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Crowley some, dando início ao plano para pegarmos Caím. Dean se esconde, enquanto eu e Sam começamos a preparar tudo.

O "menino" sai do celeiro, encontrando Caím que o ameaça, mas Castiel chega e manda o garoto correr para dentro do celeiro, onde Sam e eu aguardávamos na porta.
Assim que ele entra, fechamos o grande portão de madeira, mas ao nos virarmos, Caím surge a poucos centímetros do garoto.

Nossos rostos tinham uma expressão assustada quando ele enfia uma adaga no menino. Mas a encenação só dura até a imagem da criança se dissolver em uma fumaça roxa.

— Feitiço de ilusão... — Caim percebe

— Pois é, o verdadeiro Austin está bem longe daqui agora — Digo

— Magia do século XVIII... — ele diz e no mesmo instante, Crowley reaparece — Se eu fosse arriscar um palpite, Runa de Amaranta

— Acertou! — responde o demônio — Uma coisa que peguei com minha mãe

— Mãe? — sussurro para o Sam que apenas dá de ombros

— Eu sei que tem medo de mim. Só posso concluir que... — Caím arrasta o pé no chão coberto por feno e percebe que está preso em uma armadilha do Diabo — Esperto! Acha que vai me segurar por muito tempo?

— Não vai precisar! — Sam responde antes de abrirmos os Portões e deixarmos o primeiro assassino esperando pelo seu fim — ou não.

*

— Castiel! Ei, você está bem? — pergunto ao vê-lo um pouco desnorteado após o confronto com Caím

— Estou ótimo! — Ele responde massageando o pescoço — Deu certo?

— Deu!

— É minha vez! — fala Dean

— Nós queremos ajudar! — diz Sam mesmo sabendo que o irmão não aceitaria

— Não! Vocês por perto... seria inconveniente para mim.

— Dean... — Castiel tenta argumentar

— Eu ficaria preocupado com o que ele faria com vocês ou... — ele olha diretamente para mim — ... O que eu faria! — não consigo sustentar seu olhar, não sei o que pensar. Ele estaria preocupado em me machucar ou tem tanta raiva de mim que sabe que me mataria se deixasse se levar pela marca? — Eu preciso de vocês aqui, para pegar o que quer que saia de lá. E eu estou falando sério: O que quer que saia de lá.

O momento é tenso e nenhum de nós consegue dizer qualquer palavra diante do que estava prestes a acontecer. Claro, a não ser Crowley.

— Com prazer!

Dean o olha por um momento e logo estende a mão, pedi silenciosamente que Crowley entregue a espada.
E assim, Crowley faz. Mas não sem antes perguntar:

— O que me garante que você irá devolvê-la?

— Se eu sobreviver, sair de lá e não devolver... Você terá um problema muito maior em suas mãos!

Crowley, relutante, entrega a espada a Dean. Ele segura o cabo com força, analisando cada pedaço do que parece ser a mandíbula de algum animal. Não sabemos a proporção dos danos e da influência que essa espada pode causar a ele.

— Dean? — Sam chama

— Eu tô bem! — Dean responde após respirar fundo

Ele dá um sorriso tranquilizador ao irmão e se afasta. Subindo as escadas que levariam até onde caím estava preso, ele lança um último olhar. Eu seguro minha respiração, sentindo meu peito apertar. Ele se vai, me deixando ali, na espera do que pode ou não acontecer. Me perguntando, o porquê das nossas vidas serem assim.

A Nefilim e os Winchesters Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora