capítulo 16

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Passara-se pouco mais de uma semana desde o último encontro que tive com Luiza

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Passara-se pouco mais de uma semana desde o último encontro que tive com Luiza. A fascinação cada vez mais crescente que sentia por ela parecia consumir-me por completo. O beijo imprudente que forcei, de forma impetuosa, acendeu em mim um impulso, uma pulsão emocional que não era de natureza romântica, mas sim visceral e primordial. Apesar de Luiza não ter correspondido ao gesto, a mera troca de contato entre nossos lábios foi o suficiente me abalar.

Certamente, cada jogada friamente calculada para manipulá-la me enchia de uma excitação indisfarçável. Tudo foi meticulosamente planejado com o propósito perturbador de abalar suas estruturas emocionais de maneira implacável. Desde a organização da festa de aniversário, meticulosamente orquestrada por minhas mãos, até a engenhosa manipulação da ligação de Irina, todos os passos foram cuidadosamente traçados para levar Luiza diretamente ao meu controle.

A sensação extasiante de poder observar o desespero tomando conta de Luiza ao mostrar-lhe o contrato de venda foi algo além do extraordinário. Seus olhos refletiam um misto de choque, repulsa e horror, como se ela fosse reduzida a uma mera mercadoria no mercado, sua existência diluída em um papel que selava sua submissão. Sob a sombra daquele momento, era como se eu pudesse saborear a angústia que se apoderou dela, me deliciando com cada nuance de sua agonia.

Ainda mais fascinante foi testemunhar a reação de Luiza perante os assassinatos que ela presenciou, e em especial, a da mulher que tanto repudiava, a vadia conhecida como Irina Grecco. Foi nesse momento que a minha excitação atingiu seu ápice, pois pude contemplar a total destruição emocional de Luiza, como se cada dose de sofrimento que ela absorvia me preenchesse e alimentasse minha perversidade.

Eu sabia todos os seus movimentos, cada passo que ela dava, mesmo quando estava reclusa naquele maldito quarto, compartilhando suas dores com a empregada. Fiquei sabendo que ela estava mergulhando no mundo obscuro da máfia, desvendando segredos através dos links que acessava. Todas as noites, ao me conectar às câmeras de vigilância e observá-la através da tela do meu computador, quase conseguia invadir sua mente confusa, repleta de tantas informações e questionamentos. Ela estava despertando curiosidade, mas também incertezas, ao ponto de questionar os próprios princípios da organização criminosa.

Porém, no momento em que ouvi seu desabafo, numa confissão arrebatadora, em que ela afirmava categoricamente sua completa falta de desejo em se casar comigo e confessava estar buscando desesperadamente uma forma de escapar desse destino cruel, senti uma espécie de fúria indescritível tomando conta de mim. Suas palavras foram como um alimento para o demônio que habitava minha alma. Desejei intensamente que ela tentasse algo, ansiava sinceramente por testar os limites de Luiza, mesmo que isso se tornasse um objetivo quase doentio para mim. Especialmente após ter presenciado sua vulnerabilidade extrema, quando chegou a cogitar aterradora e desesperadamente se jogar da altura da sacada.

Estava determinado a aprisioná-la tanto física quanto emocionalmente, a mantê-la presa em minha teia sádica. Afinal, o controle é uma lâmina afiada que corta até as mais profundas fibras da liberdade humana. E, à medida que Luiza desafiava minhas amarras, o prazer do domínio se tornava meu único refúgio.

Casada com o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora