Eu ainda te procuro

13

gatilho: agressão física

O mínimo que eu posso fazer por você

Andrade

Como eu poderia dizer? Essa deveria ter sido a melhor noite da minha vida, nunca tive uma experiência parecida na minha vida, acho que na verdade, nossa noite foi como, ela cuidou de mim, nem quando fui casada eu tive esse cuidado. Rolei na cama para que pudesse me acomodar nela, mas ao invés disso, tinha um espaço gelado na minha cama, no qual, não me segurou e eu acabei rolando para fora, quando senti o impacto do meu corpo do chão, meus olhos se abriram confusos, olhei para a cama e estava vazia, é, era a noite perfeita, mas ela não acordou aqui, tinha ido embora sem ao menos me dar tchau, talvez ela só queria uma foda, promessas para me comer, não era a primeira vez que isso acontecia, mas com ela, fiquei triste, senti meu coração quebrar. - Sarah? - A porta do meu quarto se abriu e ela colocou a cabeça para dentro do quarto. Toda a tristeza da minha mente foi espantada. - Você está bem? O que houve? - Ela me ajudou a se levantar.

- Eu achei que tinha ido embora... - Eu disse ela riu. - Fui me aconchegar em você, porque estava com frio, mas, você não estava aqui...

- Sah, eu não teria feito isso para você, na verdade eu estava fazendo café da manhã para trazer na cama, eu não quis acordar você antes que eu terminasse. - Ninguém tinha feito isso por mim alguma vez.

- Você fez café na cama para mim? - Eu perguntei vestindo o meu robe.

- Fiz, e ainda coloquei umas flores em um vaso pequeno que eu achei bonitas. - Eu sorri e abracei, os lábios da mais baixa beijaram a ponta do meu nariz.

- Ninguém fez isso por mim. - Eu disse e senti minhas bochechas corarem, uma vez minha mãe me disse, sempre acorde primeiro, se arrume, leve o café dele na cama, nunca espere que ele faça isso por você, sua posição é a mais baixa na relação. Lembro que eu a encarei e falei que isso era tão errado, deveria ter uns 15 anos, quando me casei eu me tornei ela, sempre tentei fazer o que ela me mandava fazer, tentava ser a esposa perfeita.

- Jura? Nem mesmo em aniversários? - Neguei com a cabeça e ela segurou a minha mão, me levando a um pequeno choque, parecendo que nossa conexão estava mais forte. Uma vez eu li uma lenda Japonesa, das almas gêmeas, talvez ela fosse a minha ligação do fio vermelho, dentro daquelas paredes era apenas nós e não importava o mundo a fora, eu talvez esteja me apaixonando, desde a primeira vez que a vi, senti como se o meu coração fosse pular para fora do meu peito e eu quisesse que nossos lábios se unissem naquele segundo. - Bem, eu quero fazer muitas vezes isso por você. - Um sorriso esboçou nos meus lábios e ela beijou a minha bochecha. - Eu vou te deixar alimentada e eu preciso ir embora, mas eu prometo que venho de noite, okay? Se quiser, podemos ir ao cinema, o que acha?

- Juntas? - Eu perguntei enquanto me sentei ao lado dela na mesa.

- Sim, mas não precisa aceitar se não quiser.

- Eu aceito, ia gostar de ir com você. - Eu beijei a sua bochecha e sorri.

- Agora abre a boca para provar a minha panqueca doce. - Ela me deu uma colherada e eu sorri provando, tomamos café da manhã juntas demos comida na boca uma para outra, foi um café da manhã cheio de carícias, eu estava com a cabeça encostada no seu ombro, enquanto a sua mão acariciava o meu cabelo e a outra colocava um morango na minha boca. Após o café da manhã, ela teve que ir embora.

- Hmmm, tchau, eu te vejo mais tarde... - Ela beijou algumas vezes os meus lábios e eu sorri.

- Me deseja sorte. - Ela beijou a ponta do meu nariz, logo eu fechei a porta, eu tomei um banho, fiz skincare, vesti algo confortável e sentei na minha mesa onde estávamos a algumas horas atrás, mas eu estava trabalhando, meu computador estava em cima da mesa, um xícara de chá de frutas vermelhas, os cachorros estavam dormindo, pelo a Rihanna, o Ralph estava sentado na cadeira ao meu lado, o relógio batia duas da tarde, eu comecei a sentir um pouco de fome, então, eu me levantei e abri a minha geladeira, nada que me interessasse, abri o armário e peguei um pacote de macarrão, queria fazer a receita que a Juh fez para mim a alguns dias atrás. Coloquei a água na panela e antes que eu pudesse por no fogo escutei baterem na porta, meu coração acelerou, enchendo de alegria, instantemente pensei, Juliette, deixei a panela em cima da pia e corri até a frente do espelho e arrumei o meu cabelo, me certificando que estava 100% bonita para ela, quando escutei batidas mais fortes na porta, achei um pouco estranho e corri até lá para abrir. Assim que eu abri com um sorriso nos meus lábios, ele se fechou quando vi a Larissa. Sem nenhuma palavra ela me empurrou para dentro me fazendo bater na mesa de jantar.
Em seguida ao bater as costas na mesa, minha ficha caiu, ela descobriu. Descobriu o que fizemos.