O príncipe Corruptor vê sua vida mudar drasticamente ao encontrar um homem misterioso que o leva a descobrir um segredo que assombra o Universo há muitos anos. Determinado a resolver o mistério, Corruptor parte em uma jornada arriscada, acompanhado...
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Corruptor olha ao redor, deitado em uma maca e sentindo uma forte dor de cabeça. Seus olhos se abrem lentamente, e ele pôde ver os rostos preocupados dos reis e de Light à sua frente.
— Exatamente, Vossa Majestade. Corruptor possuía tanta atividade cerebral que parecia que tinha duas mentes ao mesmo tempo. — explica um dos médicos presentes.
— Não acha isso estranho, Trevor? Nunca vi algo assim antes... — Charlie pergunta, arqueando uma sobrancelha.
Trevor reflete por um instante, ponderando sobre as possíveis ramificações dessa descoberta inusitada.
— Uma coisa é certa: isso é obra de alguém com algum poder relacionado a mentes. Precisamos descobrir quem está por trás disso e o que pretendem.
Ele olha nos olhos de Corruptor, aborrecido.
— Filho, o que aconteceu? — Trevor pergunta, visivelmente preocupado.
Corruptor respira fundo antes de responder.
— Não sei ao certo, pai. Minha cabeça começou a doer intensamente, e acabei desmaiando. Mas esse episódio despertou lembranças em minha mente.
— Então, que o fez cometer essa atrocidade? E como explica as outras mortes? — Light não consegue esconder sua irritação.
Corruptor olha para ele com um misto de remorso e confusão em seu olhar.
— Eu fui convencido por alguém... Alguém que manipulou minha mente, distorceu minhas percepções. Eu não tinha controle sobre minhas ações.
— Que tipo de alguém? Não posso acreditar nisso. Você precisa dar respostas concretas.
Silêncio pairava no quarto enquanto Corruptor começava a compartilhar sua história perturbadora. Ele se vira para o pai, encarando-o com sinceridade em seus olhos carregados de remorso.
— Há aproximadamente 2 meses, eu conheci um homem que usava uma espécie de capa marrom. Ele apareceu enquanto eu estava no jardim... — Corruptor começa a relatar, tentando organizar suas lembranças confusas.
— Como é o rosto dele? Filho, espero que esteja falando a verdade, porque se estiver mentindo, não vou ter pena de você!
Corruptor respira fundo, lutando para encontrar as palavras certas.
— Eu não sei como o rosto dele é. Ele sempre se mantinha à distância. Conversávamos, mas ele nunca permitiu que eu o visse claramente... Ele me disse que tinha planos para mim, planos grandiosos, e me perguntou se eu queria ajudá-lo. Naquele momento, eu recusei, é claro. Mas depois disso, tudo ficou turvo em minha mente. Desmaiei e acordei com pensamentos e desejos completamente diferentes.
Light não conseguia esconder sua raiva e desprezo pelas revelações de seu amigo de infância.
— Pensamentos de dominar um planeta e matar 120 pessoas? De fazer aliança com o pai do seu amigo para depois matá-lo? Corruptor, sua hipocrisia me enoja!
Charlie, buscando manter a calma, dirige-se a Light.
— Filho, vamos ouvir a história de Corruptor por completo. Somente assim poderemos tirar quaisquer conclusões. Corruptor, continue, por favor.
— Tudo o que eu queria era achar algum lugar para me esconder e fazer o que ele queria... Foi quando encontrei um pequeno planeta no setor 4 da galáxia. — disse Corruptor, com a voz trêmula.
— Os engenheiros rastrearam sua nave e descobriram que você viajou até Aterna. Mas por que ir para um planeta assim? — Charlie permanece confuso.
Corruptor fecha os olhos por um momento, revivendo a escuridão que tomou conta de sua mente naqueles momentos.
— Eu tinha nomes de pessoas que precisava matar. Eram pessoas que eu nunca vi antes, mas o desejo de matá-las me controlava. Eu fui dominado por uma sede insaciável de sangue.
— Quem eram essas pessoas? — Trevor indaga, sua voz trazendo um misto de preocupação e apreensão.
Corruptor suspira, respondendo com uma tristeza profunda em sua voz.
— São 10 pessoas que eu teria que matar... Tudo o que sei é que eles são irmãos. Eu não possuía detalhes sobre suas identidades além disso.
— Como você os matou?
Corruptor abaixa a cabeça, relembrando a cena.
— Com minhas armas e espadas. Eles tentaram se defender, mas eu os venci facilmente... Aterna é um planeta muito pequeno, e sua população total era minúscula, pelo que eu sei.
Uma onda de choque e repulsa percorre o quarto.
— Então como você matou as outras 110 pessoas? — Light, incapaz de conter sua indignação, pergunta.
Corruptor fita o chão, com os olhos repletos de remorso.
— Eles vieram defender os irmãos... E algo me disse que eu tinha que matá-los também. Enquanto eu estava naquele planeta, minha mente estava confusa, dominada por uma escuridão que me controlava. Eu não tinha controle sobre meus atos.
— Isso não faz sentido... O que tudo isso tem a ver com as mortes? — Light continua cético.
— Não sei ao certo. Depois do massacre em Aterna, liguei para Ceasar e propus uma aliança. Ele me ofereceu proteção e assegurou minha identidade em troca de saquear planetas.
— Nesse meio tempo, estávamos enviando naves para resgatá-lo em Aterna, mas fomos surpreendidos por um ataque de cristais que danificou nossas naves. Não pudemos chegar até você.
As peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar, e a narrativa de Corruptor continua.
— Não demorou muito até que eu fosse levado até Achtaria. Em apenas um mês, entreguei 17.000.000 de Eeries nas mãos de Ceasar. Voltei a Aterna e coletei todo o dinheiro que havia lá. No entanto, Ceasar começou a reduzir minha parte a cada vez. Foi quando o homem da capa reapareceu e falou comigo algumas vezes. Ele agradeceu pelo que eu havia feito e sugeriu que eu cortasse minha aliança com Ceasar... E foi esse o motivo da morte dele. Nós discutimos, eu perdi o controle e atirei nele.
Light olha para Corruptor, tentando avaliar a veracidade de suas palavras. A história parecia consistente, e agora restava descobrir o paradeiro do homem da capa. Trevor decide abordar a questão diretamente.
— Corruptor, sua versão dos eventos parece muito real... Você sabe onde o homem da capa está?
— Ele disse que estaria me esperando na Terra. Por isso eu fui até lá. — Corruptor assente, firme em sua resposta.
— Ótimo. É para lá que você e Light irão. Quero que passem um tempo na Terra para descobrir a identidade desse homem e desvendar suas intenções.
— Nem pensar! Acha que eu vou para a Terra com esse palerma? — Corruptor se irrita, rejeitando a ideia.
— Filho, é de extrema importância descobrirmos quem é esse homem e quais são seus planos!
— Pai, eu realmente tenho que ir para a Terra com esse idiota? — Light também expressa seu descontentamento.
— Sim, Light. Precisamos de alguém que possa contê-lo em caso de rebeldia.
— Corruptor, arrume suas malas. Partirá amanhã de manhã.
— A Rebecca sabe disso?
— Vou avisá-la imediatamente.
— Ótimo. Vou para a Terra com um idiota desgraçado para ir atrás de um aspirante a vilão.
— Light e Corruptor, espero que vocês se comportem pacificamente e desvendem esse mistério. Voltem o mais rápido possível.