XXXIV.

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"🗞️🚬
𝚃.𝙵."

Bati meus pés ansiosamente no chão do carro enquanto esperava Elizabeth descer de seu apartamento.

Encarei o prédio da morena: um grande prédio branco com janelas em todos os andares. Ela mora no décimo sétimo andar de vinte, descobri quando a levei a dois dias atrás depois da festa de Tristan.

Nesses longos minutos que esperei a garota descer, refleti. Eu e Liz nos conhecemos na Stanford a dois meses, começamos nos implicando como inimigos, mas não lembro em que momento me apaixonei por ela, mas lembro o porque. Me apaixonei por Elizabeth pela sua gentileza apesar de ter um coração gelado, me apaixonei por sua coragem, dedicação e bravura, me apaixonei por cada traço e cada sarda do seu corpo que eu decorei, por cada vez que penso em nela, por cada toque que sento em minha pele.

Escutei duas batidas na janela que me fez voltar a realidade, a garota dos cabelos pretos que já me tiraram noites de sono. Abri o carro para Liz

- Por que princesa? - riu entrando no carro

- Oi primeiramente né? - coloquei a mão em seu rosto, segurou minha mão

- Não, sério. Por que? - sorriu

- Porque sim uai - me afastei e encostei as costas no banco, chateado por não ter ganhado um beijo de Liz

- Eu tava gostando de minha querida - virou-se para colocar o sinto, fiquei em silêncio - O que foi? - não a respondi, mas a olhei dramático - Não entendi, Thiago

- Nada não - coloquei minha mão no volante e deu partida no carro

- O que aconteceu, Thiago? - ela pareceu ficar seria

- Você não me deu um beijo - a olhei tristonho

- Ai Thiago! - bateu as mãos na perna e se esticou para segurar meu rosto - Vou te dar vários hoje - me deu um longo selinho

- Eu gosto dessa Liz - sussurrei contra sua boca

- Agora põe Taylor e me leva pro seu lugar secreto - a garota se afastou depois do beijo e sorriu

[...]

Trouxe Liz para um terreno que se compara com um terraço. É uma grande área plana que fica de frente para o Parque de Palo Alto, cidade onde moramos. É lindo.

Pedi para que viéssemos tarde, próximo das onze horas da noite, porque é onde fica vazio, o silêncio daqui parece uma das músicas mais lindas já ouvidas, é um silêncio dançante a colhedor. O lugar tem algumas almofadas e bancos disponíveis para se sentar, trouxe também meu computador caso queiramos ver um filme. Liz estava animada e feliz.

- O que aconteceu na Stanford sem mim hoje? - perguntei para ela enquanto andávamos de mãos dadas para o lugar com as almofadas

- Nada demais - me olhou sorrindo antes de nós sentarmos - Ah! - encostou a cabeça em meu ombro e a abracei - Entrou uma menina loira no departamento de farmácia. Ela parece ser bem próxima do Veríssimo, não sei porque. Tipo, ele não dá tanta atenção assim igual pra todo mundo, sabe?

- Entendi - se aconchegou mais em meus braços - Sabia que o Tristan é sobrinho do Veríssimo? - ela se levantou rápido - Esqueci de te contar

- Como assim?

- É verdade - Liz riu e voltou me abraçar - É seu projeto? - sussurrei contra sua cabeça

- Tá indo bem. Hoje fui buscar algumas coisas pra eu apresentá-lo - deu de ombros - Tô inspirada esses dias.

Um silêncio tranquilo se instalou, um silêncio aconchegando

- Ela era importante né? - beijei sua testa - Quer me contar mais sobre? Sobre essa sua inspiração?

- Na verdade quero sim - Ela disse depois de um suspiro e se afastou para me olhar - Ela era muito importante pra mim e minha fonte de inspiração. Ela era forte, e persistente. Mesmo quando a gente veio pra cá, que a gente nem tinha dinheiro, ela achou um emprego, com a Ivete, e não desistiu. - abraçou os próprios braços com frio - É muito comum acontecer isso com várias mulheres, e acho que todos aqueles que se inspiram em quão fortes elas são e deviam ter isso como frente. Meu projeto não é só inspirado nela, e sim em todas as mulheres que passaram por isso, e querer ajudar todas elas.

- Uau - respondi em mix de sentimentos perante ao seu desabafo. Tirei meu casaco e puis em seus ombros e a abracei mais forte - Você é linda, quero que minha filha seja igual você.

- Filha? - me olhou com seus grandes olhos castanhos confusos - Você quer ter filhos?

- Quero. Muito. - sorri - Você tem cara de que não quer - toquei em seu nariz branco.

- Tá enganado, espertão - ela cutucou o meu nariz agora - Quero sim

- Você quer? - levantei minhas sobrancelhas

- Quero - deu uma gargalhada baixa - Qual a supresa?

- Nenhuma - ri colocando meu rosto em seu pescoço - Quer fazer um agora? - Liz soltou uma gargalhada, a gargalhada mais linda do mundo

- Vai se fuder otario - bateu em meus olhos antes de ser interrompida por um beijo meu

Continua...


Aquela metda de capítulo tirou minha criatividade, só vou fazer mais pq vcs gostaram, MAS PUTAQUEOPARIU

Escrevi no meu primeiro dia de aula 😭😭

Tá uma merda, odiei, mas é isso.

Viva a putaria, próximo cap tem mais

𝗔𝗺𝗼𝗿 𝗲𝗺 𝗕𝗶𝗼𝗹𝗼𝗴𝗶𝗮 - 𝗟𝗶𝘇𝗮𝗴𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora