XXII.

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"🗞️🚬
𝚃.𝙵."

- Eu não to acreditando que você fez isso, Thiago - encontrei um César com a mão no rosto chocado com a minha atitude

- O que foi? - perguntei com um sorriso em meus lábios se sentando ao seu lado

- Você foi gado nesse nível? - ele disse se voltando para o computador

- Gado é uma palavra muito forte, fui cavalheiro - dei uma piscadela

Tinha acabado de levar Liz para o lugar que o amigo dela estava, em uma clínica de fisioterapia no centro da cidade, como estava de carro, e entediado, claro que a levei para o lugar.

- Não acredito que vocês se reencontraram tão assim - meu amigo balançou a cabeça incrédulo

- O que? - perguntei curioso

- A festa da Erin - César me mostrou a mão em um gesto de obviedade

- Que, César? - ele virou a cabeça com o cenho franzido

- Vocês se beijaram - meus olhos se arregalaram surpresos - Se beijaram por bastante tempo ainda

- Eu não lembro disso

- É claro que não lembra - ele olhou para o computador digitando algumas coisas - Quando vi você falando com ela um dia, a reconheci de imediato, mas não falei nada porque achei que você sabia

- Meu Deus - passei a mão no rosto como um gesto incrédulo. Claro, a menina do cabelo preto, o de cabelos pretos me disse no mesmo dia que parecia que eu tinha me amarrado nela pelo nosso beijo, mas não acreditei de maneira alguma, até mesmo quando senti uma conexão com Liz pela primeira fez que a vi.

- Não vai me dizer que você tá morrendo de vontade de beijar ela? - senti um sorriso em seu rosto

- A questão é, - tirei a mão do rosto - eu já beijei ela de novo

Meu amigo tirou os olhos do computador com a boca aberta e os olhos arregalados. O empurrei com a minha mão enquanto ele ficava perguntando coisas. César nunca namorou de verdade, todas as garotas com quem ele tentava alguma coisa, segundo ele, o achavam estranho ou quieto demais, por isso o mesmo se empolgava junto comigo quando eu tenho "conexões" com pessoas, ou sinto que algo vai para frente. Muitas desses vezes, assim como César, nunca dão certo, mas ele sempre fica ao meu lado para aconselhar e me empurrar para alguém enquanto ficava sorrateiro na sua.

- Olha essas fotos que eu tirei enquanto perambulava pela universidade - César pegou sua câmera e me mostrou a foto

As fotos eram de um garoto de olhos puxados jogando vôlei, o homem estava no ar pronto para atacar a bola e acabar com o ponto, na segunda fotografia o japonês estava exatamente no momento em que toca a bola com seus cabelos suados dançando no ar, as fotos foram tiradas na quadra próxima ao prédio dos doutorados, ao mesmo tempo que a foto parecia ter sido tirada de muito perto, parecia estar muito longe, como César é.

- Uau Cesinha, tão incríveis! - disse olhando a primeira foto reconhecendo o garoto de algum lugar

- Tentei tirar fotos de outras pessoas, mas nenhuma saiu boa como essa, esse menino é extremamente fotogênico jogando, ele joga muito - ele pegou o celular assim que o devolvi

𝗔𝗺𝗼𝗿 𝗲𝗺 𝗕𝗶𝗼𝗹𝗼𝗴𝗶𝗮 - 𝗟𝗶𝘇𝗮𝗴𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora