is that blood?

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DUAS SEMANAS FORAM EMBORA num piscar de olhos e elas levaram os ventos úmidos de outono, os tornando em brisas frias nas longas noites de inverno. Tudo estava mais molhado que o costume — por toda parte haviam poças de água quase cobertas por uma fina camada de geada, nas árvores as gotículas de orvalho acumulavam com facilidade e caíam aos montes das folhas lembrando-me de estrelas cadentes despencando ao horizonte, as quais já não podemos avistar há um bom tempo pois todo o céu, até onde vemos, possui nuvens densas que impedem o sol de brilhar sobre nós.
É até difícil de imaginar que poderia ficar mais molhado um local que chovia mais regularmente do que deveria, que existiriam dias mais frios que aqueles de costume mas apesar disto eu não podia estar tão longe de sentir frio, nem um pouco.

O inverno nunca foi tão quente assim.

Inspirei fundo antes de abrir meu olhos, ao longe alguns pássaros cantavam diferentes canções que não harmonizavam entre si mas pareciam pertencer a este lugar já a muito tempo, quando a fraca luz solar chegou até minhas íris não foi difícil dizer que já era de manhã, mas qual hora da manhã?

A respiração marcante na minha nuca fez com que inclinasse meu rosto para trás, havia certo peso equivalente a um braço sobre minha cintura quando tentei virar e precisei usar de artimanhas e um pouco de força até conseguir esticar-me o suficiente para ter a visão de Sam dormindo, tão agarrado ao meu corpo, eu sequer conseguia respirar. Eu não odiava nada disto.

Levantei um pouco o lençol e a ausência de roupas me fez ter alguns flashes com perfeitos detalhes da noite anterior e como tudo ainda era tão vivido e fresco na minha memória; a maneira com que meu corpo era tomado pelo seu com tamanha impaciência, naquele momento seu único temor era que eu evaporasse ao seu toque, tornando cada lampejo de paixão no último. Existia a ferocidade gritante de cada toque rasgando-nos de fora para dentro e esta implosão era destruidora, e avassaladora, e tornando-me tão possessivamente dele. Me incendiaria aos pés de Sam se assim pedisse, mas desta vez, incendiaríamos juntos.
Enquanto ele estava atrás de mim com uma de suas grandes mãos acariciando meus seios, a outra se manteve segurando meu pescoço e deixando a região exposta a mordidas que iam do meu ombro até o lóbulo da orelha. Palavras sujas proclamadas entre meus lábios reduzindo-me a chamas.

Ninguém jamais havia me tido desta maneira, não como ele, não como se nossos corpos fossem iguais e vibrassem na mesma intensidade.

Fui puxada de voltar quando tentei me soltar de seus braços.

— aonde esta indo tão cedo, meu amor? — Sam continuava de olhos fechados quando colocou seu rosto entre o vão do meu pescoço e a barba que começara a crescer fez cócegas no meu queixo, eu não sorria assim a um bom tempo, havia esquecido do quão bom era. — hm? — ele sussurrou ao meu ouvido e o sorriso foi corrompido pelo som de sua voz. Estava mais rouca e marcante por ser manhã, convencendo-me que pelo resto da vida eu seria a única a ouvi-lá.

— v-você não está com fome? — quase gritei para conseguir dizer as palavras corretamente, talvez eu tenha falhado. Sua mão que antes estava na minha cintura subiu pelo meu braço trazendo consigo uma linha de arrepios que testaram minha sanidade.

— talvez esteja faminto. — seus dedos chegara até em meus lábios onde o indicador tocou a ponta da minha língua, em seguida desceu novamente por baixo dos lençóis estampados, tudo aconteceu em câmera lenta o que me deixava mais inquieta esperando para ver o que aconteceria em sequência. Pude sentir que ele sorria atrás de meus olhos quando encontrou meu seio e eu arfei em surpresa. — você consegue lidar com isso?

Não, eu não consigo.

Talvez eu precise comer mais ou me exercitar mais, competir contra um alfa de físico impecável está lentamente me destruindo, no bom e no mal sentido talvez. Sam tem o fôlego de um nadador olímpico e resistência de diamante enquanto eu sou apenas uma garota pequena que muitas vezes pula refeições ou nem come, tenho braços finos, sou pálida e anêmica, com baixa imunidade e tampouco consigo prender a respiração por mais de dez segundos sem ficar azul.
Depois do que fazemos ontem a noite, eu preciso de comida para aguentar este homem.

— talvez nós devêssemos... — o meu telefone toca no canto do quarto, salvando-me de meu namorado selvagem e insaciável. — preciso atender, Charlie tinha me dito que precisava conversar comigo, pode ser urgente.
Busquei por algo que cobrisse meu corpo e encontrei pelo chão uma das camisetas de Sam ao lado de minha calcinha, jogada em uma posição engraçada aos pés da cama. Alcancei algumas peças de roupa e joguei para Sam que olhava descaradamente para minha bunda e tinha em seu rosto um sorriso faminto.

Corri até o aparelho enquanto vestia as roupas, não parava de tocar e tive a sensação que se demorasse mais um segundo ele gritaria meu nome. Alcancei o objeto e na tela ainda quebrada o inesperado nome de Alice Cullen chamou minha atenção.

— Alice? — alguns chiados e interferências não me permitem ouvir direito o que a Cullen diz do outro lado da linha. — não consigo te ouvir, eu vou descer para a sala.
Olhei para Sam que começava a se vestir e caminhei em direção da porta, a madeira do chão estava gelada e quase precisei ficar na ponta dos meus dedos a cada degrau que descia.

— nã... Maya, eu... visão. — ainda não conseguia entender, mas a palavra "visão" me chamou atenção em meio aos chiados de sua voz. — ele... está perto.

— agora estou te ouvindo, não estou entendendo Alice, o que você quer dizer com "ele está perto"? — no momento que desci as escadas e cheguei na sala, eu tive a perfeita visão da porta de entrada completamente aberta permitindo que a luz do dia inundasse as paredes amadeiradas. Quando meus olhos desceram um pouco mais para o chão da entrada eu senti meu estômago revirar.

— o Isaac, ele está perto, ele te achou Maya! — me aproximei mais e mais em completo horror, minhas mãos não conseguiam segurar o telefone ao lado de minha orelha então ele logo caiu de meus dedos trêmulos.

Aquilo é sangue? Sim, uma poça de sangue escuro e espesso bem embaixo da cabeça decepada de um lobo, seus olhos estavam abertos e a imagem da morte era presente em seu semblante...
Olhei um pouco mais adiante e vi uma das coisas mais cruéis que poderia ver; não dois ou três, mas quase dez outros lobos que tiveram suas cabeças arrancadas de maneira tão cruel. Todos esses animais mortos, o cheiro de sangue no ar úmido de inverno e a sensação destruidora ter causado isso. Eles eram uma matilha e este na porta... era o alfa.

O recado estava claro.

Isaac não desistiu de mim, Isaac agora sabia onde eu estava e poderia vir para me matar.

Tudo que consegui fazer foi gritar o máximo que consegui, gritei até meu pulmão doer, até meus ouvidos latejarem e meus lábios doessem.

— Maya! — Sam veio correndo tão rápido que ele saltou a escada sem dificuldade. Quando sua mão alcançou-me tudo que pensei foi em me agarrar a ele, mesmo com meu corpo recusando-se a parar de espernear e minha boca de gritar.

— e-ele me achou! — olhei para Sam e ele também parecia não acreditar no que estava vendo, tenho certeza o mesmo entendeu que Isaac ameaçou não só a mim, mas também a toda a matilha do Sam. — Isaac me achou!
Seus olhos foram inundados por ódio e o maxilar trincou com força contra a mandíbula, ainda assim quando seus olhos encontraram-se com os meus eles eram piedosos e diziam para mim que ele estava ali.

— shh... — disse tentando me acalmar quando eu não conseguia parar de chorar, seus braços me prenderam com força junto a ele. — meu amor, eu não vou deixar que ele te machuque, nunca mais! Eu vou caçar e vou matar esse desgraçado.

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a história tem que continuar!

𝐃𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑𝐎𝐔𝐒𝐋𝐘, sam uley [ twilight saga ]Onde histórias criam vida. Descubra agora