ele.
Tebaldo ficava contemplando a beleza dela em silêncio.
Bianca o puxou para um beijo e ele começou a despi-la com pressa de saber como era o tal "sexo" que todos viviam ao redor. Apertou o corpo por completo e tentou por mais uma vez.
A dançarina o olhou com carinho e o beijou com ternura. O pianista limpou as lágrimas no canto do olho esquerdo e beijou a testa.
— Eu quero partir desta cidade.
— Eu também. — ele concordou sem deixar de olhá-la.
A mulher sorriu com leveza e o abraçou pensando se o futuro os iria separar ou permitir que permanecessem juntos.
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Gaspar foi seguindo a Bonifácia pela rua de automóvel. Tentou chamá-la, mas ela o ignorava.
Ela entrou na loja e ele estacionou esperando que ela saísse. Bonifácia saiu com uma sacola e desdenhou dele encostado no carro.
— Bonifácia, Bonifácia, me encontre na rua de cima, na rua da saída da cidade. Quero te mostrar uma coisa. Bonifácia é sério. — a puxou pelo pulso.
— Eu te avisei quando pudesse me procurar, não é? — puxou seu pulso de volta e continuou andando.
— Eu estou seguindo o que você me impôs, solteiro. — sorriu.
Ela se virou e levantou a sobrancelha desconfiada, respirou fundo e deu as costas.
— Me encontre na rua da saída. Me encontre. Virá? Não virá? Vou lhe esperar uma hora.
Bonifácia sorriu subindo a rua e pensou se seria uma boa opção, pois sair da cidade não era exatamente o que tinha planejado. Sua mãe recebia a sacola com as pérolas e outras decorações pequenas para os vestidos detalhados.