Just Me and You

72

Jenna

Às 14:16 da tarde, chegamos no lugar combinado. Não era nada mais que um bar, sim, um bar. Adentramos o local, e logo que passamos pela porta, pude ver Hunter acenando para nós numa mesa lá no fundo, juntamente com Naomi, Johnna e o marido dele.

Fomos em direção a eles e logo nos sentamos. A mesa que escolheram era a mais afastada das outras e tinha uma espécie de meia parede separando das outras mesas, para dar privacidade, o que eu achei maravilhoso.

Hunter: Finalmente, pensei que vocês não viriam mais. — Fala. 

Naomi: Elas estavam transando. — Fala, olhando o cardápio. Johnna, que estava ao lado dela, dá um tapa no braço dela. — Aí! Amor. — Ela passa a mão no lugar onde Johnna bateu. 

Johnna: Já falei para você parar com isso, Naomi. — Fala, e Naomi abaixa a cabeça, murmurando um "desculpa" baixinho, mas conseguimos ouvir. 

Emma: Parece que a Naomi é a nova cadela do grupo. — Fala, pegando o cardápio. Eu a olho incrédula. — O que foi, amor? Se é verdade. — Ela sorri. 

Hunter: É verdade mesmo, Jenna. Só falta tu latir. — Ele fala, e eu mostro o dedo do meio para ele, e ele devolve. — Enfim, esse é o Fielder, meu marido. — Fala. — E, Fill, essas são as sapatilhas mais gays do grupo: Emma e Jenna. — Ele aponta para Emma e depois para mim. 

Fielder: Oi, meninas. Prazer em conhecer vocês. — Fala gentilmente. 

Jenna: O prazer é todo nosso, Fielder. — Falo, sorrindo para ele. 

Emma: Isso mesmo. Finalmente estamos conhecendo a pessoa de quem o Hunter tanto fala. — Ela fala, e o Hunter cora. Confesso que foi a primeira vez que o vi corando assim. 

Fielder: Ele fala de mim? — Pergunta, um pouco surpreso. 

Jenna: Se deixar, ele não para. — Falo, revirando os olhos. 

Naomi: Né? Só nesse tempo que passamos na Romênia, a gente já sabe tudo sobre você. Tipo, tudo mesmo. Até a tua comida preferida nós sabemos. — Fala, e o Hunter cora mais ainda. 

Johnna: A tua cor favorita não escapou também. — Complementa. 

Emma: Nem a tua altura. — Fala. 

Jenna: Nem o tamanho do teu p- — O Hunter me interrompe. 

Hunter: JÁ CHEGA!! — Ele fala alto, e todos nós olhamos para ele, que agora parecia mais um tomate. — Pronto, cabou. Não precisa falar mais, ouviram, seu bando de sapatilhas? — Ele fala, desesperado. 

Fielder: Ele falou mesmo o tamanho do meu pênis? — Pergunta, intercalando o olhar entre o Hunter e eu. 

Jenna: Tô invisível, tô invisível. — Falo em tom de brincadeira, escondendo meu rosto na curva do pescoço de Emma. 

Todos, menos Hunter, gargalham alto. 

Ficamos conversando um pouco, e eu sinceramente achei o Fielder legal. Ele é divertido e bom de papo, se enturmou rapidamente com a gente. Depois, pedimos umas entradinhas e bebida. Eu não iria beber ao ponto de ficar bêbada, afinal, eu estava dirigindo, e acredito que Emma também não.

Um tempo depois, o que pedimos chegou. Comemos, bebemos, rimos... Passamos a tarde toda naquele bar, e quando decidimos ir embora, já eram 18:04. Nos despedimos, e cada um foi para seu lado. Eu e Emma fomos em direção ao carro.

Entramos, e eu liguei o mesmo.

Emma: Vamos para outro lugar ou vamos para casa, amor? — Pergunta. 

Jenna: Vamos para outro lugar. — Falo. 

Emma: Para onde, Babycakes? — Pergunta, curiosa. 

Jenna: Você vai ver quando chegarmos lá, amor. — Falo. 

Ela não fala nada, apenas faz um biquinho bem fofo, parecendo uma criança fazendo birra. 

Jenna: Não fica assim, Em. — Sorrio. 

Ela vira o rosto para o lado e fica olhando para fora pela janela, me ignorando totalmente. 

Não digo nada, só dou partida no carro e sigo para o lugar que tinha em mente. 

Alguns minutos depois, chegamos. 

Emma: Sério? — Ela parece meio confusa. 

Jenna: Seríssimo, amor. — Falo, saindo do carro. Ela faz o mesmo. 

Emma: Tá, mas por que uma praia à noite? — Pergunta, me seguindo. 

Jenna: Porque é mais calmo, além de ser mais bonito. — Falo, esperando-a me alcançar, pegando a sua mão e entrelaçando nossos dedos. 

Emma: Uhm. — Murmura. 

Andamos mais um pouco e nos sentamos na areia, apreciando a paisagem. Olho para o céu estrelado e, entre as estrelas, a lua brilhante e imponente.

Jenna: A lua está linda hoje... 

Emma: As estrelas também... 

Eu fui saber há pouco tempo o significado que essas palavras têm... E confesso que achei lindo. Sempre quis usar o trocadilho, mas nunca tive oportunidade. Mas o clima hoje está perfeito. 

Emma: Você sabe o que essas palavras significam? — Pergunta, virando o rosto para mim. 

Jenna: "Eu te amo". — Falo, olhando nos seus olhos, que pareceram ganhar um brilho com as minhas palavras. 

Emma: Eu também te amo. — Ela sorri. 

Aproximo meu rosto devagar, e ela faz o mesmo, selando nossos lábios. 

Um beijo viciante... Uma droga para mim, mas, ao contrário das drogas, ela não me faz mal. 

Nossos lábios se encaixam perfeitamente, assim como nossas mãos. Nossos corpos se encaixam perfeitamente num abraço. 

Seria loucura dizer que fomos feitas uma para a outra? 

Talvez sim, talvez não... Na real, não sei, mas eu diria que sim. 

Nos separamos apenas por falta de ar. Emma envolve meu corpo em um abraço quente e acolhedor. O meu porto seguro é o que esse abraço representa para mim. Retribuo o abraço, e ficamos ali por um tempo. Um silêncio tomou conta do local, mas não era um silêncio desconfortável. Muito pelo contrário... Só dava para ouvir o barulho dos carros passando ao longe e o som das ondas do mar que tomavam todo o lugar. 

Um clima perfeito. Só eu e ela em nossa bolha particular, longe de trabalho, fama, paparazzi, gravações ou coisas para se preocupar. 

Apenas nós duas e nada mais. 

.
.
.
.
.