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Dia de festa

Andrade

Minha semana passou tediosamente lenta, mas hoje era o grande dia, a Juliette tinha me mandando mensagem no mesmo dia em que dei meu número a ela. Eu estava terminando de me maquiar. Vestia uma camisa preta, amarrada com um nó na altura meu peito, uma calça jeans boca de sino, cintura baixa, meu cabelo escuro estava solto definido pelo babyliss, o batom vermelho escuro deixava os meus lábios carnudos maiores, usava uma bota de couro legítimo, uma maquiagem ótima para a ocasião, um sinto com uma fivela grande, eu comprei em uma loja do minúsculo centro, passava o meu doce perfume quando meu celular apitou, olhei rapidamente o visor, Juliette, "Eu já estou pronta, me avisa quando poder sair 😘" , okay, eu coloquei o  chapéu e sorri para mim mesma no espelho, me levantei peguei meu celular e minhas chaves, eu iria para a casa dela, ela tinha me mandando durante a semana ideias de roupas que eu poderia usar então eu estou usando, eu já tinha uma noção por eu gostar, mas nunca tinha ido em uma cidade que fosse assim. Dei duas voltas na porta com a chave, caminhei com a minha respiração pesada e exalando baunilha, até a casa dela, sorri suavemente e antes de qualquer coisa chequei minha maquiagem pelo visor escuro do celular, toco timidamente a campainha, era a primeira festa que eu ia em tanto tempo. Ouvi sua voz, alta o suficiente para escutar ao lado de fora. - UM MINUTO! - Eu sorri enquanto brincava com os meus dedos, esperando pacientemente, quando comecei a ouvir barulho da tranca da casa se abrir, eu dei dois passos para trás. Meus olhos começaram pelo seus pés, uma bota de cano longo, suas pernas estavam expostas, ela usava um vestido rosa, justo, com uma jaqueta grande branca de couro, com franjas nas mangas, meus olhos seu rosto, sorridente como sempre, uma maquiagem leve, mas para uso noturno que combinava com a sua roupa, seu cabelo estava liso e solto, a mesma usava um chapéu branco. - Uau, eu achei que não sabia o que vestir Cheer. - Ela me chamou assim a semana toda.

- Eu segui o que me mandou. - Eu disse sorridente.- Está bonita.

- Obrigada Sarah, você também está, muito bonita por sinal. - Eu sorri e minha bochecha ficou mais rosada.

- Obrigada Juh. - Eu sorri suavemente, ela se virou trancou a porta e em seguida, caminhamos até o carro da morena, que educadamente abriu a porta para eu entrar, eu me sentei e arrumei o meu cinto de segurança, a mais baixa entrou no carro e deu partida no carro, seguimos em uma viagem silenciosa com um música baixa, qual eu cantarolava olhando para a estrada, senti uma tremenda vergonha quando vi que ela me olhou sorrindo, logo aumentou o volume da música, começando a cantar a música também, eu soltei uma risada baixa. - Você me deixa sem jeito assim. - Eu falei rindo.

- Vai continua! - Ela aumentou ainda mais cantando de um jeito engraçado e fazendo algumas graças. Em poucos segundos estava fazendo a mesma coisa, ria de mim mesma, ao meio da música. O vento balançava os nosso cabelos e me deu certo arrepio, estava esfriando, os poros do meu corpo estavam se mostrando arrepiados, estacionamos em um amplo espaço, meio escuro, as luzes não iluminava o espaço direito. - Vamos lá. - Ela abriu a porta para mim e quando eu sai do carro esfreguei os meus braços, logo senti o peso da jaqueta nos meus ombros. - Pode ficar eu não estou com frio. - O se vestido era de manga longa, não vi antes porque a jaqueta cobria.

- Não precisa, mas obrigada. - Eu tentei entregar a jaqueta a ela, mas sua mão encostou na minha e eu senti um choque quando a morena me devolveu a jaqueta de couro.

- Veste, você está com frio, eu não estou. - Ela falou e eu suspirei.

- Okay, mas eu vou te devolver logo. - Eu disse e ela revirou os olhos castanhos sorrindo para mim. Começamos a andar, a mesma me mostrava cada quanto do lugar, a festa era nas ruas da cidade, eu já poderia ouvir a música tocando.

- Okay, o que acha de irmos pegar algo para beber, depois podemos ficar andando um pouco até o show começar, as aqui as barracas só vão fechar ás 23 horas, bem aí a festa vai acabar. - Ela me explicava. Fomos até uma barraca onde se vendia chope, pedimos dois, ela pagou o dela no dinheiro, eu abri o aplicativo do meu banco, abrindo no meu cartão digital.

- Eu vou pagar o meu no débito. - Eu sorri e o senhor me olhou sorrindo pegando a maquina, colocou o valor e quando eu aproximei meu celular ele disse.

- Não passa aproximação, só insere o cartão. - Eu afastei o meu celular e mentalmente o xinguei, deveria ter uma placa.

- O senhor aceita pix? - Eu estava sem o meu cartão ou dinheiro sempre aceitam aproximação ou pix em São Paulo.

- Não. - Ele disse. - Eu não aceito.

- Como assim? Você não usa com os seus clientes? Você deveria ter uma placa avisando isso, eu não tenho como pagar de outra forma. - Escutei alguns suspiros impacientes. - Desculpa então eu vou ter que devolver. - Eu senti a mão da morena tocar o meu braço.

- Eu pago.- Ela entregou o dinheiro para ele e me puxou para fora da fila.

- Não, Juh, você não precisava, eu poderia ir em outro lugar que aceitas e pix, ou aproximação. Que tipo de gente não usa pix hoje em dia? - Eu me senti irritada. - Não queria e não preciso que pague nada para mim.

- Para de ser irritada, eu quis te ajudar. - Ela rio e bebeu a sua bebida. - Se fazer você sentir melhor, você pode pagar algo para mim. - Eu revirei os olhos e comecei a beber, entreguei a jaqueta a ela por o meu corpo estar aquecido. - Você é teimosa.

- Não sou e tam..- Parei de falar quando vi um bigodinho de espuma branca. - Você está com uma espuminha... - Eu passei o meu dedo indicador para mostrar a ela e ri suavemente. Sua mão passou grosseiramente tirando a espuma.

- Obrigada teimosa. - Eu ri e ela sorriu, fomos em barracas de jogos, eu perdi em todos e ela ganhou todos, mas ela me deu todos os prêmios, estava com um urso de pelúcia grande, um algodão doce e uma maçã do amor. - Está sujo aqui. - Ela mostrou o lugar no rosto dela. Eu limpei mas nada saiu.

- Saiu? - Ela deu uma pequena risada, eu logo senti sua mão tocar o meu rosto, os olhos castanhos olhavam profundamente os meus, vi os seus olhos dilatarem e em poucos segundos estávamos afastadas.

- Agora saiu. - Ela riu e eu sorri timidamente, andávamos conversando bebendo e comendo, quando decidimos ir para o lugar do show eu fiquei um pouco desanimada, mas ela queria ir, estava falando sem parar do show. Começamos a caminhar mais vendo tudo o que tinha, eu comecei a ficar um pouco incomodada com a quantidade de pessoas encostando em mim , quanto mais chegávamos perto de onde tinha o show mais gente tinha.

- Sarah, está tudo bem? - Sua voz era alta pela música. Eu balanceia cabeça e sorri suavemente, eu só precisava respirar. Senti um corpo maior encostar atrás de mim, olhei de canto de olho e vi um corpo musculoso, eu limpei minha garganta e me afastei um pouco, ele poderia estar querendo passar, a Juh estava dançando ao meu lado e eu senti uma mão na minha cintura, a respiração no meu pescoço e logo uma voz no meu ouvido.

- Te achei muito bonita, tá afim de dar uma volta? Quem sabe eu não possamos nos beijar. - Eu senti um arrepio e me afastei, negando com a cabeça.

- Obrigada, mas eu não estou afim. - Eu tentei me afastar mas a mão dele apertou a minha cintura, me colando no corpo dele, ele beijou o meu pescoço enquanto seu braço passava ao redor da minha cintura.

- Adoro uma mulher difícil. - Sua voz era baixa enquanto ele mordia o lóbulo da minha orelha, eu mais uma vez tentei me soltar mas derrubei a minha bebida no chão, era o meu sexto copo, senti o seu membro encostar em mim. Eu estava visivelmente desconfortável, mas eu acabei cedendo, olhei para ele com um pouco de medo, uma piada cósmica ele era parecido com o Tom, os lábios dele encostaram no meu, iniciou um beijo onde eu não me movi muito, apenas cedi. Seus braços musculosos me puxaram para fora daquela multidão, os beijos ficaram quentes, cada vez mais quente. Fomos em uma espécie de motel barato, fiquei enojada mas sem muito tempo para raciocinar, até porque eu estava bêbada, então um quarto de motel barato, não seria um problema. Fui jogada na cama enquanto ele tirava as minhas roupas e enchia o meu corpo de chupões.

Eu ainda te procuroOnde histórias criam vida. Descubra agora