Capítulo VII

9.4K 1.3K 391
                                    

As flores ainda estavam na mesa de cabeceira de Harry, e foram elas que o deram uma ideia em um fatídico dia de visita ao seu afilhado, Teddy. Levar flores para Andrômeda seria o mínimo que poderia fazer enquanto criava o menino para que Harry conseguisse terminar seus estudos e assumir seu papel de padrinho para o garotinho.

Ele não sabia nada de flores, e por isso perguntara à atendente numa floricultura em Hogsmeade qual seria o melhor presente de agradecimento para alguém.

Ela sugeriu Astromélias e ele simplesmente aceitou, já que não poderia opinar muito no assunto.

Lá vai ele, seguindo seu caminho até a casa de Andrômeda Tonks, a única das irmãs Black que Harry podia dizer que gostava. Ela era da Sonserina, se casara com um trouxa e tivera Ninfadora Tonks, uma mulher maravilhosa. Andrômeda era, com toda a certeza, melhor do que Narcissa e Bellatrix (embora Bellatrix fosse uma meta muito baixa a se alcançar).

Bateu à porta da mulher, e o que encontrou tirou cinquenta por cento do ânimo que residia em seu corpo. Narcissa Malfoy abrira a porta com uma cara de poucos amigos, que se contorcera em um leve sorriso quando viu quem era.

Um sorriso falso, mas ainda era um sorriso.

Se ela estava ali, ele sabia que Draco estaria também. Não era algo deprimente, como pensou que seria. Pelo contrário, ele até estava aliviado. Não teria que enfrentar Narcissa sozinho.

― Você recebeu as flores? ― Ela perguntou assim que ele entrou. Harry assentiu, e gesticulou para as plantas que segurava.

― Eu trouxe essas para Andrômeda. ― Disse ele. ―  Queria agradecê-la pelo que está fazendo pelo Teddy.

― É o neto dela, não acho que ela se importa em fazê-lo.

― Ainda assim.

Narcissa pegou as flores das mãos de Harry e indicou onde Andrômeda e Teddy estavam, enquanto ela saía para pegar um vaso, pediu para que ele fosse até eles.

Harry obedeceu, seguindo pelo longo corredor até ouvir risadas de bebê. ― Eu acho que ele gostou de você. ― Ele ouviu a voz de Andrômeda por entre as gargalhadas de Teddy.

Aquela visão era um tanto perturbadora. Ver um bebê sentado no colo de Draco Malfoy já era estranho; ver esse bebê rindo era simplesmente inimaginável.

Potter. ― Ele ouviu aquela voz de deboche, e nem precisou erguer se voltar para Malfoy para saber que o mesmo o fuzilava com os olhos.  

Ah, ele teria sérios problemas.

Cicatrizes e FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora