where i am?

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     LEMBRO-ME DE AOS cinco anos de idade ter me perdi na floresta. Não saberia dizer se foi real ou um sonho vívido que meu cérebro criou... mas eu me lembro de todas as sensações.

Era finalmente outono, tudo era amarelo e laranja até onde os olhos alcançam. Eu estava tão ansiosa que poderia sair e correr pelo gramado sem enfrentar os riscos de ficar resfriada — apesar de que faltar um ou dois dias aulas me pareceu uma ideia interessante na época. Não precisaria encarar a boboca da Lisa Dinihood que sempre me empurrava do balanço, sorrindo com menos dois dentes no centro da boca e aquelas sardas ruivas.

Minha mãe ajudou a colocar os tênis cor-de-rosa, os mesmos que tinha usado todos os dias do verão, eles eram meus favoritos. Assim que terminei de calça-los, fiz questão de mostrar para Bella. Ela ainda era um bebê e tudo que fez em reação foi balançar os braços para fora do berço.

Saí correndo pela cozinha até a porta dos fundos e encontrei meu pai que perguntou sobre onde iria com tanta pressa. Passei por ele quase levando junto o ciscador que trazia na mão esquerda, deixando-o sem respostas.
Sinto muito pai, mas eu tenho uma única missão a cumprir, não posso deixar nada ficar no meu caminho. Corri pelo quintal e me joguei na primeira e mais alta pilha de folhas vermelhas e amarelas que meus olhos alcançaram. Elas espalharam pelo vento.

Caíam lentamente em cima de mim e enroscaram em meus cabelos. Mas então minha atenção foi tomada por algo cinza que saiu de um arbusto e pulou até outro... um coelho, era tão fofo, eu precisava segui-lo e sem perceber entrei dentro da floresta.

Não notei o quanto havia me distanciado de casa.

Andei para todos os lados em busca do caminho de volta até o dia ficar cada vez mais escuro e frio. Meus tênis cor-de-rosa agora estavam sujos de lama e galhos secos que grudavam na sola. Sentei em uma pedra coberta de musgo quando estava cansada demais para continuar. Só conseguia chorar... mas foi quando vi saindo por trás de um pinheiro um par de olhos brilhantes. Eles eram amarelos.

— eu estou perdida, pode me ajudar? — aquele animal era grande e peludo, como um alce, mas tinha a aparência de um cachorro. Ele guiou e fui atrás, segurando sua calda macia.
Eu era pequena mas sentia que segui-lo era a coisa certa a se fazer... eu soube que deveria seguir. Depois de andarmos por entre árvores e mais árvores de tamanhos variados que pareciam ser as mesmas no escuro, eu pude ver luzes vermelhas e azuis.

Era minha casa, ele me trouxe para casa!

— Maya? - a voz ao longe me chamou. — Maya acorda!

Seus olhos amarelos sumiram no breu da floresta e então... eu abri os meus.

Todos os ossos do meu corpo pareciam gritar para que eu permanecesse imóvel, em total letargia. Havia algo frio, úmido e pesado que repousava sobre minha testa, escorrendo lentamente pela minha têmpora e molhando minha orelha.

— Maya, está me ouvindo? — olhos amarelos me acolheram antes de uma luz ser posta frente a mim. A luz estava dançando de um lado para o outro em meus olhos que seguiam o ritmo, era doloroso e parecia queimar minhas pupilas. A visão turva foi ganhando forma ao piscar três vezes em sequência, o quarto que estava tomou vida. — seus sentidos parecem bons, consegue falar?

— o-onde estou? — exausta, juntei forças para sentar e quase desisti no meio do caminho se o homem ao meu lado não tivesse ajudado.

— você foi atacada na floresta e a trouxeram para nós. — nada fazia sentido; esses flashes de memórias e sentimentos tão familiares só me deixaram mais confusa. Recobrando o máximo dos meus sentidos que consegui, pude notar que estava na casa dos Cullens e aquele que falava comigo era o Dr. Cullen. — se lembra de algo que aconteceu ontem?

Tudo era embaralhado como um quebra cabeça, mas uma única palavra me vinha a ponta da língua.

— vampiro. Me lembro quando ele disse que me faria sua vampira... — Dr. Cullen olhou para mim, apreensivo, como se estivesse prestes a me colocar em uma camisa de forças. — deve estar achando que sou louca, talvez eu seja.

Então, como se um carro estivesse vindo em velocidade máxima na minha direção, eu lembrei. Suspirei fortemente depois de ter errado algumas batidas do meu coração, o homem parece ter notado.

— o que mais se lembra?

— e-eu fui até a floresta e ele apareceu, tentei lutar mas, s-sua força... — minha fala estava cruzada e nada conexa com meus pensamentos. — então, bem, e-eu não lembro direito mas algo me salvou. — fechei os olhos e vi aquela criatura que parecia me proteger, como se estivesse disposto a dar sua vida pela minha. — mas isso não é possível, isso de vampiros não existe.

Coloquei meus pés no chão e estava descalça, com o vestido sujo de terra e rasgado na parte que ficou presa no arbusto.

— calma Maya, não deve se esforçar. — só então soube que Alice também estava ali no consultório comigo e Carlisle. Suas mãos frias seguraram-me com força quando minhas pernas falharam em permanecerem em pé. — se lembra de quem fez isso com você?

— o nome... Isaac.

Novamente cedi ao cansaço mas seus olhos amarelos se entre-olhando, eles pareciam preocupados.

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Horas ou dias, quanto tempo se passou... eu não saberia dizer.

Olhei em volta e estava deitada em um quarto espaçoso, sozinha com meus pensamentos e maiores medos. Através da grande janela eu vi que era tarde da noite pois tudo que vi foi um mar negro de árvores.

Eu levantei buscando pelo meu celular. Ele estava sobre o criado mudo.

A tela quebrada do canto inferior esquerdo, na tela bloqueada e manchada de terra pude ver algumas muitas ligações de Charlie e Renée embaixo do horário que marcava vinte e dois e quarenta. Abri a conversa com minha mãe e estranhamente tinha uma mensagem que foi enviada por mim, mas não lembro-me de ter escrito.

Dizia: "encontrei com alguns amigos antigos e acabei perdendo a noção do tempo, vou dormir aqui por hoje e amanhã volto para casa."
Renée respondeu que estava tudo bem, mas eu deveria ter avisado a mesma com antecedência.

Eu escrevi isto?

— foi eu quem mandou a mensagem, desculpa por mexer no seu telefone. — Alice apareceu na porta do quarto segurando uma bandeja na mão e Esme, esposa de Carlisle, vinha ao seu lado com algo em mãos.

— o-o que está acontecendo? — estava desnorteada e sentindo minha cabeça girando cada vez mais a cada momento que tentava entender. — o que aconteceu comigo?

— por que você não toma um banho e come um pouco, quando acabar pode descer para sala e nós vamos te contar tudo que precisa saber. — Esme disse com sua voz acolhedora e calma, ela me deixou tranquila, tudo que queria neste momento eram respostas.

De muitas respostas.

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𝐃𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑𝐎𝐔𝐒𝐋𝐘, sam uley [ twilight saga ]Onde histórias criam vida. Descubra agora