"O documento"

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  Harry foi acordado por um telefonema, às oito da manhã. Se assustou ao olhar e ver que o menininho não estava ao lado dele. Não estava em lugar nenhum daquele quarto. Aonde ele tinha se metido?

Atendeu o celular e saiu com cuidado da cama. Não estava afim de conversar com Ginny naquele momento. Ainda estava com raiva dela, não acreditava que estava em um relacionamento com ela, noivos, ainda por cima.

- Alô?

- Oi! Senhor Potter.

- Ah. Oi, Thomas. Algo sobre a mãe do Scorpius?

- Sim! Nós já chamamos. Seria bom se você viesse para cá.

- Claro! Chego ai em uns quinze minutos.

- Beleza. Te vejo então.

O moreno desligou o celular e respirou aliviado. Eles tinham encontrado a mãe de Scorpius, iria poder devolver ele para a sua mãe. Mas ele se sentiu uma pessoa horrível, já que ele percebeu que não queria aquele garotinho fora da vida dele. Ele criou um vínculo estranho com o bebê, não queria deixar ele ir.

Quis se bater por pensar em algo tão egoísta…. Tudo bem, ele queria ter filhos, e ele não queria ter tais filhos com Ginny. Talvez fosse seu cérebro projetando no garotinho. Certo?

Não tinha ideia. Principalmente porque quando ele olhava demais para o rosto de Scorpius, algo em sua mente tentava se acender. Como se ele remetesse a algo daquela semana que foi apagada da mente dele.

Se suas memórias voltassem….tudo seria tão mais fácil. Poderia entender o porque se sentia assim com Ginny, ou qual era a relação daquele cabelo loiro e daquele beijo seguido de um sorriso encantador. Não estava entendendo nada, e isso o deixava ainda mais frustrado.

Precisava lidar que ele não tinha nada haver com a família de Scorpius, e ele iria o entregar a sua mãe, e esquecer dele. Isso seria apenas uma memória ruim na cabeça dos dois, e Harry teria que seguir em frente. Ele não tinha nada com a família de Scorpius. Ou melhor, com a mãe dele.

Se perguntava quem era o babaca que se recusou a assumir o próprio filho e abandonar a mulher que ele tinha engravidado. Gostaria de ficar cara a cara com esse imbecil, e perguntar o porque fez isso.

Ainda estava procurando por Scorpius, com um leve medo do que podia ter acontecido já que não sabia quando o pequeno loiro tinha acordado.

Ficou confuso ao ver o garotinho sentado de pernas cruzadas na frente da porta, olhando atento para o relógio que tinha perto da porta.

- Scorpius?

Percebeu que tinha o assustado, vendo que o ele deu um pulinho de susto.

- Oi.

- O que você está fazendo aí?

- Esperando Mama chegar.

Ele sentiu o coração apertar ao ver a cena. Ele estava realmente esperando ali, paradinho na porta, como um cachorro que espera por seu dono voltar para casa.

- Quando você acordou?

Scorpius deu de ombros, não tendo ideia.

- Faz tempo?

- Uhum.

- Porque acordou cedo?- Ele pegou o bebê no colo, que abraçou seu pescoço logo em seguida.

- Mama acorda cedo.

- Oh… Ela te leva para o trabalho dela?

- Uhum.

Daddy - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora