CODINOME BLUE SKY

38

—Você acha mesmo que algum dia ela vai me olhar 

com os mesmos olhos que ela me via depois do que fiz... 

Qual a possibilidade dela levantar amanhã cedo e ainda querer me ver? 

Hem? Me fala?... 

Você não é o dono da razão que sabe tudo o que eu devo sentir porra?!

Noah Wolf...  Puto dentro do carro.

...

— Eu te conheço muito bem para saber que tudo que envolve ela, te descontrola ao ponto de quase matar a todos nós! Hadhe também berrava com ele.

— Eu já não me afastei dela, não foi!!! O que mais você quer que eu faça?!

— Agora eu já não sei o que é pior, se é você com ela, ou agora descontrolado sem ela! Hadhe se virava no banco voltando a olhar para frente.

— Então é melhor você se acostumar, porque esse sou eu! Ele falava vendo Hadhe balançar a cabeça em negativa... — Ou pode simplesmente pular fora se quiser, porque de agora para frente eu não vou pegar leve com ninguém... então sua chance de sair Hadhe é agora!

— Você não sabe o que tá falando... Primeiro que eu nunca vou abandonar meu irmão... Ele falou vendo Noah o olhar recriminando, pois ele falou o segredo dos dois na frente do motorista.

— Você é inacreditável Hadhe!!! Ele balançava a cabeça, levando dois dedos até a testa inconformado.

— Para o carro, para que eu possa pegar uma coisa no porta mala! Hadhe falava com o motorista que estava com os olhos arregalados, visivelmente surpreso. Assim que o carro parou no acostamento, Hadhe sacou a arma rapidamente apontando para têmpora do motorista, atirando antes que ele pudesse reagir, estourando os miolos dele, fazendo ficar pedaços grudados na janela e no teto e respirou fundo colocando o antebraço no banco voltando a olhar para Noah e continuou a falar: — Segunda coisa... você não conseguiria viver meio-dia sem meus cuidados! Ele falava se virando e abrindo a porta do carro já saindo, vendo os carros de trás pararem e alguns homens saírem preocupados ao ver Ele sair com a arma na mão. — Não foi nada de mais... Ele falou alto para eles dando sinal para eles voltarem os vendo entrar para os carros, e foi logo abrindo a porta do motorista.

Noah olhava Hadhe empurrar para o banco do passageiro o seu motorista agora morto.

Hadhe se sentou vendo que tinha até pedaço do cérebro do pobre no volante e pegou o pedaço jogando no colo do defunto e depois limpando os dedos no terno do pobre.

— Você tem plena consciência que é você que vai limpar isso né? Noah tirava uns pedaços de uma massa acinzentada que tinha caído no envelope que continha uns documentos que ele leu horas antes.

— Isso vai dar trabalho... Hadhe ligava o carro.

— Depois eu que sou impulsivo... você tem que parar de ficar falando da nossa ligação de sangue por aí...

— Não vai te matar se você disser a palavra irmão Noah... a única testemunha aqui que podia te comprometer tá morta aqui do lado.

— Eu não vou... e definitivamente não gosto de ficar discutindo com você Hadhe, não é nem um pouco produtivo... Noah falava apontando para o corpo inerte do motorista... — Mais não queira me ver passivo diante de tudo que aconteceu a quase 24 horas.

— Eu sei que perdeu muita coisa que julga ser importante para você, mais você não pode esquecer que você não estava de inocente nessa história. Os riscos estavam claros, você sabia da possibilidade de dar merda. Ele falava acionando a seta para voltar para pista, olhando pelo retrovisor interno seu irmão em silêncio. — Eu não sei que maldita chave ela virou em sua mente, considerando que você ficou com ela quantas vezes mesmo?