"Ninguém estava ajudando"

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Percebeu que estava em apuros quando o bebê começou a se mexer, tentando sair do colo dele para assistir a TV.

- Ah… Então, Scorpius… O tio não tem desenho na televisão dele, entendeu?

O pequeno loiro cruzou os braços e olhou emburrado para ele, não aceitando isso.

- Não! Desenho! Desenho!

- Eu não tenho desenho aqui em casa. Eu não tenho filhos, entendeu?

- Mas eu quelo!- Ele nem conseguia falar direito, e isso fazia Harry querer morder ele de tão fofo. Por mais que a situação não estivesse nada fofa.

- Não! Não tem desenho.- Ele colocou o menininho no chão, que ainda tinha os braços cruzados.

Só que para seu desespero, ele não estava mais o olhando emburrado. Scorpius fez um biquinho de choro, suas bochechas foram ficando rosadas, e em pouco tempo, ele começou a chorar.

- Desenho! Eu quelo!- Ele ficou repetindo isso enquanto chorava alto. Ele se jogou no chão e começou a espernear, fazendo Harry o olhar perdido.

Agora o menino estava fazendo birra, e ele não tinha ideia do que fazer. Ele deixava o garoto chorar? Já tinha visto os pais baterem nos filhos quando faziam isso. Mas o filho não era dele, não iria levantar a mão para o garoto.

- Scorpius! Calma! Eu juro que eu colocaria! Mas não tem na minha casa!

Não adiantou, só fez a criança ficar mais chateada, e chorar mais alto. Os vizinhos dele iriam o matar. Sem falar que estava ficando desesperado de ver aquele garoto chorando tanto.

Olhou o celular de Ginny em cima da mesa e teve uma ideia. Agradecia muito que a noiva não dava a mínima pra essas coisas e gostava das coisas de trouxa, porque esse celular iria salvar a vida dele.

- Eu vou colocar o desenho! Pronto! Eu já achei algo aqui!- Isso fez o loirinho se calar na hora, ficou fungando um pouco enquanto secava as lágrimas. Ele estava sentado no chão, olhando atento para o moreno na frente dele, colocando no aplicativo de vídeos e procurar por desenhos. Colocou em uma compilação de um monte de desenhos, durava duas horas aquele negócio.

- Aqui, Scorpius. Seu desenho.- Ele entregou o celular para o menino, que segurou o aparelho com um pouco de dificuldade, mas se ajeitando melhor.

Ele ainda estava sentado no chão, só que agora estava calado, contente com o desenho que estava vendo.

- Bigada.- Ele agradeceu, do jeitinho dele de falar.

Harry percebeu que se o bebê sabia sobre desenhos, significava que seus pais não tinham preconceitos com trouxas, ou podiam ser até mesmo nascidos trouxas.

- Levanta do chão, está frio ai.- O garotinho apenas olhou para ele, e assentiu, indo para o seu sofá, ainda sem tirar os olhos do celular. Era estranho o como ele ficou hipnotizado por aquilo.

Por mais que tivesse rolado aquele ataque a momentos atrás, a criança era bem comportada, e Harry agradecia a isso.

Estava comportado mesmo com um completo estranho.

Sentiu o aperto no peito pensando nos pais da criança. Eles deviam estar desesperados atrás do bebê deles. Mas sabia que iria dar tudo certo. Scorpius iria voltar para a sua família.

Ele sentou ao lado do garoto, tentando ver do que se tratava o desenho. Era um monte de animais falando um com o outro. Estavam jogando tênis aparentemente, só que a bolinha era um marshmallow.

Daddy - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora