Capítulo XI

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— O Draco está vivo? Está no castelo? — Narcisa perguntara, Harry estirado no chão após ser atingido pela maldição da morte.

— Sim. — Ele sussurrou. Sentiu a mão em seu peito se contrair; suas unhas cravavam-se nele. Então, ela se afastou, se sentou.

— Ele está morto! — Ela disse, em voz alta. Enquanto os comensais comemoravam, ela retirava a varinha de seu filho do bolso de Harry. — Finalmente meu filho terá sua varinha de volta. — Ela continuou.

Muitas coisas aconteceram em um curto período de tempo. Rúbeo Hagrid o carregava em seus braços, em direção ao castelo. Harry detestava que o exército de Voldemort marchava vitorioso em direção à sua casa, mas teria que suportar se quisesse que tudo desse certo.

— NÃO! — O grito da Profa. McGonagall soou no ar, surpreendendo Harry, que nunca pensou que ela fosse capaz de reproduzir tal som.

Mais pessoas gritaram, gritaram seu nome, e ele não poderia fazer nada. Como ele queria respondê-las, dizer que tudo estava bem, que era só fingimento, mas não poderia.

— SILÊNCIO! — Voldemort gritara. Harry se sentiu sendo deixado no chão, na grama, e assim que a oportunidade surgiu, quando Neville Longbottom tomou um passo à frente e desafiou Voldemort, quando toda Hogwarts se tornou um caos, quando a batalha começara novamente, Harry se escondeu em sua capa da invisibilidade. Tinha que fazer alguma coisa.

Ele fugiu de onde se deitava, fazendo com que Hagrid gritasse, desesperado, procurando por seu paradeiro.

O caos reinava.

Harry procurava por Voldemort, mas o que poderia fazer, sem varinha?

Sentiu a sua capa de invisibilidade ser puxada para trás. Não sabia o que havia acontecido; talvez alguém houvesse pisado na manta, talvez alguém o fizera de propósito, mas aquilo não importava. Só sabia que agora estava exposto no meio da luta.

— Harry! — Um grito se soou a distância. Gina. Todos olharam para onde os olhos dela estavam presos, e viram o Eleito, O-Menino-que-Sobreviveu, ali, de pé, vivo.

Voldemort não estava em lugar algum, mas ele não era preciso para que Harry soubesse que estava em perigo.

Um Comensal levantara sua varinha, e ao mesmo tempo, um grito inesperado pôde ser ouvido:

— POTTER! — Draco Malfoy chamou a atenção de Harry, jogando sua varinha para ele logo em seguida.

Harry se jogou no chão, desviando do feitiço e pegando o objeto. Somente então a batalha final poderia acontecer.

Enquanto ele corria para dentro do castelo, ele viu tres lufadas de cabelos loiros, quase brancos, fugindo da cena. Lúcio, Narcisa e Draco fugiam da guerra, como os covardes que eram, que sempre foram.

Harry olhou para frente, preparando-se para enfrentar seu destino. 

Cicatrizes e FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora