Cuidados especiais

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[-Lena-]

Pelo menos teve um lado positivo nisso tudo. Eu já havia terminado o meu ravióli.

Depois que o segurança brutamonte afastou Kara da briga, nós fomos expulsas do restaurante. Jack saiu logo em seguida. Sua cara estava inchada e do seu nariz escorria sangue. Estava quebrado. No segundo soco que Kara deu nele, enquanto o menino estava no chão, pude ouvir o som dos ossos quebrando. Seu olhar quando passou pela minha alfa deixava claro que aquilo não tinha acabado.

- Ainda dá tempo de trocar de alfa, Lena. – Ele disse antes de entrar num táxi.

Kara rosna e estava a um passo de impedir que ele partisse, mas agarrei seu braço com força.

- Nem pense nisso, você já destruiu o rosto do coitado. – Disse firme.

- Coitado? – Ela bufa. – Foi pouco o que fiz.

- O que ele falou? – Pergunto, bem ciente que ele cochichou algo em seu ouvido para ela ter agido daquela forma. Seus olhos em nenhum momento mudaram de cor, então sabia que não tinha sido devido ao descontrole da sua alfa interior.

Mas com certeza Mel também não se opôs. Ela ama uma briga.

Sem dúvidas.

Alfas eram naturalmente agressivos e briguentos. Tanto que não foi uma surpresa tão grande quando viram os dois brigarem.

- Que ele ia foder você. – Ela diz.

Arregalo os olhos.

Corajoso, mas burro. Convenhamos, querida, ela bateu pouco.

Bem acima do olho de Kara havia um corte, ainda bem que sangrava pouco. Mas queria cuidar dela. Entrelaço no seu braço.

- Na próxima rua tem uma farmácia, vamos comprar o que você precisa e depois ir para algum lugar cuidar dos seus machucados.

- Achei que ia brigar comigo. – Ela reage um pouco surpresa.

- Não vou. – Respiro fundo. – Entendo seus motivos. Imagino perfeitamente eu arrancado o cabelo de alguma ômega que fizesse o mesmo com você.

Tipo aquela loira oxigenada.

Após as compras, fomos para um hotel que indiquei o caminho.


...

- Podíamos ter ido para seu apartamento. – Kara resmungou um pouco desconfortável com o lugar. Olhava em volta notando o lugar luxuoso que estávamos.

- Sam está para ter o cio dela. – Digo. Não erámos marcadas, então outra ômega no cio ou perto não seria algo que ela conseguiria ignorar. Não precisei explicar, ela entendeu rápido. – Não vamos pagar nada, não se preocupe.

- Não? – Ela me olhou confusa.

- Benefícios de ser o hotel da minha família. – Dou de ombros. – Meu bisavô construiu.

- Uau! – Ela agora olhava o lugar com mais admiração.

- A última vez que vim aqui ele ainda era vivo e eu apenas uma criança.

Nossas mãos estavam entrelaçadas e Kara acariciou a minha com o polegar num tipo de consolo.

A recepcionista nos atendeu. Seu olhar caiu diretamente em Kara. Eu entendia. Além de se uma alfa bonita e com um cheiro maravilhoso, ela também tinha esse rosto angelical e as bochechas um pouco corada, dando um ar de fofura e inocência. Kara era o idealismo de alfa que as ômegas imaginavam.

Maçã e Canela - SuperCorp (ABO) - Kara G!POnde histórias criam vida. Descubra agora