her eyes

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⎯⎯⠀⎯⠀⎯⎯⎯⎯ ⎯⎯⠀⎯⠀⎯⎯⎯⎯[ SAM'S POV ]

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[ SAM'S POV ]

     AMAR É DESTRUIR. Eu conseguia ver isso mais claro do que qualquer coisa agora. Quando criei um mísero resquício de coragem para olhá-la diretamente nos seus olhos, pude vê-los tão marejados que refletiram a mim mesmo na minha pior versão. A ponta de seu nariz havia atingindo um tom de vermelho quase alaranjado como os pores do sol do outono, quando rosa e vermelhos dançam por entre as nuvens bagunçadas. Seu rosto estava mais magro, esquelético, com bochechas fundas e maçãs do rosto ressaltados como pequenos montes mostrando as noites mal dormidas.
     AMAR É DESTRUIR. Eu tive certeza quando as batidas do seu coração, outrora aceleradas e rítmicas, tornaram-se silenciosas se comparadas as minhas. Foi quando soube que meu coração entendia o seu, mesmo em silêncio.

Havia destruído quem eu amava.

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Na noite do casamento de Bella e Edward, estava com o pressentimento de que Jacob não fosse controlar seus instintos e perdesse sua razão — se é que alguma vez ele já a teve. Humanos presos em uma luta entre vampiros e lobisomens não acabado nada bem, então ordenei a Seth que ficasse de olhos abertos a qualquer movimentação... manteria a guarda sempre alta. Mas então, tivemos que intervir e Jacob não ficou nada contente com isto mas tenho convicção que impedimos algo muito pior de acontecer.
Então já estava pronto para ir embora mas algo em mim gritou para que eu olhasse para trás.

Todo o peso do meu corpo pareceu deixar-me e por mais que sentisse estar com os pés bem presos ao chão, meu corpo já caminhava de encontro ao seu. Ela me puxava na sua direção como se meu corpo necessitasse a presença do seu tanto quando a chuva necessita de nuvens cinzas. Não sabia seu nome ou seu rosto, mas eu a conhecia como a mim mesmo.

Era ela.

Parada bem na minha frente sem conseguir mover um músculo, não respirava nem tampouco piscava enquanto olhava até mim, olhava dentro de mim. Seu coração batia tão acelerado como um compasso que sobressaía o meu que já não aguentaria continuar batendo tão fortemente por mais tempo.

— Sam, acho que você ainda não foi apresentado a Maya, irmã mais velha de Bella. — então era seu nome.

— é um prazer te conhecer. — meus olhos acompanharam o movimento dos seu lábios e repousam sobre a mão que estendeu na minha direção. Minha boca abriu algumas vezes, como tentasse falar algo mas tudo que consegui fazer foi ter raiva de mim por não conseguir pronunciar uma única sílaba escolhendo ir embora, eu estava muito confuso com tudo a minha volta.
Eu fugi. Fugi dela e fugi de mim mas eu não conseguia me abandonar e não conseguia ficar longe dela então passei um bom tempo pensando antes de resolver voltar.

Necessitava dolorosamente apenas olhá-la, mesmo que de longe mas quando voltei onde estava sendo realizado o casamento ela já havia partido. Quando notei algo que em mim estava tão inquieto e tão distante que tudo que senti foi meu coração contrair-se contra ele mesmo.

— Sam, nós te procuramos por todo os lugares... o que aconteceu? — eram Embry e Jared.

— algo não está certo... ela está em perigo, eu sinto!

O que aconteceu comigo? Eu sou um alfa, eu sou aquele quem deve zelar por todos e garantir que ninguém fará nada sem antes pensar duas ou quatro vezes. Mas por ela sou capaz de ir contra tudo que acredito e quebrar minhas regras se necessário, farei sem questionar e antes de raciocinar, já estava correndo pela floresta em uma busca incessante por aquela garota.

Sangue.

Era um vampiro! Avancei na direção deles na intenção de tirá-lo o mais rápido possível do seu lado. Eu estava cego, sem qualquer razão ou raciocínio lógico que me guiasse a fazer a coisa correta da maneira mais fácil pois tudo que desejo ser neste momento é aquele quem a protegerá de tudo... sou eu quem deve estar na frente de qualquer carro que tente atingi-lá, de qualquer chuva que queira tocar sua pele ou de qualquer ira dos deuses que tente cair sobre seus ombros.
Eu deveria ser o seu escudo mas apenas consigo ficar vulnerável na sua presença como se eu estivesse a fazendo mais mal do que bem.

Ela sangrava.

A levei até a casa do Dr. Cullen em meus braços.

Qual seria a maneira mais horrível de descrever a sensação de desespero?
Estar sonhando com um lindo paraíso e imaginar-se subitamente despencando de um lugar tão alto que seu corpo desperta, suado e confuso. Talvez seja a primeira vez que você está cara a cara com o seu próprio medo e o mesmo abre os braços para que tornem-se velhos amigos mas no final das contas você é esfaqueado pelas costas e aquela momentânea sensação de paz se torna terror.

Temer algo com todos os ossos de seu corpo e imaginar que possa te acontecer... é desespero.

Eu estava desesperado quando a entreguei nos braços daquele que foi por muito meu maior inimigo e hoje é minha única esperança.
O sangue em minhas mãos trêmulas e o pulsar de seus batimentos tão fracos que iam para longe de mim conforme Carlisle subia as escadas apressadamente junto com sua esposa.

Sequer tive a capacidade de dormir ou comer, apenas andei em círculos esperando, prometendo aos céus ou qualquer divindade que pudesse me ouvir que salvasse a minha razão de existir... tudo que passei, todo o tempo que demorou até que eu a encontrasse e quando finalmente aconteceu, posso perdê-la para sempre.

Jamais me perdoarei pelo que Maya está passando.

É tudo culpa minha.

— Sam... — a Cullen de cabelos castanhos espetados andava tão depressa até mim que seu vestido balançava em sintonia. — ela acordou!
O que houve comigo? Por que de repente despenquei da gravidade e me encontro sentado no chão finalmente conseguindo respirar.

Talvez eu saiba.

Se estou vivo é por quê ela vive.

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𝐃𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑𝐎𝐔𝐒𝐋𝐘, sam uley [ twilight saga ]Onde histórias criam vida. Descubra agora