Cicatrizes e Flores

Capítulo XXXIII

Gente, eu acho que o Wattpad devia implementar notas do autor viu. Eu detesto ter que escrever no início ou final do capítulo. Enfim, notícias! Passei em medicina! Estou no primeiro semestre agora, mas eu queria tentar atualizar essa fic com mais frequência.

Os comentários de vocês me motivaram muito escrevendo esses capítulos, então obrigada! Não quero tomar muito espaço, então aproveitem o capítulo (na medida do possível)

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— Pansy!

— Eu sei! Cadê minha varinha?!

— Na sala de jantar! — Theo gritou antes de aparatar, seguido de Blaise.
Goyle segurava a cabeça, encolhido no chão. Ele nunca havia sido mesmo depois de perder Crabbe, e não havia como evitar que a lembrança da Sala Precisa em chamas viesse à mente quando ele via fogo. Mesmo quando estava contido na lareira, Goyle evitava olhar para as labaredas, para não provocar o trauma de perder seu amigo.

Draco lançou um feitiço do sono no outro, aparatando para frente da casa vizinha logo em seguida. — Eles estão lá dentro? — Perguntou a Theo, que tentava conter as chamas junto a Pansy. Blaise não estava em lugar algum.

— Eu acho que sim! O Blaise entrou para procurar, mas… — Ele respondeu.
Draco não desperdiçou mais nenhum segundo, aparatando para dentro da casa.

Ao entrar, o calor e a fumaça o puxaram de volta para a Batalha de Hogwarts, para a Sala Precisa em chamas, para Crabbe caindo de sua vassoura.

Ele não voltou. Nem mesmo seu corpo.

Ele ouviu um barulho vindo da cozinha, e empurrou as memórias para o fundo de sua mente. Se ele não agisse imediatamente, todos naquela casa teriam o mesmo fim de Crabbe.

Luna estava sentada no chão ao lado de Ginny Weasley, desacordada e com um ferimento na cabeça. O sangue deixava seu cabelo ainda mais vermelho. — Luna! — Ele chamou. A garota virou-se para ele imediatamente. — Aparate para fora daqui, leve a Weasley com você!

— Não dá, eu tentei! — Luna chorava. — A porta está bloqueada, as janelas não abrem, eu não…

Draco tentou aparatar para fora da casa. Realmente, era como se algo o bloqueasse, a mesma sensação que tinha quando tentava em Hogwarts. Ele apontou sua varinha para uma das janelas da cozinha, só então percebendo que ela também não funcionava.

O que aconteceu aqui?! Ele se perguntou, aproximando o vidro e quebrando-o com seu cotovelo. Ele aproximou-se das duas garotas, enrolando Ginny em seu casaco enquanto amparava Luna até a janela. A Corvina tinha torcido o tornozelo, e a cada segundo uma nova teoria catastrófica surgia na mente de Draco.

Luna pulou a janela, gemendo de dor quando pousou no chão.  Draco carregou Weasley para a janela, tentando passar seu corpo para Luna.

Um barulho alto assustou Draco. Vinha do segundo andar. Onde estava Blaise? Ele não tinha entrado, também?

Assim que Luna pegou Ginny, ela gritou por ajuda, e Draco percorreu o resto da casa. Neville estava desmaiado atrás do sofá, perto de um pedaço de madeira em chamas.

Mas que maravilha… Ele pensou. Todos estão desacordados assim?
Passos pesados se aproximaram, e Blaise apareceu segurando Dino. Simas seguia logo atrás, apoiando uma mão na parede.

— Draco! — Blaise disse.

— Eu quebrei a janela da cozinha, leve os dois até lá! O que aconteceu com os outros?

— Longbottom está acordado no corredor, mas não consegue andar. — Blaise disse. — Eu acho que o trio está junto, mas…

Draco subiu as escadas correndo. — Longbottom! — Ele chamou, mas o garoto já tinha desmaiado.