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Meu ponto de paz

Andrade

Como eu poderia explicar essa viagem? Ela tinha sido perfeita, não conseguia dizer em outras palavras, estava terminando de colocar os cachorros no carro, o que foi um trabalho, mas nada poderia tirar o meu bom humor, meu coração batendo mais forte, sentir o meu sangue correr pelas minhas veias, cheio de alegria, meus olhos sorriam para os seus, se apaixonar era algo mágico, mesmo dias nos dias cinzentos o dia é lindo, parece que as coisas sorriem para mim e não poderiam me irritar ou fazer algo que me deixasse mal, acho que isso é o que significa se apaixonar, saber que posso ter problemas e sei que é com ela que eu poderei contar, senti os lábios suaves tocarem o meu pescoço, eu mordi meu lábio inferior e um sorriso se formou em meus lábios. - Não queria voltar hoje. - Os braços dela rodearam a minha cintura.

- Eu sei, mas, no seu aniversário podemos vim para cá de novo. - Ela beijou o meu pescoço, fazendo com que eu me virasse para ela. Nossos lábios se tocaram, de forma que iniciamos uma beijo doce. - Hm, já te falaram o quanto você é cheirosa?

- Deixa de ser boba! - Eu ri e beijei a ponta do seu nariz. Nossa volta para casa foi boa, passamos em um pequeno restaurante, almoçamos e descansamos, ela quem quis dirigir, então eu apenas fui curtindo a estrada, as músicas, minha mão sobre a sua pele macia e quente. Essa era a sensação de se apaixonar? De se sentir amado, eu acho que nem quando namorava quando mais nova sentia essa sensação, talvez teria que ter sido assim para eu conhecer o caminho da felicidade.

- O que foi? - Ela apertou meus dedos suavemente.

- Nada não. Estava pensando... - Disse com a voz baixa. O amor é algo que não se dá para expressar somente em palavras, as vezes em pequenos gestos simples, as vezes pode ser um simples toque, ou até mesmo uma mensagem, mas isso pode mudar o dia de alguém, muitas vezes a Juliette mudou o meu nesses últimos meses, era um sentimento ameno, toda a ansiedade presente em meu peito, ela se tornou o arco-íris após a tempestade, a calmaria das minhas ondas, todas sensação de paz presente em minha alma.

- Você quer me contar o que passa em seus pensamentos? - Eu neguei com a cabeça e beijei sua bochecha.

- Nada, não se preocupa com isso. - Disse sorrindo suavemente. Seu foco era no trânsito, o meu era em vê-la dirigir, queria eu ver essa cena o dia todo. A Juliette me deixou em casa, ela passou o resto do nosso final de semana maravilhoso comigo, eu pedi para ela dormir aqui, amanhã teríamos que ir trabalhar, por que não curtir o pouco tempo em que tínhamos? Passamos todos os milésimos que tínhamos juntas, isso me deixava em uma certa paz, na manhã seguinte ela me deixou no trabalho e disse que me buscaria, eu passei o dia ansiando por ela ir me buscar, mas quanto mais ansiosa fico, mais o tempo demora para passar, olhava o relógio de 10 em 10 minutos, achando que havia passado horas, mas na verdade eram apenas 10 minutos, tive muito trabalho para fazer hoje, mas não senti um dia produtivo, já que meu dia só ficava mais produtiva com ela. Quando chegou o horário dela ir me buscar eu guardei rapidamente as minhas coisas esperando ela chegar. Fiquei mexendo tristemente ansiosa no meu celular, já que o seu trabalho era um pouco afastado daqui, quando vi a notificação, "Estou aqui na entrada princesa 🤍" mordi o meu lábios e peguei as minhas coisas, fechei a porta e desci, assim que eu avistei o seu carro entrei sorrindo e a beijei docemente.

- Oi princesa. - Sorriu me dando alguns beijinhos rápidos e molhados.

- Oi! Como foi o seu dia? - Perguntei enquanto ela passava a sua mão pelo meu rosto. Começamos a conversar enquanto ela dirigia para a minha casa, já que a sua ficava a frente, era muito mais fácil. Ela quis cozinhar em minha casa, o que eu adorava. Assim que chegamos, namoramos um pouco, ela brincou com os cachorros e eu fui tomar um banho, assim que sequei meu cabelo vi o celular dela chegando algumas notificações. - Juh, alguém está te mandando mensagem.

- Pode ver quem é Sarinha.  - Disse a mesma e eu peguei o seu celular, lendo, "Ei Juliette, aqui é o Flávio, pensa bem na proposta antes de dar uma resposta certeira, o acordo só vai ser fechado quando acharmos alguém de sincera confiança."

- Que proposta é essa? - Perguntei com certo ponto de curiosidade.

- Ah, algo do trabalho, não é nada demais. - Percebendo que ela não queria falar muito deixei o celular dela de lado e beijei sua bochecha. - Vamos ver algum filme?

- Apenas se você quiser, não quero que fique muito cansada.

- Eu estou bem, o trabalho hoje foi tranquilo, queria passar um tempo com você, por isso fui te buscar. - Eu sorri e me sentei na bancada roubando uma rodela de tomate.
Ao seu lado as noite se tornavam agradáveis, então tivemos um jantar muito tranquilo, ela só foi embora quando disse que iria dormir, depois de uma demorada despedida ela se foi, mas continuamos nos falando por mensagem, enquanto abraçava um travesseiro e os meus bebês dormiam em meus pés. Ter uma noite tranquila era a coisa mais comum desde que comecei a me aproximar da Juliette, minha mente se sentia muito mais leve e minha ansiedade muito mais acalmada. Ela era o meu ponto de paz.

Eu ainda te procuroOnde histórias criam vida. Descubra agora