Capítulo 10

1K 106 180
                                    

Despertei ao sentir um toque sutil de dedos quentes trilhando um caminho por minha bochecha, contato este que desapareceu no segundo seguinte que demonstrei sinal de despertamento

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Despertei ao sentir um toque sutil de dedos quentes trilhando um caminho por minha bochecha, contato este que desapareceu no segundo seguinte que demonstrei sinal de despertamento. Passos firmes se afastaram, até que o som de uma porta sendo travada me envolveu em silêncio cruciante. Agora, eu só ouvia o som da minha respiração.

Com dificuldade, ergui as pálpebras, e de imediato sofri uma pontada intensa na cabeça, e uma vontade incessante de regurgitar, culpa do meu estômago enjoado. Apertei as pálpebras e as abri novamente, buscando me localizar na penumbra que me encontrava.

Onde estou? O que houve?

Minha mente estava completamente enevoada, de tal forma que se igualava a um buraco negro completamente vazio.

Ainda letárgica, me apoiei em minhas mãos no que constatei ser o chão pela dureza e frieza, e me sentei apoiando às costas na parede.

Aí... — massageei as têmporas, tentando dissipar a dor e buscando respostas para as milhares de interrogações em meu cérebro.

Aos poucos as lembranças terríveis foram se tornando cada vez mais claras. E, com elas o medo.

Eu estava na festa de aniversário e então...

A ligação de Caterina;

O clube;

Guilhermo;

E...e...ele;

Riccardo me capturou.

Desesperada, tentei me levantar, mas ao sentir algo em meus pés, logo caí de encontro ao chão. Na penumbra, tateei as mãos pelas minhas pernas até chegar em meu tornozelos, só aí percebi as algemas com correntes grossas, que estavam me impossibilitando de me movimentar.

Aí meu Deus.

Não... não... não, isso não pode estar acontecendo.

A única coisa que me restou a fazer foi gritar.

— SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDE! SOCORROOOO. POR FAVOR. — Enquanto clamava, a carne ao redor das algemas ficava ferida pela brusquidão que eu puxava as grilhetas, tentando soltá-las. — ALGUÉM! PELO AMOR DE DEUS ME AJUDA! SOCORRO!

Ao ter como resposta o silêncio, o medo atravessou o meu peito, o que fez a dor em minha cabeça se intensificar. Me sentia em um filme de terror, apavorada, no escuro, acorrentada e confusa.

Fiquei horas gritando e me debatendo, entretanto, nenhuma alma veio em minha clemência. Neste instante, eu estava aos prantos, com a cabeça baixa entre meus joelhos, eu já não aguentava mais suplicar. Minha garganta estava seca e meu corpo enfraquecido. Havia se passado horas, ou um dia, em que eu tenha feito uma refeição energética. Meu corpo tremia tanto, que meus dentes rangiam conforme meu queixo se debatia com o vento frio que se instalou no ambiente.

Casada com o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora