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As coisas degringolaram rápido demais, depois da morte da Charlie.
Sam e eu acabamos voltando para o armanzém e descobrimos que Charlie havia conseguido o código para decifrar o livro. Ela mandou o arquivo para o Sam antes do maldito Styne encontrá-la. Logo, ele e a bruxinha ruiva, começaram a trabalhar no Feitiço para desfazer a maldição.

Quanto a Dean, Sam havia posto um rastreador no ímpala e assim descobrimos seu paradeiro.
Castiel foi procurá-lo no endereço rastreado, descobrindo se tratar da casa da família Styne. Mas ao chegar lá só encontrou morte por todo o lado.

Ao saber disso, segui para o bunker - o próximo endereço indicado pelo GPS - mesmo sob os protestos de Castiel.
Foi assim que acabei com uma adaga precionando meu pescoço.

Ao colocar os pés no esconderijo, sinto um arrepio, um frio subir pela minha espinha.
O lugar estava de pernas pro ar, todos os livros foram tirados das estantes e colocados em uma pilha mal feita no meio da biblioteca, exalando um cheiro forte que parecia ser de querosene.

Ao me aproximar da biblioteca - agora destruida - vejo os corpos dos três últimos Stynes sangrando no chão de madeira. Entre eles, um garoto que talvez mal tenha completado dezesseis anos.

Dean estava parado com uma pistola na mão. Ele se vira lentamente, assim que nota minha presença.
Apático, pálido... Seus olhos eram desprovidos de qualquer sentimento. Frios como gelo.

- O que... - olho a destruição á nossa volta, os corpos, o garoto... - O que você fez? - caminho até o corpo estendido no chão ainda sem acreditar no que via. Me abaixo, verificando os sinais vitais, mas era tarde, ele estava morto. - Dean...Você matou ele!

- Eu matei um monstro - ele diz como se fosse simples assim - Porque é isso o que eu faço. E vou continuar a fazer até...

- Até você ser o monstro! - o interrompo me levantando

- Vai embora! - ele diz enquanto me da as costas, guardando a arma de volta na cintura - Não precisava ter se dado ao trabalho de voltar. Nem hoje e nem nunca

- Não! Não posso! - Minhas palavras o fazem parar - Porque eu... - interrompo uma frase que não teria a menor importância pra ele no momento - Não faz diferença! Eu não vou a lugar algum.

Ele avança em minha direção me fazendo recuar um passo.

- Vai Embora! - ele diz entre os dentes.

- Estávamos tentando te curar e ainda podemos

- Uma ova

- Nós podemos ler o livro agora!

- Não me diga! Vocês podem achar um Feitiço pra tirar essa droga do meu braço? - ele não me da tempo para responder - Mesmo que achem, quanto isso vai custar? Porque magia como essa, não é de graça, não! Ela tem um preço que é pago com sangue. Não, obrigado! Estou bem assim.

Ele se vira novamente mas antes que começe a se afastar, eu o seguro pelo braço

-Não! - digo me pondo na sua frente - Talvez você possa lutar contra a marca por anos, até séculos, como Caím fez. Mas não pode lutar pra sempre. E quando você se transformar, e você vai. Sam, Cass... Todos que você conhece, todos que ama, estarão mortos. Então, se houver qualquer mínima chance de te salvar, eu não vou deixar você sair daqui.

Talvez eu tenha perdido muito mais do que os meus poderes. Talvez Deus tenha me trazido de volta, sem inteligência ou bom senso também. Eu jamais seria pario para Dean e a marca mas, poderia ganhar tempo para que Sam e Rowena conseguissem tudo o que precisavam para o feitiço. E era isso que eu faria.

- Você acha que tem chance?

- Eu acho que a marca está mudando você.

- Está errada!

A Nefilim e os Winchesters Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora