O príncipe Corruptor vê sua vida mudar drasticamente ao encontrar um homem misterioso que o leva a descobrir um segredo que assombra o Universo há muitos anos. Determinado a resolver o mistério, Corruptor parte em uma jornada arriscada, acompanhado...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A pesada porta metálica se abre verticalmente, revelando o som de lentos passos ecoando pelo chão de marfim do corredor. Os passos pertencem a um homem cujo rosto está completamente oculto por um capacete metálico, com um visor preto e linhas cinzas gravadas que percorrem toda a sua extensão até se encontrarem na parte anterior.
Ele é o Príncipe do Reino de Trevaria, Corruptor. Carregando um saco de pano repleto de dinheiro e joias, ele se dirige até o fim da enorme sala, que possui duas fileiras de guardas bem equipados de cada lado, além de um tapete de veludo longo que guia seu caminho até o enorme trono, também feito de marfim e em formato circular. Os vitrais na parede permitem que a luz solar entre e cumprimente a sala.
— Até que enfim você voltou, eh?
Corruptor para e fica frente a frente a um homem mórbido, de pele morena e cabelos loiros curtos. Vestindo um manto escarlate, ele permanece sentado em seu trono. Esse homem é o Rei de Achtaria, que estabeleceu uma aliança com Corruptor.
— Quero 25% desse dinheiro. — ele declara, largando o saco no chão.
— Você está sempre pedindo mais, Corruptor. — responde o rei, apoiando a mão no braço do trono.
Corruptor ri ironicamente e retira o capacete, revelando seu rosto a ele. Seus cabelos pretos e bagunçados são afastados de seus profundos olhos da mesma cor.
— Nunca imaginei que você chegaria a esse ponto. — ele comenta.
Corruptor permanece diante dele, com uma expressão séria. Os guardas da sala observam em silêncio, parados como estátuas. Os raios de sol encontram o rosto dele.
— As coisas mudam... Mas não pretendo fazer isso por muito tempo.
— É verdade, eh? Achtaria tem tudo que precisa. Seu pai não faz ideia de que você está aqui.
— O que meu pai não sabe nunca o matou, e por enquanto, parece que essa regra continua válida. — Corruptor responde, o sarcasmo gotejando de sua voz.
O rei sorri com amargura, de olhos apertados, quase fatigados.
— Já vimos isso antes, não vimos? Os ignorantes sempre caem primeiro, com uma faca nas costas ou com veneno nos lábios.
— Ou com um tiro no peito.
Corruptor encara o rei de forma irônica.
— E o que você acha que eu vou fazer? Você acha que eu vim aqui para isso? — ele inclina a cabeça, com seus olhos escuros penetrando o rei.
— Acho que você está aqui para garantir o seu lugar antes que o castelo comece a desmoronar. E, bem, que melhor momento para pedir mais do que quando a fundação já está rachando?
Corruptor ri baixo, um som oco e cortante.
— É engraçado como você acha que consegue prever minhas intenções. Já pensou que, talvez, eu só esteja aqui para observar o colapso? Assistir de camarote enquanto tudo aquilo que você construiu vira pó?