i want to learn to love

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⎯⎯⠀⎯⠀⎯⎯⎯⎯ ⎯⎯⠀⎯⠀⎯⎯⎯⎯[ SAM'S POV ]

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[ SAM'S POV ]

O DESTINO EXISTE? Não sou o tipo de pessoa que ainda espera algo de um poder supremo, perdi a capacidade de acreditar em Deus ou nos seus planos depois que ele pareceu ignorar minhas preces — mesmo nos momentos em que eu estava de joelhos aos pés da cama implorando por algum sinal.

Mas ultimamente essa dúvida tem me atormentado.

Se não existisse o destino o que mais explicaria você em minha vida? A ligação que nos une, a que arrebata-me do meu próprio ser e o transforma para ser teu, o que ela seria?
Se o destino não existir, então você se tornaria acaso e a idéia de você não passar de uma coincidência em minha vida é bem mais impossível do que acreditar em algo que fez planos para nós que ainda não conseguimos entender.

Tudo que sei é que para um ateu como eu, depois daquele beijo no carro, você se tornou a prova de que existe destino.

Isso explica o quanto senti que você nasceu para ser minha tanto quanto eu para ser seu.

— Maya? — eu a chamei, mas ela não conseguiu olhar em meus olhos... parece que vai desabar se o fizer. — o que foi?

— e-eu não sei, a-acho que e-estou tendo um ataque de pânico. — Maya tentou por vezes abrir as janelas mas suas mãos não se agarravam a nada. — por que isso não quer abrir?! — precisei parar o carro e ver se ela precisava de ajuda, devo ter girado o volante com tanta força que os pneus derraparam até o acostamento da rodovia, pisei no freio e nossos corpos foram impulsionados para frente.

— ei! — soltei meu sinto e inclinei meu corpo até sua direção, eu segurei seu rosto entre minhas mãos. Nossos olhos finalmente encontraram um ao outro e ela soluçou surpresa. — shh... está tudo bem, Maya. Eu estou aqui!
Minhas mãos eram grandes se comparadas ao seu rosto tão pequeno e gelado, o vapor úmido que saiu de seus lábios quando ela abriu a boca para falar um som que não veio. Ela não estava respirando.

— me beije! — ela me pediu como se aquilo fosse urgente, como se estivesse necessitando disto. Eu não conseguia acreditar no que meus ouvidos haviam escutado e antes de pensar... era tarde, meus lábios pressionaram os seus com força e necessidade.

Não, ela jamais poderia ser apenas uma coincidência para mim.

Ela é a minha lua, guiando-me na minha escuridão mais escura.

Porém, outra vez, volto a agir como eu mesmo e a deixo sem qualquer resposta ou reação da minha parte, fechando-me dentro de correntes tão pesadas, cansadas e gastas que nasceram presas aos meus pés.
Quando chegamos em casa percebi que eu sentia tudo o que Maya sentia.

A familiaridade que ela tinha com minha casa, a sensação de deja vú que teve ao passar pela porta; as primeiras noites em que ela não conseguia dormir; as vezes que se machucava; os pesadelos e medos quando estava sozinha.

Eu sentia tudo

E eu sentia o quanto havia feito mal para ela agora que estou ajoelhado aos seus pés pedindo-a que me ame na mesma intensidade em que a amo.

— v-você me ama? — ela soluçou. — depois de tudo que p-passei sozinha e você n-nem ao menos se deu o trabalho de vir conversar c-comigo, Sam... isto não é amor.
Maya estava certa, isto não é amor, como posso oferecer para alguém algo que nunca recebi, algo que não sei a cor, algo que não sei o aroma, algo que não sei a textura, algo que não sei a sensação... como eu ouso sequer falar de amor sem o conhecer?

— eu nunca soube o que é o amor, mas bastou aquela troca de olhares na noite do casamento para minha alma saber que ela queima pela sua, Maya, e este lugar tem sido seu desde que você nasceu. Você é a razão pela qual eu acredito no destino, no paraíso e eu farei de tudo para ser seu amor ou ser o seu sacrifício. — cada palavra soou como canivetes enquanto a mais baixa nem sequer olhava até mim. Ainda assim esperei impaciente e inquieto por sua resposta.

— eu preciso ficar sozinha, por favor. — ela disse sem mais nada. Um nó se formara em minha garganta me fazendo perder a noção de como respirar, eu preciso sair e deixá-la sozinha agora.

Então esta é a sensação de um coração partido?

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Resolvi dormir no sofá — ou ao menos tentar — mas fiquei virando de um lado para o outro pensando naqueles olhos brilhando em duas cachoeiras e os lábios trêmulos que tentavam falar mas simplesmente não conseguiam.
Isto não é justo com a Maya e eu preciso fazer algo!

Ela precisa saber o quanto eu estou disposto a aprender sobre o amor.

De repente passos suaves desceram as escadas e de relance vejo a mesma sorrateiramente que está, por sinal, chegando tão perto de mim? Apertei os olhos e finjo estar dormindo mas pelo som sei que ela ajoelhou-se de frente para onde estou deitado quando algo inesperado acontece.

Sua mão alcança meu rosto.

De olhos fechados sinto quando os dedos tão pequenos e gelados, como no inverno, desenharam minhas sobrancelhas sem pressa e deslizam lentamente pelas maçãs marcadas do meu rosto até as bochechas e por fim meus lábios. Cada toque é uma sinfonia tatuada na minha pele que jamais será apagada e cada arrepio proporcionado é uma pincelada de tinta que formará a mais bela obra de arte.
Aperto meus olhos quando sua mão se afasta, prestes a abri-lós sou surpreendido por algo macio tocando meus lábios e ao "despertar" de meu falso sono posso notar seu rosto centímetros do meu.

O beijo tão súbito começou lento e quando dei por mim, já estava segurando sua nuca e puxando, suavemente, as mechas castanhas que haviam ali.
Maya sorriu mas não quebrou o contato existente entre nós, ela se inclinou mais e mais, quase que em reflexo a puxei para mim e seu corpo já se encontrava sobre o meu.
Queria parar e perguntar o que estava acontecendo, queria entender o que se passava por sua cabeça mas tudo que existia para mim no momento era este beijo e o quanto necessitava dele para viver.

Os cabelos ondulados volumosos caíam sobre mim quando segurei seu rosto entre minhas mãos, unindo mais nós.
A temperatura do meu corpo se elevou mais, ambos os batimentos pulsavam um contra o outro e as respirações já não aguentavam mais ficarem presas.

— Maya... — abri meus olhos e vi seu rosto iluminado pela luz azul da lua porcelanada no céu. — o-o que...

— você é meu, e eu sou sua... agora percebo como estava errada, eu quem não sabia o que era amor até conhecer você. — suas mãos pequenas acariciavam meu rosto novamente com um toque de veludo. — eu te amo, Sam e quero te ensinar a me amar, se você deixar.
Temo não saber o que responder, ou falar a coisa errada que é o mais provável, então continuei a olhando nos olhos, eu entendia o que passava no seu coração acelerado.

A segurei com força e levantei com Maya em meu colo, seus braços passam em volta de mim enquanto subimos para o quarto sem saber o que isto significa para nós mas desejando um ao outro mais que tudo.

Se o amor é destrutivo... então eu desejo, de olhos fechados e punhos cerrados, que os mais lindos mosaicos sejam feitos com os estilhaços que um dia foram nós.

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𝐃𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑𝐎𝐔𝐒𝐋𝐘, sam uley [ twilight saga ]Onde histórias criam vida. Descubra agora