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O rastreador do Impala, já era!
Agora não temos nada que nos mostre onde Dean está.

Castiel e eu voltamos ao armazém depois de muitas horas de conversa no bunker. Ao chegar, descobrimos que Sam e Rowena estavam em um empasse. Algo sobre Sam não ter tido sucesso ao tentar matar Crowley como parte do acordo.

Quando chegamos, Sam apontava uma arma cheia de balas mata-bruxa para uma Rowena despreocupada bebendo chá. Ela sabia que se morresse, não teríamos ninguém capaz de interpretar o códice e ler o livro dos condenados. Ela sabia do valor que tinha para nós no momento e claro, usou isso a seu favor.

Em troca de liberdade e o códice, aceitou dar continuidade ao Feitiço. Tudo estava indo bem até chegar ao último ingrediente, onde ela teria que dar algo que amava.

Mesmo ela dizendo que não amava nada e nem ninguém, nem mesmo o próprio filho, Castiel entrou em sua mente e descobriu que houve um garoto, do qual ela disse ter sido ajudada pela família há mais de trezentos anos.

Enquanto discutíamos sobre achar outra solução, Sam recebe uma ligação de um caçador, Rudy, avisando que Dean estava em um caso sobre vampiros em Nebraska e que estava sendo bem... grosseiro.

Após Sam pedir desculpas pelo irmão e dizer que Dean não estava em um bom momento, ele desliga e seus olhos procuram pelos meus. Nos dele, posso ver a angústia, o desespero, o fio de esperança prestes a se romper.

- Vocês ficam aqui e... - ele suspira cansado - sei lá... pensem em alguma coisa que possa substituir o último ingrediente.

- Isso não é uma receita de bolo, Samuel - Rowena diz

- Eu vou com você! - digo atraindo o olhar de repreensão de Castiel

- S/N... - Sam começa num tom indeciso - Você acabou de se curar de um confronto com Dean... Talvez...

- Nem pense em dizer não. - digo mantendo minha voz firme - Castiel fica e auxilia Rowena e nós dois vamos atrás do Dean.

Sam havia ficado aterrorizado ao saber o que o irmão havia feito comigo mais cedo. Agora travava uma luta interna, querendo em parte aceitar a oferta e não ficar sozinho, mas, por outro lado, com medo de me colocar em perigo novamente. Por fim, acaba concordando.

Ele sai para arrumar as coisas no carro e antes que eu possa segui-lo, Castiel segura meu braço e me puxa para um canto, longe dos olhos e ouvidos curiosos da bruxa ruiva.

- Você enlouqueceu? - ele pergunta sem esperar de fato minha resposta - Ontem mesmo quase foi morta pelo Dean e agora quer se colocar em perigo de novo?

- Por isso mesmo não posso deixar o Sam ir sozinho atrás dele. - Castiel bufa irritado me dando as costas e bagunçando os cabelos com uma de suas mãos.

- Ele vai matar você... - seus olhos suplicavam para que eu pensasse melhor - Depois do que me contou, eu...

- Esquece isso! - me apresso em dizer - Só esquece! Se eu tiver que morrer, ok! Dean sobrevive com isso. Agora, Sam? Dean jamais viveria sabendo que matou seu irmãozinho. - respiro fundo antes de falar com calma - Faça Rowena dar um jeito nesse feitiço quanto antes.

Não espero por mais protestos vindos dele, e dou as costas, saindo do armazém e encontrando Sam do lado de fora, já assumindo a direção de uma velha pick-up.

Pegamos a estrada rumo a Superior em Nebraska. Assim que chegamos já nos deparamos com uma agitação entre os policiais da cidade. Seguindo o fluxo e as notícias locais, chegamos a uma cabana, que agora era cena de um crime.
Cercada por uma fita amarela, uma garota em choque sendo atendida pela ambulância, dois corpos no assoalho de madeira e um xerife furioso.

A Nefilim e os Winchesters Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora