Estávamos em um pequeno encontro com o pessoal do elenco de Daisy Jones, fazia alguns meses que a gente não se via e então marcamos de nos encontrar.
Estávamos todos no Decker atrás da casa, que no caso era a minha.
Sam cantava e tocava animadamente enquanto cantava com Suki e Will.
Sinto Riley começar a fazer carinho em minha cabeça, estava deitada em seu peito enquanto ela estava encostada no pequeno sofá que tinha atrás dela, já que estávamos no chão.
Seguro sua mão esquerda que pousa em minha barriga e ela deixa leves beijos em meu cabelo.
Me afasto dela de forma um pouco bruta, talvez pelo contato extra que ela estava me dando.
-Eu..eu vou buscar mais cerveja, já volto.
Digo um pouco atordoada enquanto saio de perto do grupo, voltando pra dentro de casa.
Já no local que falei pra onde iria, jogo a lata vazia no lixo e me encosto no balcão. O suspiro pesado soltado de meus lábios entregava o segredo que guardava a dois anos.
-Você gosta dela, não gosta?
Olho para a loira que entrará na cozinha se encostando no balcão também.
-Deixei muito na cara?
-Talvez.. toda vida que ela tá por perto ou você sorri que nem idiota ou você simplesmente foge.
Sorrio tristemente. Riley se separou a alguns meses e eu não sei se ela sentia o mesmo por mim, claramente não, ela era uma Keough e a neta do Elvis.. eu era só uma pessoa normal que ela conheceu no trabalho.
Ela era bonita e um amor de pessoa, tinha uma filha pra cuidar e trabalho a fazer. Nada disso impedia meu coração estúpido de se apaixonar por ela.
E a dor que eu sentia todos os dias ao acordar e ao amanhecer, apenas por saber que ela era uma praia inteira perto do pequeno caminhão que eu tinha.
-Deveria contar a ela s/n..
-Não, sem chances.. não me leve a mal Waterhouse, eu amo a Riley e isso aparentemente é perceptível, mas eu não vou me machucar mais do que eu já me machuco só por esconder isso dela.
Escuto Suki suspirar, eu e ela temos uma amizade maravilhosa, somos bem próximas uma da outra e eu a considerava como uma irmã.
Seu olhar segue atrás de mim e ela apenas deixa um beijo em minha bochecha e sai.
-Eu acho que você tem que parar de se esconder do mundo, você tem que viver sua vida e aceitar as coisas que sente.
Minha respiração trava ao ouvir a voz de Riley atrás de mim, tinha tudo pra dar errado e deu tudo errado mesmo.
-Você aceita o que você sente?
-Não aceitava, mas depois de um tempo mudei isso.
-Então deixa eu mudar no meu tempo.
Me viro pra ela e vejo a mesma arrastar a porta para fechar.
Ela vem até mim se aproximando cada vez mais, meus braços cruzados enfatizando o que eu queria passar pra ela, que era confiança em mim mesma.
-Não vou deixar você fazer isso, vai que até lá você se apaixona por outra? Não vou perder essa chance.
Levanto uma sobrancelha em confusão. O que ela tava falando?
-Eu não me separei por separar s/n, se tem divórcio tem motivo, basta saber qual é o motivo.
-Eu não tenho nada haver com isso Keough.
-Gosto quando me chama pelo sobrenome, sai bem na sua voz.
-Riley, o que você quer?
Ela para depois de estar muito perto de mim, uma proximidade perigosa diria eu. Suas mãos indo em direção a minha cintura e seus lábios quase encostados no meu.
-Eu quero você.
Ela me puxa para o beijo que tanto esperei. Retribuo ele enquanto levo minhas mãos ao redor de seu pescoço puxando ela pra mais perto.
Seus lábios tinha um gosto viciante de quero mais e eu realmente queria mais.
Ter Riley Keough me beijando era tudo que eu queria a mais de anos.
-Ahm.. desculpa atrapalhar mas a bebê tá acordada, a gente viu ela se mechendo pela Câmera do quarto.
Rimos juntas e eu escondo meu rosto no pescoço de Riley.
-Obrigada por avisar Suki, eu vou já buscar ela.
Ela concorda e sai, mas antes ela dá um sorrisinho travesso pra mim.
-E os deveres da maternidade me chama.
-Vou esperar vocês aqui, não demore.
-Não vou.
Ela deixa um selinho em meus lábios e sobe pro andar de cima onde a pequena Keough estava.
Talvez não seja tão ruim ela ter descoberto.
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