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A volta para a casa da Jenna, foi rápida e silenciosa. Exceto pela ligação que Dean fez a Sam para contar o que estava acontecendo e saber se o irmão já havia encontrado uma cura.

Dean conta a ele que Amara fez um lance com cubos de madeira, os jogando contra uma parede pedindo que a alimentassem. Talvez, a bebê tenha sido possuída ou contaminada. Vai saber.
Infelizmente Sam ainda não havia encontrado uma cura.

Ao chegarmos de volta à casa de Jenna, ela nos recebe no portão. Noto ela muito ansiosa, pedindo desculpas pela avó extremamente católica. Diz que tentou impedir, mas que a avó não lhe deu ouvidos e ligou para um padre que chamou um exorcista.

Achamos que aquilo era estranho, mas não tão estranho quanto entrarmos na casa e nos depararmos com Crowley sentado no sofá da sala, vestido de padre e bebendo chá.

- Olá, meus filhos! - ele diz com um sorriso debochado que somente eu e Dean percebíamos

- Crowley! - respondemos em uníssono

- Padre Crowley - ele corrige

- Como assim? Vocês se conhecem? - Jenna pergunta, olhando confusa para nós três

- Dean foi um ótimo coroinha e S/n é uma velha... amiga - o demônio responde

- Será que podemos conversar lá fora... padre? - digo ignorando as insinuações idiotas dele

- Claro que sim - ele sorri afável - logo depois que eu terminar meu chá

Dean e eu precisamos controlar nossa impaciência e irritação, enquanto Crowley sorvia calmamente sua bebida quente.

Após fazer sua interpretação medíocre de padre, ele nos segue até o lado de fora da casa. Dean não perde tempo e pergunta o que ele fazia ali.

- O mesmo que vocês! Trabalhando em um caso. - Nos entre olhamos. Ambos conhecíamos Crowley o suficiente para saber que ele estava aprontando alguma coisa - Eu tenho minhas fontes na igreja católica. Freiras que me devem um favor. Padres que gostam...

- Crowley! - o interrompo querendo que ele fosse direto ao ponto e nos poupassem de detalhes nojentos

- Quando ouvem falar em possessão, eles me chamam - ele começa a explicar andando de um lado para o outro - Se é uma das minhas, mando ignorarem. Se é um demônio rebelde, o padre Crowley sai para brincar

- Então acha que tem um demônio lá dentro. - conclui Dean

- Não, nem um pouco

- Então...? - falo já ficando sem paciência para a enrolação dele

- O que está na casa - ele se volta para a construção - Eu sinto o poder que irradia. Isso... é antigo, profundo, sombrio...

Todos nós olhávamos para a casa, talvez, também sentindo a energia e o poder obscuro que pairava sobre aquele lugar. Um grito e um barulho de louça se estilhaçando, nos desperta, fazendo com que corrêssemos para dentro.

Entramos na cozinha chamando por Jenna, mas o que encontramos foi a avó caída no chão com um corte na garganta. Tudo acabou de ficar ainda mais sinistro.

Subimos para o segundo andar, com Dean chamando, sem parar, por Jenna e irritando Crowley por, segundo ele, estar anunciado que estamos chegando.

Ouvimos Amara chorando, o que acaba fazendo Dean acelerar o passo até o quarto onde a bebê se encontrava. Quando chego na porta, Dean já estava na beirada do berço, olhando de forma assustada para ela.

- Ela gosta de você! - Diz Crowley ao Dean - Mas isso não é nenhuma surpresa, você é tão maternal.

Sinto o olhar sínico do demônio parado ao meu lado, com um sorriso debochado nos lábios. Me incomoda, mas aprendi a ignorar a vontade que sinto de pular em seu pescoço toda vez que me provoca.

A Nefilim e os Winchesters Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora