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- S/n! S/n, acorda!

Ouço a voz do Sam me chamando ao longe. Tento abrir meus olhos aos poucos, enquanto sua voz parece estar cada vez mais próxima.

Olho ao meu redor, com a mente ainda confusa e meu nariz doendo. Ao tentar levantar a mão para tocá-lo, percebo estarem amarradas atrás do meu corpo.

Tento me soltar, mas é em vão. Então, percebo Sam, com alguns esfolados no rosto e amarrado em uma cadeira próximo a mim.

- O que está acontecendo? Onde estamos? - pergunto olhando ao redor do que parecia um velho galpão de fazenda

- O cara que nos pegou, esta caçando o Dean e acha que pode me usar para chegar até ele. Você está bem? Ainda está sangrando.

- É, está tudo bem! E você? Cadê o cara?

- Tudo bem! Alguém ligou para ele, ele está na rua, precisamos ser rápidos e sair daqui antes que ele volte - a pressa em sua voz me põe em alerta - Ele pegou sua faca! - Diz Sam ao me ver tentando alcançar o bolso de trás

- Droga! - com o pé, tento levantar a bainha da calça

- Ele pegou a que estava no seu tornozelo também

- Mas que filho da... - É então que noto o molho de chaves no chão próximo ao meu pé, tendo como chaveiro um pequeno canivete.

Em poucos minutos, Sam e eu já estávamos saindo pelos fundos do velho galpão e seguindo por uma estrada.

Ele liga para Castiel e pede para que o encontre em Beulah, contando a ele sobre Dean ter virado um demônio.

Assim que Sam encerra a ligação, encontramos uma velha camionete em uma das fazendas vizinhas. Está de bom tamanho para continuarmos o caminho.

Finalmente chegamos ao bar de strippers que o rastreador nos indicou. Havia tido uma confusão na noite anterior e tinha vários policiais na frente do lugar. Ao que tudo indicava, Dean estava metido nisso.

Sam mostra a foto do Dean a um dos homens do local que confirma ter sido ele o responsável pelo olho roxo e seu braço imóvel. Ficou com um cartão e prometeu ligar, caso visse Dean novamente.

- Sam, eu preciso de um banho - digo tocando meu nariz e o sentindo doer

- É, eu também! Vamos arranjar um hotel.

Não demora até avistarmos um. Já no quarto, Sam me deixa ir primeiro. Pego minha mochila e ao fechar a porta do banheiro, me olho no espelho.

Vejo em meu reflexo, somente um rabisco do que um dia eu já fui. Meu nariz inchado e com sangue seco que saiu das narinas, não deixam dúvidas disso.

O banho quente, relaxa meu corpo e logo já me sinto renovada. Ao vestir minha roupa, me dou conta de que posso estar muito perto de reencontrar Dean.

Um frio na barriga se espelha pelo meu corpo e estremeço. Sei que um encontro normal seria difícil, mas nessas circunstâncias, eu nem sei o que esperar.

Após descansarmos um pouco, decidimos sair novamente e procurar alguma pista pela região. Estávamos em frente a camionete quando uma voz chama por Sam.

- Oi, Alceu!

Crowley diz atrás de nós, nos fazendo virar. Ele me olha surpreso, não que não soubesse que estou viva, apenas não esperava me ver novamente ao lado de um dos winchesters.

- Princesa... É um prazer vê-la... viva. - meu olhar dizia para ele ter cuidado com suas palavras enquanto ele e seu sarcasmo tentavam disfarçar a verdade.

A Nefilim e os Winchesters Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora