Capítulo 20

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A fúria corroía minhas entranhas como ácido, transformando meu corpo em um vulcão prestes a entrar em erupção

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A fúria corroía minhas entranhas como ácido, transformando meu corpo em um vulcão prestes a entrar em erupção. A presença de Paola era uma maldição, um espinho cravado em minha alma. Apertei os punhos, sentindo minhas unhas se afundarem na carne como garras de uma fera.

— O que está fazendo aqui? — indaguei, raivosa.

Paola, com a petulância estampada em seu rosto impecável, deu um passo à frente, seus olhos frios como gelo me fitando com desdém.

— Ora, ora — disse ela, sua voz arrastada e zombeteira. — A gatinha finalmente mostrou as garras. Não sabia que você tinha esse lado... selvagem.

Ela sorriu, um sorriso que mais parecia um desafio do que um gesto de simpatia. O ambiente parecia pequeno demais para conter a animosidade entre nós.

Como odeio essa mulher!

— Não me provoque, Paola! O que está fazendo aqui? Me responda!

Um sorriso falso, ostentando dentes brancos como neve e perfeitamente alinhados, se formou nos lábios da mulher sem escrúpulos. Era um sorriso artificial, sem um pingo de calor ou gentileza, que apenas transmitia falsidade e frieza. Seus olhos, como duas fendas gélidas, percorreram meu corpo com um olhar desdenhoso.

Ela ergueu a pequena bolsa que trazia nas mãos, adornada com detalhes dourados chamativos, como se ostentasse sua riqueza e status. Sua voz, arrogante e cortante, ecoou pelo ambiente:

— Vim retocar a maquiagem — disse ela, com um tom de superioridade que me causava um incômodo inegável. — Assim como você, não foi essa a desculpa que você deu aos outros convidados?

Mantendo o olhar fixo em mim, Paola se moveu com a confiança arrogante que lhe era característica, posicionando-se ao meu lado. Seu vestido preto longo, tomara que caia, acentuava suas curvas e ostentava uma fenda marcante que reforçava sua aura de superioridade. Se não fosse por sua personalidade repulsiva, talvez eu pudesse admitir certa beleza em sua aparência, mas naquele momento, só sentia repulsa.

Com os braços cruzados e um leve passo para trás, meus olhos perscrutavam cada movimento de Paola, como se buscassem desvendar seus segredos. O perfume caro que emanava de sua pele, misturado ao aroma floral do sabonete do banheiro, criava uma atmosfera densa e sufocante que só aumentava minha irritação.

— Chega de cinismo — eu disse, minha voz cortando o ar com impaciência. — Diga-me quem a convidou para estar aqui.

Ela desviou o olhar, fingindo admirar o vestido que usava com um ar de indiferença estudada. Lentamente, retirou o batom de sua bolsa luxuosa, seus dedos deslizando com sensualidade sobre a superfície dourada.

— Por que eu não seria convidada? — retrucou com um tom sarcástico que fez meu sangue ferver.

— Você sabe muito bem o porquê — respondi com veemência, meus olhos fixos nos seus. — Você não tem importância neste lugar, ninguém te quer aqui.

Casada com o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora