O príncipe Corruptor vê sua vida mudar drasticamente ao encontrar um homem misterioso que o leva a descobrir um segredo que assombra o Universo há muitos anos. Determinado a resolver o mistério, Corruptor parte em uma jornada arriscada, acompanhado...
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— Há muito tempo, os Deuses resolvem criar mensageiros para realizar tarefas entre os seres comuns. — começa o Oráculo, entusiasmado.
Os três escutam com atenção, inclinados para frente e sentados de pernas cruzadas no chão.
— Então, eles criam os Auríneos, que vagueiam pelos lugares, servindo a seus donos. Apesar de terem aparências muito diferentes, todos possuem várias características em comum...
O Dragão fecha os olhos por um momento, como se revivendo um conhecimento antigo e pesado. Quando volta a falar, sua voz carrega um tom grave, quase solene.
— Existe uma habilidade que todo Auríneo carrega dentro de si. Quando estão prontos, quando seu propósito se revela plenamente, podem acessar uma fração do poder dos deuses. É um poder imenso, capaz de restaurar partes do universo, corrigir desequilíbrios cósmicos... Mas há um custo.
Corruptor, desconfiado, estreita os olhos.
— Um custo?
— A vida do Auríneo. Esse poder pode ser usado apenas uma vez, e apenas em um momento crucial. Quando é liberado, o Auríneo desaparece, sua existência se sacrifica para o bem maior. Esse sacrifício não é uma escolha. Cedo ou tarde, todo Auríneo será forçado a usar essa habilidade pelos próprios deuses. Eles nos veem como ferramentas finais, armas de restauração.
Jay se endireita, o choque estampado em seu rosto.
— Forçados? Você quer dizer que os Auríneos não têm escolha? Quando o momento chega, eles simplesmente... têm que se sacrificar?
— Exatamente. Somos mensageiros, sim, mas também somos instrumentos dos deuses. Eles nos criaram com esse propósito específico, e, eventualmente, todo Auríneo sente o chamado. Uma força inescapável que nos obriga a usar essa habilidade, mesmo que não queiramos.
Light, com um olhar mais compassivo, balança a cabeça lentamente.
— Isso é cruel. Criar seres tão poderosos apenas para que sejam descartados... Isso não soa como o equilíbrio que os deuses tanto pregam.
— Equilíbrio... é o que eles dizem. Mas para nós, Auríneos, é um destino inevitável. E, talvez, esse seja o verdadeiro motivo pelo qual nossa raça foi deixada à beira do esquecimento. Não apenas por medo de nosso poder, mas porque nosso sacrifício iminente nos torna uma ameaça à própria ordem. Uma lembrança de que o equilíbrio que os deuses impõem pode, às vezes, ser construído sobre dor e perda.
Corruptor cruza os braços, sua mente claramente maquinando as implicações.
— Então, se encontrarmos outro Auríneo... mais cedo ou mais tarde, ele ou ela vai ser forçado a se sacrificar para restaurar algo que os deuses acharem que precisa ser consertado.
— Sim. E talvez... seja exatamente isso que os deuses temem mais do que tudo. O dia em que um Auríneo será chamado a decidir o destino do universo.
— Restaurar o Universo... é um poder assustador... — diz Jay, com um arrepio percorrendo sua espinha.
