Capítulo 1

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Océane narrando

Estamos indo para o aeroporto, eu Megan e os dois armários que ela chama de noivos. Ontem teve uma pequena despedida na casa dos Crawford, eles são tipo uma segunda família para mim.

Megan: vc vai me ligar todos os dias, me contar como a Itália é e...

Océane: mas vc já conhece a Itália.

Megan: mas não por seus olhos. Quero saber de tudo. Okay?

Océane: tá bom.

Eu me inclino entre os bancos da frente, onde os noivos dela estão e cochicho, não muito baixo.

Océane: mantenham ela ocupada, que eu agradeço, assim ela não vai ficar me ligando o tempo todo, e....aí!

Minha amiga me deu um tapa, no braço. Mãozinha pesada do caralho.

Océane: porra! Isso é agressão.

Megan: que pode ser muito bem justificada.

Océane: sei...

Quando chegamos ao aeroporto, meu coração está apertado. Esse país, as pessoas aqui, se tornaram meu lar, mas agora estou indo embora, por 10 meses e eu vou sentir tanta saudade...

Benjamin: ah não, elas já estão chorando.

Oliver: já?

Megan: amigaaaa, eu vou ficar com tanta saudade?

Ela diz se entregando as lágrimas, e eu também estou com o rosto totalmente coberto por lágrimas.

Océane: eu também vou sentir saudade, nem acredito que estou indo embora, para um país tão longe, e vou estar sozinha...

Megan: pelo menos vc faz amizade fácil...

Océane: não é assim, eu só faço colegas fácil, amigas nem tanto.

Nós estamos chorando abraçadas e não queremos nos soltar. Oliver é quem fala que está na hora, então seguimos para dentro do aeroporto e quando chega a hora de ir embora, eu me despeço ainda chorando.

Océane: até mais Oliver, Benjamin.

Dou uma abraço rápido neles e olho para minha amiga.

Océane: amiga eu prometo ligar, todos os dias.

Eu abraço minha amiga e choramos mais um pouco. Depois eu sigo até o embarque. Quando entro no avião, respiro fundo e sento em meu lugar. Okay, Océane, vc está fazendo a coisa certa, investindo em sua marca e em seu futuro. O tempo vai passar bem rápido e já, já vc vai estar de volta em casa.

Respiro fundo e alcanço um calmante na bolsa, preciso dormir, o voo vai durar cerca de 9 horas, e eu pretendo dormir até chegar no meu destino final. Tomo a medicação e poucos minutos depois eu me entrego a um sono profundo.

Sinto uma mão me balançar e abro os olhos, vendo a aeromoça me chamando, avisando que chegamos. Pego minha bolsa, minha mala de mão e saio do avião com a cara toda amassada. Depois que pego minha outra mala e vou em direção ao ponto de táxi.
Já dentro de um dos táxis, eu entrego o endereço do loft que eu aluguei por um ano, para passar minha estadia de forma mais econômica. Não é pé eu tenho dinheiro que eu vou ficar jogando ele no ralo, por isso aluguei por um ano completo.

Assim que paramos no local do endereço o motorista desce para me ajudar com as malas. Pago ele uma nota de 100 euros, pela corrida e por me ajudar a subir as escadas com as malas. E por falar em escadas, eu nem vou me matricular em uma academia, porra, não achei que teria que subir tantas escadas para chegar no 4 andar, mas tudo bem, pelo menos o lugar é mais bonito do que nas fotos.

Três pedaços de um só coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora