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🎶...Eu sei que você pode me amar
Quando não há mais ninguém para culpar
Então esqueça a escuridão
Ainda podemos encontrar uma maneira
Porque nada dura para sempre
Nem mesmo a chuva fria de novembro...🎶

🎶November Rain - Guns N' Roses

Cinco horas solitárias de estrada até De Moines, seguindo o carro dos winchesters

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Cinco horas solitárias de estrada até De Moines, seguindo o carro dos winchesters.
Tendo como companhia apenas a voz de Axl Rose.

Precisei parar para abastecer no meio do caminho, mas não me preocupei em me perder dos irmãos. A tal cabana do Bobby já me serviu de abrigo muitas vezes. Sendo assim, eu sabia o caminho de olhos fechados.

November Rain ecoava pelo interior do Maverik, quando finalmente cheguei. Uma pequena e rústica cabana à beira do lago, surgiu ao final da estrada enlamaçada. Sam e Dean já haviam chegado. Então, desço e pego minha mochila no banco de trás. Sorte sempre deixar uma pronta para o caso de qualquer emergência.

Ao colocar meu pé no primeiro degrau da varanda, Dean sai pela porta, batendo-a atrás de si. Ele parecia agitado, confuso. Os vincos na sua testa, aumentaram assim que ele me vê parada ali.
Nos olhos dele, eu pude ver, eu pude sentir, eu pude ouvir as palavras que a boca dele não admitiria pronunciar no momento.
Ele me queria ao seu lado, me queria por perto. Mas estava magoado e acima de tudo com medo. Medo de se tornar um assassino consumido pela áurea da morte. Medo de me ferir.
Seus olhos me mostravam que havia uma batalha sendo travada em seu Interior.

Dean avança alguns passos. E por alguns segundos, meu corpo chega a formigar em antecipação ao seu abraço. Mas o instante escapa por nossos dedos. Ele desce os degraus e passa por mim, seguindo em direção ao Ímpala, sem que trocássemos uma palavra se quer.

Volto a respirar - ou pelo menos, tentar - e termino meu caminho ate o interior da cabana. Sam estava ao lado de uma garota de cabelos curtos e ruivos, que agora me olha confusa.

- Oi... - digo um pouco cautelosa enquanto fecho a porta - O Dean... está tudo bem?

- Tá! Tá sim! - diz Sam - Acho que a marca não reage muito bem ao livro dos condenados

- Ahh... livro do quê? - agora eu que estou confusa

- Charlie, achou esse livro - ele mostra o exemplar grosso e com capa de couro - Está cheio de coisas que não fazemos ideia de como ler - pego o livro e passo os dedos por suas folhas, achando muito espessas para ser um papel comum.

- Isso é...? - pergunto já sabendo a resposta

- Pele humana! - responde Sam

- E a tinta é sangue! - completa a garota ruiva

A Nefilim e os Winchesters Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora