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Ao ver a cadeira vazia, levo alguns segundos para que meu corpo e minha mente começassem a trabalhar. Em silêncio e com cautela voltei até a cozinha. Tentando fazer o mínimo de barulho possível.

- Sam - sussurro ao entrar - Dean fugiu!

Ele se levanta rapidamente, tirando a faca da Ruby de sua cintura.

- Deixei a porta destrancada para o Castiel entrar - ele avisa temendo que Dean tivesse saído

- Tá de brincadeira? - sussurro - Ele não vai a lugar algum sem antes acabar com a gente - Crowley não errou ao dizer que Dean era rancoroso. E o Dean demônio era ainda pior.

- Vamos isolar o Bunker! Só preciso chegar até as chaves que estão na biblioteca. - Sam diz

- Certo! Eu te dou cobertura!

Nós dois vamos nos esgueirando até chegar a biblioteca. Sam pega um molho de chaves em uma das gavetas e seguimos rumo a sala onde ficava toda a elétrica do lugar.

Ouvimos alguma porta bater, nos fazendo apressar o passo. Sam me passa a faca de Ruby enquanto ele se encarrega de desligar a chave geral do Bunker, fazendo as luzes se apagarem e as luzes vermelhas de emergência se acenderem.

- CHEIOS DE GRACINHA NÉ? - ouvimos Dean falando de algum corredor - ISOLARAM O LOCAL. AS PORTAS NÃO ABREM. EU SAQUEI! MAS SÓ UMA COISINHA, EU NÃO QUERO SAIR, NÃO! NÃO ATÉ ACHAR VOCÊS.- Sam e eu nos olhamos, o medo estampado na nossa cara. Dean demônio e com a marca de Caím nos mataria sem esforço nenhum. - VOCÊS SÓ ESTÃO PIORANDO AS COISAS, HEIM! A PROPÓSITO... VOCÊS PODEM SE CULPAR PELA MINHA FUGA.
TODO AQUELE SANGUE QUE ME INJETARAM PARA ME TORNAR HUMANO... QUANTO MENOS DEMÔNIO EU FICAVA, MENOS AS ALGEMAS FUNCIONAVAM. E A CILADA DO DIABO? EU PASSEI POR CIMA DELA

- Eu tive uma ideia! - sussurro para o Sam. E enquanto Dean continuava falando, pomos o meu plano em prática.

Eu sabia que ele acabaria descobrindo onde estávamos, era só questão de tempo. Então Sam e eu nos escondemos no lado de fora da sala da elétrica, até o Dean aparecer. E ele não demorou. Logo ele apareceu com um martelo em mãos. Esperamos que ele entrasse e assim que ele religou as luzes, nós sabíamos que ele estava longe da porta. Seria o tempo suficiente para a fecharmos e trancar ele lá dentro.

- O GRANDE LANCE É ESSE? - Dean grita de dentro da sala

- Escuta aqui, Dean - grito de volta me mantendo próxima da porta - Estamos chegando perto, tá?! Sei que você está aí dentro em algum lugar. Deixa a gente terminar o seu tratamento - ele nada responde - Dean! - O chamo novamente e nada. Apenas silêncio.

Até que ele dá a primeira martelada na porta, fazendo lascas voarem contra mim e Sam. Nos afastamos para não sermos atingidos.

- E VOCÊ ACHA QUE EU QUERO SER CURADO? - Ele grita sem parar de martelar a porta. Sam e eu estamos muito assustados agora. Ainda mais quando suas marteladas abrem um buraco na porta, de onde conseguimos ver seu rosto e seu olhar assassino - EU TO GOSTANDO DESSA DOENÇA

- DEAN, PARA COM ISSO! - digo enquanto lascas de madeira continuam a saltar - OLHA, EU NÃO QUERO USAR A FACA EM VOCÊ!

- QUE PENINHA! EU QUERIA PAGAR PARA VER

- SE SAIR DESSA SALA, EU NÃO VOU TER ESCOLHA

- É CLARO QUE VAI TER! E eu sei qual vai ser... Para o demônio que sobrou em mim, matar vocês, vai ser molinho

- Sam! - digo - Corre!

E foi a tempo do Dean destruir o resto da porta. O plano inicial era não nos separarmos, afinal se juntos já não tínhamos muitas chances, separados, era morte mais do que certa.

A Nefilim e os Winchesters Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora